Poema de Inverno
Meço as palavras a eito
neste meu jeito contido
mas sinto falta de jeito
para rimar sem sentido.
Este mundo parece ter
uma estranha semelhança
destinada a fazer ver
o que o homem não alcança.
Em cada história contada
tudo se conta e resume
à vantagem retirada
do proveito e do ciúme.
Quando o pensamento é reles
e tortura a nossa voz
proferimos mal daqueles
que proferem mal de nós.
Oiço falar em progresso
aos que me falam de cor
mas depois de ouvir lhes peço
que me falem mais de amor.
O amor que queima e tece
as saudades repartidas
é amor que não se esquece
nem por duas ou três vidas.
Se o Homem tivesse arte
para ver o lado oposto
via paz em toda a parte
e lavava mais o rosto.
Todos nos falam de Deus
com sublimes teorias
rogam em nome dos céus
os seus favores e manias.
Se além da vida há eterno
e se Deus nos dá sentença
imagino que o inferno
é maior do que se pensa.
Deus nos dê o seu perdão
e qualquer coisa divina
porque as voltas que se dão
são sempre a mesma rotina.
Tanto!
De tanto me importar
Menti pra minha essência
Pequei pela insistência
O "nós"... quis consertar!
De tanto me importar
Clamei por paciência
O "estar" virou ausência
Do amor quis duvidar!
De tanto me importar
Sofri com a indiferença
Ganhei resiliência
Você perdeu de amar!
25/05/22
Sublime Estrela!
Num belo dia
Foi permitido
A uma estrela
Brilhar na terra.
Com sua essência
Sentiu a vida,
Brincou em cadências;
Sorriu na estreia!
Perante as sombras
Foi imponente
Do impossível
Fez sua plateia.
Protagonista...
Brilhou em vidas
E até nos "deuses"
Causou inveja!
A cada sonho
Foi aprendendo
Mostrar ao mundo
Tudo o que era.
Com um amor imenso
Brilhou pra gente
Sublime estrela;
Fernanda... eterna!
(Homenagem de Aniversário dedicada à grande atriz brasileira Fernanda Montenegro - 16/10/23)
Olhos do Coração!
Quando a visão falhou
Meu querer confortou
Minha voz confirmou
Inspirando a confiança
Quando a visão falhou
Meu abraço acalmou
Minha fé perfumou
Exalando em abundância
Quando a visão falhou
Seu coração notou
E o amor me enxergou...
Revelando a esperança!
Ingrid vitória
Dia vinte e cinco de março
iniciou-se uma caminhada,
a procura de uma menina
que havia sido sequestrada,
foram cinco dias de aflição
dentro mata fechada,
nas mãos de um delinquente
ela passou dias extremamente
sendo muito maltratada.
Vou relatar em poesiaa
um pouco dessa história,
autoridades e voluntários
se uniram nessa trajetória,
com a esperança mantida
o foco era encontrar com vida
a menina ingrid vitória.
Cinco dias se passaram
e a triste notícia chegou,
no silêncio do sertão
ingrid vitória se calou,
após ser sequestrada
ela teve a vida ceifada
e assim o vento a levou.
Uma menina tão jovem
apenas treze anos de idade,
foi vítima da violência
desse mundo da maldade,
quanto tempo vamos esperar
quantas Ingridis vão se calar
pra não haver tanta impunidade.
Pernambuco em lagrimas
apoiando uma família sem chão,
que grita de dor pela perda
de uma membra do nosso sertão,
ela foi mas deixou de lembrança
o riso de uma eterna criança
espalhado em nosso coração.
Aos treze anos de idade
foi tão precoce sua partida,
ainda que por pouco tempo
sua missão aqui foi cumprida,
é duro o choro da perda
dói mais ainda a despedida,
sei que de onde você estiver
viu o quanto foi acolhida,
seu brilho aqui não apagará
sua luz agora irá brilhar
em uma eterna nova vida.
O mundo é uma escola
onde se aprende pra ensinar,
a vida é mãe severa
que costuma castigar,
ela traz, leva de volta
te dar poder, lhe tira de rota
pra que você possa enxergar,
que é preciso ser coerente
que antes de ser semente
você precisa semear.
Agradeço ao meu pai querido
ao vosso reino da glória,
por me dar inspiração
a cada nova história,
cada ciclo que termina
o senho sempre me ilumina
em uma nova trajetória,
a força que me acalenta
vem dá fé que me sustenta
pra buscar minha vitória.
Desculpa se sou demais,
é que o seu jeito de me fazer subir pelas paredes
Durante uma simples conversa a sós
Me fez viciar em você.
FUTURO INCERTO
Eu gostaria de ter me
Esforçado mais.
Eu gostaria de ter
Aproveitado mais.
Eu gostaria de ter
Aprendido mais.
Eu gostaria de ter
Uma segunda chance
Para tentar de novo.
Mas principalmente,
Eu gostaria de não
Prender-me tanto ao passado.
Meu futuro é incerto,
Mas meu fim, eu sei,
É a morte.
Meu tempo esgotou-se, minha missão foi cumprida. Algo me prendeu, me aprisionou a alma.
Aqueles que deveriam ser comigo, só compreenderam as próprias dores! Isso não me importa mais!
Tanto faz morar na rua, estar empregado, vestido ou nú. Agora entendo o que fez do homem um andarilho.
Não creio no verbo crer! Quisera a ingenuidade, sonhadora e fútil dos meus semelhantes, mas tudo que contemplei foram cérebros rumos ao pó.
Oh! humanidade movida por interesses pessoais o que será de ti?
Alegram-se e preocupam-se, não com a coletividade, mas com a dor daqueles que discordam dos seus prazeres mais íntimos.
Vocês são apenas bajuladores de si próprio!
Será amor e felicidade? ou será apenas comodidade e momentos de concordância entre egos?
Devo Eu fingir demencia a tudo isso, para fazer parte desse clube?
Dar um fim a própria vida num ato covarde, ou ver os meus dias se passarem, a envelhecer sem contestar?
A verdade que liberta nunca foi doce.
Ah vida! jas o tempo do sorriso sem preço e tudo que me alimenta agora, é a solidão da alma.
Poema em versos pessimistas.
(Autor: Paulo César Camuri - 2017).
sádica
Sádica!Ficas feliz com o meu sofrimento?
Por puro prazer alimentaste o meu sentimento!
Sabes que tuas palavras não voam com o vento.
E agora, te glorificas por me veres no abismo.
Minha dor maior é lembrar-me de teu cinismo,
E perceber como fui cego e louco,
Louco por acreditar que realmente me amava.
Mas, como poderia imaginar,
Que minha amada...
Era sádica!
Quantas juras de amor trocamos,
Quantos planos fizemos,
Por que me enganaste com tanta frieza?
Será por que já sabias...
Que eu sou um irônico?
DELÍRIO
Sabe você que te amar
é o mesmo que me queimar.
Mesmo assim me procura
dizendo ser a minha cura.
Se eu estive sumido,
foi por estar consumido.
E quando enfim
a dor teve um fim.
Tu me chamas
para jogar-me nas chamas.
Acalmo-me na tua alma.
Encontro-me no teu corpo.
Entorpeço-me no teu cheiro.
Transcendo-me na tua pele.
Perco-me nos teus olhos.
Percorro-me nas tuas palavras.
Ouço-me no teu silêncio.
Encanto-me com teu canto.
Espanto-me com a tua vida.
Entendo-me na tua abstração.
surpreendo-me no teu ideal.
Fortaleço-me na tua coragem.
Renasço-me na tua presença.
Assombro-me com a tua perfeição.
Busco-me no teu infinito.
Emociono-me no teu indizível.
Liberto-me no teu coração.
Enlouqueço-me na tua razão.
Quando te chamei, ansiava por algo
que me era precioso: o nada.
Não pensava na sua voz, no seu corpo,
o brilho do seu olhar, queria o nada.
Não queria seu amor, sua alegria ou
sua tristeza, seu riso ou seu choro.
Somente o nada.
Não pensava na sua alma ou na minha.
Queria sua presença somente para nada.
Precisava de você apenas por você.
Poderia ser no nada, eu não me importaria.
Naquele momento só tinha um pensamento:
Você. Por quê? Não sei, era para nada.
Não queria minhas desculpas nem ouvir suas desculpas.
Era o seu nome na minha cabeça e mais nada.
Como posso dizer por que te procurava?
Se eu queria você sem motivo
Se não consigo dizer o que era sentido
e qual era o sentido, não consigo dizer
Então cheguei à conclusão que esse nada
em você é mais que tudo e mais que todos.
Viajante
Eu nem sei o que seria
Se acaso fosse diferente
O meu passado dia-a-dia
Com aura de viajante
Rebelde e determinado
A conhecer cada lado.
Quando é preciso
Uma ponte se constrói
Seja do agora ao paraíso
Ou do vilão ao herói.
Falar é tão fácil
Discutir a teoria também
Há de ser forte e dócil
Para ir mais além.
A vida ensina todo tempo
Basta aquele melhor olhar
Até mesmo um contratempo
Tem algo a revelar
Assim fui descobrindo
Depois de atravessar...
Romper as fronteiras,
Esquecer alguns limites
Faz com que a gente
Veja novos horizontes
Repletos de outras verdades
E consequentes possibilidades.
Eu seguirei como os viajantes
Enquanto houverem caminhos restantes
Avenida das Desilusões
Na avenida das desilusões
Correm todos sem parar
Tentando em vão escapar
O que causa outras tensões.
Ao longo desse caminho
Natural será algum espinho.
Por essa via tão evitada
Nem tudo é só derrota
Se descobre quem sabota
A rota até pode ser alterada.
Caso não haja impedimento
Devido o intenso movimento.
Na avenida das desilusões
Cabisbaixos seguem os devotos
Recordando com velhas fotos
A fé mantida em falhas previsões.
Aquilo que parece vir do além
Essa origem nem sempre tem.
Por essa via tão evitada
A decepção não é nada rara
Uma parte integrante e cara
Sendo instrumento na jornada.
São nessas amargas adversidades
A morada de inúmeras verdades.
No caminho dos desenganos
Salutares aqueles que evitarem
Maiores e irreversíveis danos.
O que for preciso saber
Que sabido o seja
Nem tudo será como se deseja.
O que for preciso saber
Que sabido o seja
Para que só a verdade nos reja.
Promessas e Hipocrisia
Eu ainda vejo isso, mas isso
É o mesmo que não ver nada,
São tantas as promessas
Que algumas são de dar risada.
Nesse horário marginal
Há mais humor
Do que no programa dominical
E de outubro em diante
Os piores momentos
Dessa ficção eleitoral.
Políticos fora da cela
Verdadeiros santos na minha tela
Encenam Franciscos da humildade
Em missões astrais
Para mudar a nossa triste realidade.
Onde está a rebeldia?
Adormecida em algum coração?
Esse show de hipocrisia
Desafia a verdade, a informação.
Até quando a democracia
Será escolher o menos pior?
Pela Essência
Pode existir um mundo diferente
Que só depende de cada um
Para descobrir em frente
No qual nenhum senso comum
É capaz de revelar
Mas onde é meu lugar.
Ontem chegaram mensagens suas
Já nem quis saber
Estou interessado por novas orbitas
Daquelas que intolerantes não podem compreender
Sem antes se libertarem
Das amarras em que crêem.
Vivi tanto tempo
Controlando o incontrolável
Que será improvável
Impedir tal momento.
Quando esse chegar
Nada irá me segurar.
Não ficarei aqui parado
Mantendo apenas a aparência,
Quero viver noutro estado
O da minha essência.
E caso achem errado
Lamento, não nesta consciência.
Agora, vou partir
Naquele disco colorido,
Ele sempre esteve ali
Esperando ser mais nítido.
Querendo ir me visitar
Uma nave virá
Basta você se libertar.
Querendo você também viverá
Uma existência real
Onde a sua essência prevalecerá.
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