Poema de Giacomo Balla
"...
Cada um tem a sua verdade,
Cada um tem voz em seus corações,
Cada um de nós temos sonhos, desejos,
Cada um de nós tem cicatrizes, feridas.
Então, pegue essa sua soberba
E enfie onde quiser!
Pois não se mede o valor de um ser humano
Se não houver joia rara, chamada de empatia."
Poema 'Não se mede'
"...
Ledo engano foi acreditar
Que você nunca iria passar
Quando, na verdade,
Nunca fui sua real metade.
..."
Poema 'Ledo Engano'
"...
Hoje, sigo trilhando entre obstáculos
Sorrindo em meus espetáculos,
Levando sem nada prever,
Protagonizando o meu viver."
Poema 'Ledo engano'
"...
Hoje, sou eu mesma a minha inspiração.
Pode até ser orgulho, mas é minha maior satisfação.
Estou em primeiro lugar no meu coração,
Melhor que tê-lo é ter minha libertação.
..."
Poema 'Felicidade maior'
"...
Felicidade maior que a de possuir,
É a de não mais sentir
Aquele amor que nunca me fez sorrir.
Finalmente, consigo meu coração reabrir."
Poema 'Felicidade maior'
"...
Quanta ousadia
Explorar este lugar inabitável.
Chegar assim e trazendo alegria
Para este coração miserável."
Poema 'Lugar inabitável'
"...
Tantos destruíram essa menina,
Tanta trapaça nessa sina,
Por vezes, apagaram sua lamparina,
Mesmo assim, ela sempre ilumina."
Poema 'Mesmo assim'
vodu
por entre os dedos da terra
sem pressa
sem deter
discorre sem forma
e incolor
o deus terrível
profundo
silêncio cálido
que inebria e incapacita
que engole
sem mastigar
os ásperos calos
deformando
as minhas trémulas e gélidas formas
encerrando os olhos
com o capim
e as pedras
e as folhas tardias
do longo inverno
na caverna aberta deste crânio quartzítico
incandescente luz que me atravessa
imobilizado pelas asas abismais
ouço e vejo o temporal
contra a gruta do meu próprio templo
eu sou o templo e a sua ruína
os seus antepassados futuros
isto é o princípio do meu renascimento
e por isso estou estendido nesta catarse
envolvido pelo frondoso sudário da floresta
aguardo a tácita palidez da minha própria morte
talvez eu próprio seja este terrível deus
porque ouço a voz da lua e o corpo do sol
invocando em extintas línguas os meus nomes.
(Pedro Rodrigues de Menezes, “vodu”)
baobá
procuro nos outonais trâmites do teu corpo
o insofismável vestígio das tuas raízes
salgueiro que jaz e se curva obliquamente
eterna a bênção, terrível o fim do tempo
deserto, areia, sol, miragem, saudade
serás sempre o antes e o depois de nós
e nós seremos tão pouco e tão poucos
depois de ti secarão todas as welwitschias
África não renascerá da força dos tambores
mil homens sangrarão entre solenes rituais
as grávidas abortarão com sede de terra
e o céu encher-se-á de conchas e espinhas
e virão os deuses deste mundo e do outro
velar a desgraça efémera da sabedoria
ninguém saberá mais falar, escrever ou viver.
Poema dedicado a Catarina Pereira do Nascimento
(Pedro Rodrigues de Menezes, “baobá”)
FLORES Y HOJAS
Girassol mexicano perdido no verde
Tão alaranjado e vivaz entre folhagens
Na mais baixa aquarela é terracota.
Sei que és forte e floresce, chica
Como brota em toque tórrido
Por que ilude-se em rodovias cinzas?
Não fuja das folhas meu bem
Os buques são lindos, eu sei
Mas caules cortados morrem.
E o teu doce hálito de cereja
quando nos beijamos debaixo das macieiras
como se escrevesse numa página do livro da minha vida
“nunca me esqueça”
Vejo as linhas do horizonte
parece que saem de mim
qual o tamanho de um sonho?
foi feito para não ter fim
Pediram-me uma poesia autoral sobre mãe. Digo a vocês que não sou poeta; seria muita, mas muita pretensão de minha parte, abraçar e/ou adotar esta condição artística-filosófica.
Mas se fosse para eu associar poesia à mãe, diria que:
Mãe é sinônimo de amor que é sinônimo de poesia que é sinônimo de mãe; fim.
FONTE DE LUZ
Energia radiante
Das mãos
Do centro de si
De dentro do plexo
Perplexo
Não em excesso
No tanto certo
Fluxo constante
Raio de luz
Fonte de paz
Sementes jogadas
Sopradas
Derramando em nós
Abençoando
Alma cintilante
Doçura, ternura
Sorriso brandura
Reina divina
Acolhe, escolhe
É colo e aconchego reais
Tento seguir em frente
Em uma via de contra-mão
Seguindo as coordenadas
Que estão no meu coração
As placas disseram pare
Mas minha mente dizia não
Bati no muro do amor
Quebrei meu corpo e meu coração
Escolha
Eu tenho a alma voando
no encalço de uma ave cega:
se escolho rumo do escuro
me apoio à sombra do muro
pousado na minha testa.
Se elejo o rumo da alvura
falseio os passos da vida
e me descubro gritando
um grito que não é meu.
Que faço das mãos cobertas
de um sol doído só de África?
E do tantã nestas veias,
turbando o ritmo ao sangue?
Na face o dia não pousa
o seu cesto de alegria
e a manhã precipita
ventos e noites amargas.
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