Poema de Giacomo Balla
O Aberém está
na mesa
com o coração
e o poema,
Não há ninguém
que me convença
que não te viver
não é uma beleza,
Te entrego a festa
e o gingado com
toda a certeza.
Tudo depende do momento
que se escreve um poema
que pode ser de paz
ou virar um Acangapema,
O quê importa é o quê
se deseja ser capaz.
(O restante o tempo faz)
Dama trajada de vestido
branco de seda
como quem veste um poema
com direção rumo
ao Morro de São João,
Dama branca caminhando
solitária nas praias
da Cananeia deslumbrado
a atenção de quem passa,
Dama que não dá respostas
e fica na sua imaginação.
Como o alfinete das populares
crenças o poema não é juiz,
não é caneta, não é o quê pensa,
E escreve seculares sentenças.
Não é segredo
para você que
te bredo no silêncio
poético e hipnótico,
Cada poema meu
te namora de um jeito
mais forte do que
qualquer psicotrópico,
Não preciso ler
nenhum Horóscopo.
Não revelo
a metade
do poema
que está
neste papel,
Ao imaginar
nós dois ativos
e o entumescer
dos sentidos,
O meu corpo
alcança os graus
da temperatura do Sol.
O poema que você não
leu e nem quis ouvir
ficou suspenso no ar,
atrás não vai mais voltar:
Versos Intimistas escritos
como revés e ironia do destino,
Você escolheu por tudo isso.
Cada poema
meu tem mais
balangandãs
do que imagina,
Quem lê fica
preso sem perceber
a cada nova linha.
O meu poema é bem
superior a mim,
Ele é canoeiro e cantador
das tradições do meu país,
Enquanto ele lembrar
e fizer mais poetas
para ajudar quem
lembre delas,
Seremos sempre
uma terra de gente feliz.
...
Está fazendo
muito calor,
Não vejo a hora
do frio chegar
para preparar
Canjica só
para agradar
o meu bonito amor.
...
De longe vejo
a Dança do Canjerê,
Tem gente
que não me vê,
Oxalá tudo sabe
e tudo Ele vê.
...
Pagar promessa
em Canindé,
Talvez de Jegue
ou até mesmo a pé.
...
Canjica da morte
servida a meia-noite
para a vigília de quem
guardar o falecido,
Tradição talvez
esquecida em alguma
cidadezinha do Paraná,
Com amendoim era
solenemente perfeita,
Uma recordação
para a toda a vida.
...
Toco Cangá como
quem toca as tradições
para tocar a alma
sem ofender a ninguém,
Amar a terra que nasceu
ou escolheu para viver
é querer multiplicar o bem,
Porque se minha tradição
não ofende a ninguém que mal tem?
#poesiabrasileira
Poema é mato quebrado,
é capepena aparado,
para mostrar o caminho.
...
Cara ou Coroa,
Só sei que a vida
é justa e boa.
...
Te ver no Bambaquerê,
Soltos pelo salão
Cara... Caré...
Vou de Fandango
até quando
o Sol raiar e colocar
na mesa o café
mesmo se não tiver carona,
vamos voltar a pé.
...
Caracaxá tocando,
É do Reco-reco
que estou falando,
Você vai ouvir
e acabar gostando.
...
Vou te pintar
com Carajuru da Lua,
Para não teres
medo de nada,
e viver uma vida apaixonada.
Bem coradinha tal
como Camu-camu
é assim que me deixa,
cada poema enleia,
Sem olhar para todas
as direções me deseja.
Poema, o amor é o único caminho.
Na realidade de cada virtude do amor, vemos que ele tem um penhor consolador que nos libertar de todo medo e dor. Pois, o amor na sua mais pura expressão nos leva a compreender que ele é a própria bondade e misericórdia de Deus em ação.
O amor é a força que move cada coração, é o pulsar da vida em cada desejo, sentimento e decisão. O amor, é a razão e a esperança daqueles que sonham, e daqueles que nunca se cansam de manifestar a sua realidade graça sem par.
O amor é a motivação perfeita em cada situação, é a palavra que traz vida e vivifica cada coração em meio ao caos e a desolação. É força por trás de cada doação, e de todo gesto de misericórdia e compaixão.
Por isso, amar jamais será um tempo perdido e em vão, pois quando amamos uma parte de nós doamos em favor daquilo, e daqueles a quem tanto amamos. O amor vai além de um sentimento, desejo ou emoção. Pois, quando amamos semeamos a semente da perfeição em cada coração.
“A despedida não passa de uma formalidade natural do ser humano que pode ter lágrimas de momento, nada de desespero”! “O reencontro irá promover muitas emoções de felicidades seja aqui ou em outro plano”.
"Minha cidade foi minha história e ela teve o tamanho, mesquinho, de minhas ambições. (...) O dilúvio salgado escapava com tamanha fúria dos olhos, que achei que fosse arrancar meus glóbulos. Fiquei feliz por isso. Nunca mais enxergar seria imensa bênção. Mas o destino é tão cruel que a partir dali comecei a enxergar ainda mais. Vi o passado, vi o futuro, vi o distante e vi o não dito; vi o que se soterrou debaixo dos tapetes da memória e vi o que se quis dizer, mas não foi possível nos tempos mortos. Tornei-me curva pelo peso de toda verdade que acumulei em minhas costas. Uma luz intensa fez me lúcida. Estava morrendo? Um jaó cantando longe. Um adeus? Do tempo que já se foi. "Ouça o mar." Não existem, já, jaós por aqui. "Ouça o mar!" Mas nunca fomos apresentados. Um dia o sertão chega lá. O canto do jaó. Raro. Pai? Se alguém achasse um. Sagrado seria. Ou maligno. Despedida.", Fred Di Giacomo, "Desamparo"
Não me move, meu Deus, para querer-te
O céu que me hás um dia prometido:
E nem me move o inferno tão temido
Para deixar por isso de ofender-te.
Tu me moves, Senhor, move-me o ver-te
Cravado nessa cruz e escarnecido.
Move-me no teu corpo tão ferido
Ver o suor de agonia que ele verte.
Moves-me ao teu amor de tal maneira,
Que a não haver o céu, ainda te amara
E a não haver o inferno te temera.
Nada me tens que dar porque te queira;
Que se o que ouso esperar não esperara,
O mesmo que te quero te quisera.
