Poema da Geladeira Elisa Lucinda
Gosto da poesia por isto: porque é capaz de
tocar na alma com calma, traz paz, alimenta
e sustenta o espírito, ao invés de promover
o lixo do materialismo, o mal do luxo físico!
Guria da Poesia Gaúcha
Não me solta, fica aqui comigo, já te fiz de abrigo pro meu coração.
Não tem volta, tá aí o perigo, não sei se consigo perder tua paixão.
Eu te vejo, descendo a ladeira, saindo do banco que a gente sentou.
E me esqueço de olhar as estrelas pra te ver partindo pra onde ficou.
Me seguro nas flores inteiras e nas brincadeiras que a gente brincou
Me desabo na poça d’água, na foto rasgada que a gente tirou.
Só te peço, fica aqui comigo, pelo infinito ou até o fim.
Ou por pena, pra me ver serena, para me acalmar, fica perto de mim.
Não me esquece na tua penteadeira junto da revista que a gente posou
Me aquece naquela geleira que a solidão me transformou.
Não me solta, fica aqui comigo, já te fiz de abrigo pro meu coração.
As coisas insuportáveis para mim são:
• Participar de reuniões sem objetivo e intermináveis;
• Assistir palestras sem abertura para questionamentos e debates;
• Entrar no quintal de parente ou amigo e me deparar com o cachorro solto e, ainda ter de ouvir a célebre frase - "não tenha medo, ele não morde";
• Observar pessoas que riem de algo que não tem graça só para ficarem bem no contexto;
• Conversar com alguém que, para ser feliz, depende somente das minhas ideias e ações;
• Ter por perto gente que conhece o meu caráter e só se liga nos meus erros;
• Aceitar pessoas incrédulas diante das minhas verdades e das verdades absolutas;
• Ouvir de alguém que erra, falar que errou, por minha culpa;
• Engolir elogios duvidosos;
• Fitar nos olhos de quem fala e este disfarçar o olhar;
• Ser acusada constantemente de uma atitude não crassa, mas infeliz, que cometi no passado;
• Torna-me para alguém que se dizia amiga, a pior pessoa do mundo, quanto não fingi civilidade;
• Receber telefonemas de quem não tem nada para fazer e, ter de escutar assuntos recursivos e infindáveis;
• Telefonar para essa mesma pessoa que só pode me atender quando está atoa ou sem companhia;
• Ter o amor de uma pessoa desde que eu seja quem ela imagina e não quem sou;
• Aceitar viver a vida dos outros e não poder ser eu mesma.
Senta, calma, eu vou contar uma história.
São flashes falhos que se estancam na memória
Uma menina que transbordava amor
E um amor que respirava solidão.
Um dia ambos se esbarraram no caminho
Devagarinho, os flagras de uma paixão.
Moraram juntos numa velha quitinete
Encontrada num jornal como manchete
Fruto de liquidação.
Viveram dias no torpor do paraíso
Nas madrugadas se livraram do juízo.
De transbordar o amor foi se evaporando
E os dois pararam de tentar se confortar
Um dia ela sussurrou considerando:
“Se a gente separa, com quem a arara, vai ficar?”
Então soltaram a arara aos quatro ventos
Se separaram e tornaram a caminhar.
E caminhando novamente sob a lua
Um esbarrão na chuva que molhara a rua
Foi transbordando novamente o coração
Daquela gente que vivia de paixão
Destranca a tranca que tranca teu peito
Dá um jeito de se reorientar
Admita que nada é perfeito
E depois de tudo feito, comece a gargalhar.
Gargalhe pro tempo, pro vento e pra quem quiser mudar
O teu jeito de se apaixonar.
Pela vida, pela rua, pela chuva,
Pela gente que de repente vem urgente
Aqueles olhos que transpassam o instigante
Do faz de conta que se entende por viver.
A gente corre apressado pelo vento
E se esquece de olhar todo o passar
Passar de tempo, de rostos, de apresso.
A mudança de endereço, que isso tudo vai gerar.
Então, destranca a tranca e encosta.
Daqui a pouco a hora certa vai chegar.
Você esta bem?
- Ah! Sei lá...
Você quer comer algo?
- Ah! Sei lá...
Você quer conversar?
- Ah! Sei lá...
AQUI! TIRA O TUBO QUE EU QUERO MORRER!!!! Caraca Meu...
Você chega pálido e fala para seu amigo: Cara! Acabei de presenciar um acidente horrível!!! E ele te diz:
- Ah! Você ta falando sério???
Não! Eu passei pó de arroz na cara para parecer real...
PELAMORDEDEUS!!!
Quando dia 18 anos pensei: Acho que vou morrer antes dos 25.
Depois tive que alterar o prazo. Antes dos 35, então? Novamente tive que rever a estimativa. Vai ser antes dos 45!
Pô! Parei com esse distúrbio neurótico; CHEGA!!! Mas, aos 55 não chego não. Rs rs rs.
Ainda não sei bem, mas acho que foi praga, vingança,
A tola tolerância e a perseverança que o amor dele me
Deixou como herança, estas ditas, tidas, mantidas e tão
Malditas esperanças, de que, mais dia, menos dia, ele
Resolve, volta, me toca, avança, me envolve e alcança!
Guria da Poesia Gaúcha
Muitas vezes criamos nossos desertos,plantamos a semente errada e esperamos colher flores, nem sempre somos bom moço, boa moça, temos nossas fraquezas...
Brigamos com outras pessoas enquanto na verdade, deveríamos brigar com nosso maior inimigo- nosso ser interior- nós mesmos.Mas não é fácil reconhecer o erro, voltar atrás,recomeçar, trocar o caminho...
É preciso construir o nosso "eu," reconhecer- ser, respeitar-se, nada de querer ser o (a) dono, (a) da verdade absoluta, pois não existe a verdade absoluta, tudo é passageiro, mas deixa marcas profundas em nosso ser, é preciso cuidado consigo e com o outro, afinal somos todos inclassificaveis. Não podemos jamais esquecer de nossos valores, eles precisam ser preservados.
Gente tem que ser gente...
Gente que espalha gentileza, solidariedade, se compadece, ama...
Gente que vive, constrói valores, amizades...
Gente que se reconhece, se respeita, se valoriza...
É gente assim que eu quero ter comigo!
Gente que eu posso chamar de amigo(a).
Simples assim!
Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Eis o ensinamento do Mestre Jesus.
Impossível amar ao próximo sem amar a si mesmo, quem não sente amor próprio não sabe amar outra a pessoa, vive a reclamar, sentir -se inferior, incapaz,julga, condena e se culpa e culpa o outro.
O amor sublime por si, é livre de egoísmo, não se humilha, não se culpa, não se submete as facetas do ego.
Amar é um ato de entrega, de doação, de transparência, é se aceitar para aceitar o outro como ele é,sem disfarces, completamente desprendido de sentimentos que esvaziam a alma.
Deus espera que nosso coração esteja aberto e livre de mágoas, rancores, falta de perdão, egoísmo, ambição doentia...
Os milagres de Deus acontecem quando nos permitimos viver os planos de Deus para nós.
Quando nos despimos da nossa arrogância e nos rendemos ao Senhor da glória.
Paralelas
Traço as retas
Infinitas retas num papel
Branco infinito
Retas que tendem ao infinito
Nunca se fecham
Não formam regiões
Poligonais.
Nas equações
Mais retas, retas
Para onde vão?
Já nem as traço
Com a régua
Essas equações das retas
O dia inteiro
No cansaço
Acompanhando as retas
As paralelas
Como no asfalto
Feitas pelos pneus do carro
Retas para onde?
Onde me levarão?
Para o infinito
Lá no final
O abismo
Morrendo em meio ao vão.
Da neurose à psicose
Tens a neurose furtiva,
Vives alucinado e em delírios.
Na tua neura temos diálogos,
Na tua psicose, espasmos.
Nos diálogos rouba-me a distinção,
Sente-te sobranceiro
Denodado em seu valor.
Quando entras na alma das sombras
Veste-te de altivez,
Dos teus delírios à empáfia
Rebusca com apreensão
Com esmero excessivo
À sensação que precede o ataque,
Que já na crise aflitiva
Suga-me toda a energia,
Abrindo sulcos na terra.
Vejo pelos profundos rastros
Deslizando abaixo
O primor que fostes um dia.
Entro em profundo desassossego
De ver-te neste estágio iminente
Indo ao encontro do desenlace fatal.
Sinto-me rigorosamente impotente
De controlar os teus propósitos
Desde logo, subsistentes.
Sua existência
Sua existência me conforta
Não importando saber se você,
Está rico ou pobre
Magro ou gordo
Com a aparência mais jovem ou envelhecida
Feliz ou infeliz
Acompanhado ou só
Viajando ou enclausurado
Comendo ou minguando
Nervoso ou apático
Com saudade ou desprezando
Drogado ou de cara
Orando ou resmungando
Sendo assim ou assado.
Assando.
O que mais me importa
É você existir,
Para que não desapareça
Este ser inconsequente
Que se tornou a minha fonte inspiradora
Dos meus momentos mais sublimes
Em que deslizo os meus dedos no teclado
Criando poesias.
Sem fim
O que você está fazendo aí parado em pé?
Para onde te levará essa fila?
Você tem certeza se ela terminará?
Sabe o que irá encontrar?
Sinto que você está bastante ansioso
Observando e esticando o pescoço
E é uma fila indiana
Parece mais uma romaria.
Suas mãos estão suadas?
Porque o seu corpo se move constantemente?
Será algo que você não poderá perder?
Existe uma hora marcada para chegar ao fim da fila?
Você está entorpecido por isso?
Tem de alcançar?
Você agora externa pela face certa raiva
Seu semblante mudou muito,
Foi pela certeza das vozes em sua mente,
Que disseram que não mais chegaria?
Agora você está agonizando na fila,
E olha para trás
Não existe mais ninguém?
A fila anda lentamente e você é o último da fila?
Não adianta se penalizar
Nada mais fará diferença,
Você se apossou da fila errada
Ela não tem fim nem começo
É uma fila em espiral, infinita.
Não direi que nada foi feito por mim nesta vida.
Quando me vejo num canto esperando me recordar de tudo quanto passei tudo, quanto errei, de tudo quanto vivi posso sentir que tive muito mais do que eu esperava,
A vida fez de mim sonhador, a vida fez de mim lutador guerreiro, muito mais que um menino soldado muito mais que o ser capaz de pisar na lua, muito mais que o pássaro capaz de abrir as asas e voar...
instinto e razão, impulso e reflexão,combinação e contradição... eu sou um ser pensante!
Guardar mágoa é aguardar lágrimas,
É ativar o cativar da dor que existe,
Que resiste e não desiste, é cultivar
O que insiste em permanecer triste!
Guria da Poesia Gaúcha
“AINDA ME LEMBRO QUANDO EU ERA CRIANÇA, MAS DIFÍCIL MESMO SERÁ ESQUECER-ME DA MINHA FASE ADULTA. QUANDO EU ERA CRIANÇA EU BRINCAVA MUITO COM OS OUTROS, E HOJE COMO ADULTO MUITOS OUTROS BRINCAM COMIGO...SÓ QUE HOJE NÃO SOU MAIS INOCENTE, APESAR DE ALGUMAS VEZES SER CRIANÇA”
POR: SIDNEY PEREIRA DA SILVA.
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