Poema da Geladeira Elisa Lucinda
Vem no canto da minha janela
Me chama pra passear
Me conta sobre você
Me deixa te mostrar
Que o universo vai ser pouco
Perto do que a gente ainda vai conquistar
- Me chama baixinho, ninguém precisa escutar.
À noite, alguns gatos são pardos.
Outros, bem tapados, coitados.
Chaninho, de sete vidas,
perdeu uma de bobeira,
escorregou na soleira,
bateu a cuca no batente,
quebrou uma costela e um dente.
E saiu repetindo:
“Leite quente, leite quente, leite quente...”.
O bacurau se mudou
na calada da noite
para um buriti,
bem longe dali,
do outro lado do igarapé,
porque não aguentava mais o sapo
e seu cheirinho de chulé.
De dia, o mundo barulha demais,
tirando nossa paz.
À noite, pirilampos alucinados
rompem a escuridão,
piscando que nem discoteca,
na pista do meu coração.
O silêncio ensurdecedor de alguém que não pensa, fala.
A alma mais abatida que não anda, trupica.
O coração que não se ouve bater, mas acelera a cada lembrança.
A vida, de alguém que buscou uma saída e ainda está iludida.
Começo, de alguém que ainda não saiu do lugar.
–Mova-se, corra, grite, cante, celebre a sua mais nova partida!
Eu me sentia vazio,
A solidão me consumia,
Era só eu e o silêncio sombrio,
Eu chamava e ninguém me via.
Foi então que no meio de muita insegurança,
Surgiu para mim uma luz de esperança,
E preencheu o vazio do meu coração,
Acabou com minha solidão
Era você,
Era o amor,
Era simplesmente incrível
Era tudo que me faltava.
E sem dúvida,
Você coloriu minha vida,
Preencheu o meu vazio.
Obrigado,
Por ser esse amor de pessoa,
Uma pessoa brilhante.
Espero que a sua companhia seja eterna,
Mas se não for,
Não importa,
Podemos aproveitar o agora,
Por que com você a minha vida se tornou mais bela.
Imagine uma noite de lua cheia em Marte?
Passeando de mãos dadas sobre o basalto vulcânico.
O vento elevando a poeira e deixando no ar um tom amarelo ferrugem.
Na brisa o aroma de dióxido de carbono se funde ao metano gasoso.
O final de tarde é incrível aos pés do monte Olimpo.
O olhar se perde nos 25.000 metros do nosso Everest marciano.
No céu Fobos, a lua parece um gigante,mais distante Deimos a lua parece um brilhante.
Vivo como quem escolhe
em silêncio cada detalhe
de um roteiro de viagem
em prosa e em cada verso
todos os dias te enlevo,
e saio em busca de ser
para a tua vida a mulher:
Esta é a alma do desejo
de ir até onde você está
e como ainda não posso
é para dentro que te levo.
Cada poema que tenho
escrito além de ser
uma declaração pública,
é uma rota de fuga
que por força do destino
irão me levar aos braços
teus sob a luz da Lua:
E ainda sem perceber
que és meu e eu sou tua:
o teu amor é todo meu,
e o meu amor é todo seu.
Pela força do Universo
um nasceu destinado
a ser o mundo do outro,
e não há nada que desvie
ou quem faça ser desviado
o trajeto de cada passo
que por natureza é alinhado.
Eu te amei tanto
Que esqueci de me amar
Te coloquei em primeiro lugar
E esqueci de me olhar
Esquecei de me fazer feliz
Só pensei em te fazer feliz
E esse foi o meu erro
Pensar em você
Eu só pensei em você
Tudo era por você
Nada era por mim
MEU VIOLÃO
Se meu violão falasse
Certamente diria
Em verso, em prosa em poesia
Coisas secretas de minha alma
Que nem cartola cantaria.
Sobre amores esperados
Nas esquinas da vida
Em noites vazias
De tantos desencontros
Em breves sussurros
Em tristes melodias.
Meu violão canta como eu
desafinado de melancolia
Sonhando o futuro glorioso
Esperançoso de paz e harmonia.
Meu violão, um amigo leal
O mais próximo do peito
Somos assim predestinados à solidão,
Vivemos esta grande ilusão
Que ninguém nos roubará este direito.
Vandalismo derrubou
A estátua de Ariano.
Como pode existir
Um ato tão feio e insano?
Mas a obra é imortal,
Legado imaterial,
Desse ás paraibano.
Movimento armorial,
Auto da Compadecida,
Numerosas são as obras,
Nunca serão esquecidas.
Não se apaga a memória
De quem tem nome na história
E passou da morte à vida.
Despedaçado
Um lápis,
Um caderno
E uma paixão
o jovem apaixonado
inspirado por um coração quebrado
reestruturando-se em suas escritas
de um amor sem visitas
Amadurecendo sua paixão
De amores antepassados
e cicatrizes amordaçadas
acostumando-se com a doce ilusão
desacreditado de um amor futuro
assustado, enfurecido
estava o ser atordoado
no fundo de sua alma
as ultimas forças de seu coração gritavam
ERGA-SE PERANTE OS ASSASSINOS DA FELICIDADE
AME, SEJA AMADO, SEU DESGRAÇADO
Há amores com jogos
muito perigosos
que estão se matando
entre si por falta
de educação afetiva:
(A violência sem dúvida
a alma do amor sacrifica).
Na minha terra não
se chora mais
a morte de mulheres
por indiferença
ou provável exaustão:
(O conjunto da obra
convida a proteger
disso tudo o coração).
Sob a Lua e do Sol
acreditando que um
dia você irá no meu
caminho chegar,
Acredito no amor fino
que cedo ou tarde
por obra do destino virá:
E bem longe disso tudo
o nosso amor se salvará.
Há amores com jogos
muito perigosos
que estão se matando
entre si por falta
de educação afetiva:
(A indiferença provoca
o embotamento
e convida a ir embora
do distanciamento).
Não me seduzo
pela primeira história
que tentam a todo
custo me fazer crer,
Quando você chegar
porque no momento
certo nem palavras
serão necessárias,
nós dois vamos é viver.
Na minha terra não
se chora mais
a morte dos homens,
se banaliza até
nos casos de paixão
por sarcasmo
ou provável exaustão:
(O conjunto da obra
inspira a proteger
da falta de crença
no amor o coração).
Ciente disso tudo,
todos os dias ando
buscando estar
com documentos
na minha bolsa,
malas prontas,
o coração e a alma
em constante preparação
anunciando o amor
rumo ao refúgio
dos nossos abraços
a crença no amor puro salvar,
(Mesmo sem saber
quem é você e da onde surgirá,
sei que um dia irá chegar).
Ela e a Noite
Quão bela é a noite!
As estrelas cintilantes brilham
A natureza age de forma plena
E os meus olhos a fixam
Como tudo pode ser tão perfeito!
Essa noite possui tanta harmonia
Como pode não ter um defeito?
A mãe natureza age com tanta sincronia!
Mas essa não era qualquer noite
Pois ela está ao meu lado
Tão bela quanto a Flor da Noite
Só o olhar dela me deixa encurralado
Entra Ela e a Noite? Difícil de se escolher
Se bem que Ela pode me deixar
Ao contrário da noite, a sua beleza é árdua de se descrever
Afinal, sua existência é ímpar
Olha que controverso!
Sobre "A Noite" pensei em fazer o poema
Mas a coloquei nos versos
O amor e o poema, que grande dilema!
Sinceramente, eu não sei o que dizer
Ou há algo a se ressaltar
Por não saber o que fazer
Porque logo por ela eu fui me apaixonar?
Entra Ela e a Noite? Ainda não sei
Dificilmente uma eu escolherei
Mais difícil ainda uma esquecerei
Mas sei que só uma para sempre, eu amarei
E lá tudo era perfeito…
Lá, ninguém era cego ou mau olhado
Porque eram todos Reis do Reinado;
Não havia roubos ou ladrões,
Nem corretivos ou cem perdões;
Eram amigas, a pressa e a perfeição;
Quem caçava com gato, tinha cão;
Havia galhos para todos os macacos
E promessas não caiam em sacos;
Águas nunca vinham em bicos,
Os espertos não eram Chicos
E todo o pecado era omisso!
O feiticeiro era amigo do feitiço
E este não se virava a ninguém;
Não havia mentiras a beijar bem,
Todas socavam com verdades;
Casas não tinham portas e grades
Pois não haviam almas gulosas.
Lá dentro havia um mar de rosas
Na carta fechada do casamento
Porque todo o mar era bento.
As rosas não tinham espinhos
E gaviões não seduziam ninhos.
As cercas não eram puladas
Nem por bruxas nem por fadas;
Maridos diabos eram santos;
Não havia querelas pelos cantos;
Judas era coisa que não havia
Nem sequer no dicionário;
O vinho não batia nas cabeças
E a culpa casava-se sempre
Quanto mais não seja
Com o confessionário!
Gentileza
Gentileza é como um ser dependente
Que para sobreviver
Depende da atitude da gente.
Gentiliza não tem regra
E nem exceção
Faz bem pra alma
Enobrece o coração.
Nesse mundo tão corrido
De indiferenças e competição
Parasse que ser gentil
Só ficou na intenção.
O mudo seria outro
Com amor e delicadeza
Se o homem não espalhasse o ódio
Mas sim gentileza.
Nessa vida nada de estresse
O bem que você faz
Quem recebe compartilha
E jamais se esquece.
Nesses versos tão sutil
Expressem o que meu coração sente
Que pra ser gentil
Gentiliza é a semente.
Perdi minha poesia
Perdi minha poesia
Joguei fora minha magia
De alguma forma ou de outra
Com certeza eu já sabia
Que isso chegaria
Como um soco no pâncreas
Chegou sem aviso
Sem menores discrepâncias
Como vou recuperar
Essa minha melodia
Eu ainda vou procurar
Vou achar uma saída
Porto Aéreo
Estava tudo organizado
Estava tudo preparado
Estava tudo sob controle
Não teria porquê se preocupar
Basta seguir o protocolo & nada irá falhar
Deve ser rotulado
Deve ser carimbado
Deve seguir o padrão
É bem simples se parar & olhar
Siga a rota certa se quiser voar
Mas algo deu errado
Não seguiu como o planejado
E não sabiam o que fazer
Não sabiam lidar com aquilo
Nunca tinha acontecido isso
Não estavam tão organizados
Nem tão preparados
E os outros não estão nem aí
Pois não seguiu o esquema
Não seguiu o sistema
Houveram ameaças
Houveram lamentos
Houve um caos geral
Correndo contra o tempo
Para não prejudicar outro membro
Não ter solução parecia
Parecia não ter saída
Iriam se perder
Perder a bagagem
Perder a viagem
Mas algo os salvou
Os apaziguou
E encontraram outra rota
Milagrosamente
Um meio diferente
Sorte a deles
Que havia outro protocolo
Planejado para a falta de planejamento
E retomaram com muito contentamento
Guiados por um guia só
Um solo que os levou ao solo
O destino os levou ao destino
Ao objetivo, ao motivo por voar
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