Poema da Geladeira Elisa Lucinda
Não se sabe quando parar...
Sempre disse que estaria aqui por perto, sempre que me esperasse ou precisasse de mim, não que mudei de lado ou simplesmente quis deixar de lado essa minha ideologia, mas a minha fraqueza de não conseguir muitas vezes estar do lado de mim mesma, me faz deixar aos poucos... Esquecer aos poucos... Continuar...
Mas espero você no fim da minha jornada, espero estar viva, com o folego suficiente para sentir o ultimo sabor do amor, que eu não tenha te esquecido, não me deixe te esquecer!
Tenho essa mania de esquecer, de não me importar, mas é uma fachada que criei dentro de mim para me permitir viver, quando na verdade meu coração por dentro lateja de saudade...
Saio engolindo tudo, história, saudade, amor e deixo para trás... Junto com a dor levo na bagagem e sigo sozinha, levando comigo apenas meus sonhos e as lembranças do inacabado destino...
Seu amor anda meio inadimplente
e eu vou exigir com juros
por seus beijos,
pois uma boca que
alimenta meu desejo
não pode ficar sem receber
sua carta de cobrança...
Sem analogia de almas
Sou puro sentimento, sou mulher,
É na constância sentimental que alimento a minha alma,
Os céticos que a lê, dizem que em mim não existe.
Digo com solidez que a vida não é arbitrária,
Tenho como princípio o antagonismo,
Para alimentar o meu sentimento, ajo com a razão.
Sou uma imperfeição de pessoa
Tenho como causa primária às exceções
Profano as regras capazes de eliminar a minha abstração.
Quem comigo conjumina, leva-me a uma triste impressão,
De tirar-me o privilégio do desvio, do habitual.
Quem clarividência minha alma, elimina a minha consciência sutil.
Não aceito esse dogmatismo que dissimula a minha regalia
Sou uma semideusa, assim, onipotente,
Tenho uma alma conceitual sem similitude.
Guardar mágoas é aguardar lágrimas, é cativar
O que existe de triste, é cultivar o que de pior
Insiste, persiste, resiste e que por nada desiste...
Guria da Poesia Gaúcha
Quem é livre, não manipula e não se sente manipulado.
Aprende sem ser forçado
A busca interior, num oceano profundo de luz e amor
vem como as ondas do mar...
Eu tentei, te juro que tentei
Implorei para que em cada segundo surgissem motivos
Para não estar mais aflita, não ficar mais aflita,
Te juro que tentei.
Acho que nunca pertenci a este lugar,
Eu sei, as pessoas irão julgar, mas,
As pessoas também não suportam ficar aqui, só não entendem.
Eu tentei, te juro que tentei
Acho que amo demais a vida,
Acho que não estou bem,
Acho que andar de um lado para o outro não me faz bem,
Acho que não achei ninguém.
Sei que sou diferente, sei que sempre fui
Sei que, não pertenço a este lugar,
E talvez a lugar algum,
Almas livres presas,
Só encontram uma solução.
Eu tentei, eu te juro que tentei.
Bolha de sabão
Eu quero um fim, não sei se o fim, mas um fim sim...
Desejar nunca ter existido é com certeza diferente do anseio pela morte...
Queria só um sono, longo e sem sonhos e sem pesadelos, sem pesadelos...
Quem me dera ser uma bolha de sabão...
Que em sua curta jornada só tem luz e beleza...
E se acaba com o tocar de uma criança...
Quando o realismo e o pessimismo se confundem...
Meu problema é minha solução...
Já não sei o que é que é, já nem sei se um dia soube...
Uma mulher quando ama fica estampado no seu lindo rosto
Demonstra no brilho do olhar nao sabe esconder
quando diz eu ti amo sua voz fica ofegante
Ela fica com um jeito lindo como se fosse se jogar nos braços da pessoa amada
É muito lindo esse jeito delas um ser misterioso ao mesmo tempo nao sabe esconder
mas nao sabemos um terço desse ser divino que deus criou.
A Lua estava sozinha e eu também
Compartilhamos o vinho e a luz
Contei pra ela meus segredos
E ela me contou o seus
Era mãe das marés do movimento
Prisão do Lampião
Rainha da noite
Equilíbrio da terra
Luz que impera
Não me vejo em nenhum manequim de loja, não quero usar os sapatos das vitrines; não escondo o meu rosto em maquiagem e não gamo em galãs de minisséries.
Eu gosto de beber enquanto leio, de tocar violão sobre as estrelas e de roer as unhas de nervosismo;
Dançar bêbada em uma festa, de sentir o vento frio chocar-se contra a pele e ver os pelos levemente eriçar.
Gosto de romance e de filmes legendados, de sentir o gosto de tantas bocas quanto eu puder beijar...
Gosto de discutir sobre politica e questões que só a mim vão interessar. Gosto de cada detalhe da natureza e sinto raiva de quem passa sem notar.
Eu gosto de ver a lua e de sozinha conversar; gosto de sorrir pro mundo e ao ser retribuída, flertar...
Eu sou uma alma de tanta intensidade, que só pede ao mundo um pouco de lealdade, pra que deixe a antiguidade de normalidade e venha me prestigiar.
Eu tenho tendência ao suicídio e amo a vida mais do que o amar, mas eu quero demais do mundo e o correto é me acomodar.
Talvez por isso tantas pessoas, venham a pé me questionar, suas asas foram cortadas, elas têm inveja de me ver voar.
"Quem sabe o que planta não teme a colheita, Cuida do seu coração porque é dele, que sai o que é bom e ruim, o que constrói e que destrói ."
Contra Mestre Busca Longe da Bahia
Se todas as vezes que um filho fizesse algo errado os pais os abandonassem, você já imaginou quantas vezes você seria abandonado?
Pense bem nisso!
Várias vezes erramos, muitas vezes repetimos o mesmo erro.
E nunca fomos abandonados.
Pois tínhamos pais que, apesar de não concordar com o que fazíamos, estavam lá, sempre presente, para nos ensinar, nos aconselhar e nos orientar.
Pais são assim, não desistem nunca dos seus filhos.
Tenho muita saudade dos meus!
Confesso que eu acordei triste, sem
Vontade para ligar o celular, ver TV
E até de te ver, e talvez seja por que
Hoje descobri que mais que cansada
Ou estressada estou é decepcionada,
Por ceder tudo e receber quase nada!
Guria da Poesia Gaúcha
Pesadelo
Qual fera bestial eu fui caçado
Como animal feroz fui enjaulado
Sem saber qual o crime cometido
Mãos e pés, todo o corpo atado
Amordaçado, sem dar nenhum gemido
Era um ser totalmente fracassado
O desanimo meu ser tinha inválido.
Perguntei as estrelas que brilhavam
A razão de tanto sofrimento
Elas mudas continuavam me olhando
Como parte do imenso firmamento
O vento que soprava calmo e brando
Talvez me querendo dar alento
Ou dizer que eu estava sonhando.
Será que não era um pesadelo
Daqueles que trazem tanto penar
Daqueles que a gente grita e chora
E ninguém parece escutar
Que um minuto parece uma hora
Que o tempo parece não passar
que não se está dentro nem fora.
O amor e como um dia, começa lindo
E claro, depois esquenta e acaba
Escuro e frio como uma noite de
Inverno.
O silêncio esconde diversos
Segredos
O silêncio esconde diversas
Palavras
O silêncio esconde diversos
Gritos
O silêncio esconde diversos
Sussuros
O silêncio esconde o silêncio.
Penso no que penso
Turbilhão de pensamentos
Mistura de sentimentos
Saudades e lamentos
Batem à porta a todo momento
Como brisa ou como vento
Tempestade ou chuva fina
Seu sorriso oh menina
De colírio da retina
Ao coração à adrenalina
Quem sabe um dia eu conheça seu segredo
Sem receio de mostrar qual é seu grande medo.
