Poema da Geladeira Elisa Lucinda
Dias, dias, esses dias intitulados, já percebeu os resultados?
compre, compre, venha ter amor, gratidão, atenção, perdão,
mas lembre-se, não esqueça de trazer seu cartão.
Sua mãe só tem dois dias no ano?, seu pai também só dois?
se é só nesses que o vêem, quanta ingratidão vós tens.
Professor só dois, amigos? Aprender e ter alguém pra compartilhar sua vida com um só presente demonstrar? já parou pra pensar?
É tão fácil assim?,
Não! é essa hipocrisia e consumismo sem fim!
O dia de demonstrar é hoje,
o dia de agradecer é hoje,
o dia de perdoar é hoje;
não espere pelo dia, faça ser hoje esse dia.
Se presenteia à alguém pensado em recompensa –em qualquer grau-
não doa, e sim compra-a. Onde está sua moral?
O melhor que podemos dar de valor nada vale em papéis numerados,
mas para quem o recebe, sabe, que coisa alguma pode comprar
a palavra gentil a lhe falar, o tempo de estar contigo e, de um
abraço ou beijo, que é único para consigo.
Cidade barulho, não para um segundo
Sirene, buzina, motor; gritaria, dor!
Indo na mais rápida lentidão possível
Desviando, cortando, se estressando
Morrendo no instante, ou num breve.
E de repente tudo se vai. Foge, lamenta e nem tenta.
Vive a segurança unida à uma falsa esperança;
quer mudar, acreditar num belo lar,
parece honesto o sonhar,
mas é defesa para não se enfrentar.
Monstros da perseguição, deixando duvidas e confusão,
mas pelo sim ou pelo não
melhor ficar parado,
assim não caio.
Não se machuca, não cria cicatriz,
vivendo uma vida moderninha e feliz(?)
Se me enganei, não sei, acredito que muito mais poderia surgir
se não fosse o medo de prosseguir, de arriscar.
Pode perder tudo ao mesmo tempo em que ganhará tudo,
porém é seu futuro e só você pode molda-lo.
As vezes fico a pensar quão simples é meu gostar,
me agrado com pouco, ou será isso apenas um desejo louco?
Serpente perigosa, esgueirosa, rápida, quando atinge, já é tarde;
abalou-lhe o espírito, e na loucura anuncia em tamanha demasia:
- Não é mais 100!, vi a virgula.
- Menino apressado, até quando aguentará tantos machucados?
Mas é bom aprender sem sofrer?, é só saber ler A, B, C?
isso é crescer? Amadurecer?, não! Isso é esperar acontecer;
e só à você é dado-lhe o privilégio de escolher o futuro que quer ter.
É você que faz acontecer, conseguiu agora perceber?;
é seu dever lutar pelo sonho que quer viver, seja qual for,
se ficar parado está morto sem vida, sem rosto.
Acorda! Saia do querer e comece a fazer,
pare de pensar, comece a realizar; garanto,
podes fracassar, mas se persistir, vida nova verás existir.
Ah, que intensidade!
Ianomâmis, Carajás, Guaranis e Tupis
Tudo antes já prenunciado
em ritos e rituais
E para o desconhecido
apenas a sensação e a percepção
de um olhar
e a espera do tempo mistério.
Feito uma flor lançada ao mar que a onde levou, tão pálida estava quando uma linda sereia a encontrou e a pôs em seus cabelos.
Feito uma garrafa lançada ao mar que a onda levou, levou para o infinito meus versinhos de amor.
Assim e muito mais me sinto
quando distante de você.
Percebi...
Aí eu percebi que as mesmas palavras ditas com outra boca não eram iguais;
Percebi que a inocência é um processo de transição;
Que o caráter é a coisa mais linda que podemos encontrar nas pessoas;
Que não somos unidos pelo amor, mas sim pela dor e o medo de perder;
Que as pessoas são egoístas antes de qualquer outra coisa mesmo que ninguém saiba;
Percebi que as noites mais longas antecedem os dias mais difíceis;
Que a luta é ser feliz, que a paz é passageira;
Que o mundo não foi feito para nós e simo contrário;
Que o preconceito é uma doença que machuca quem sofre e mata quem tem;
Que nunca iremos alcançar o que tanto que queremos sem antes nos despir de todo orgulho;
Percebi que tem pessoas que são compatíveis e nos fazem sorrir e outras que também são, mas nos fazem chorar;
Que talvez você nunca pertença a outro grupo pelo simples fato de querer;
Que destino é uma mentira e que história é a gente que faz e são os outros que contam ....
Amada mãe.
Pátria amada, desalmada, filhos seus nem tão gentis.
Desbravada e ocupada, terra de índios guaranis.
Liberalismo desordenado, lixo, fogo, destruição.
Amazônia desmatada, tudo em nome da produção.
Corrupção estabelecida, política sem solução.
Estarrecidos, desgovernados, gente boa de pés no chão.
Filhos humildes, trabalhadores, desta pátria em dissolução.
Triste e desamparada é a mãe desta nação.
Uma amada mãe, não tão amada, Brasil.
Um corpo se prende pela corrente
Ainda que enclausurado, pode estar livre
O pensamento se prende a ilusão
Daqui, mesmo solto estará trancado
A mente sã ilumina o caminho
Enquanto for luz, te seguirão
Pois a clareza é pura e distinta
A escuridão é uma carga penosa
A mais lenta dança contigo parece uma corrida
O maior filme um curta
E cada beijo uma piscada
Mas cada segundo mais valioso do que anos
Sentimento em repentino que em um ponto quase divino
Mudou a vida de um jovem menino
Para o amor de um crescido rapaz
Que somente pensará no tempo
E não em mais tempo.
Mundo vago
que em meio a um passo
já fujo do raio do compasso
e começou a outra parte da dança
mesmo que a mente ainda se cansa
de tanta exigência sem ritmo impedida pela distância
me presenteie então, ao menos com sua despedida
já ficaria feliz
pois de tudo o que aconteceu
que meu entendimento não consegue chegar
minha mente instalou bem ali o seu jeito de me olhar.
corações amargos
que em busca do amor desenfreado
ainda procura alguém para estar do lado
mesmo depois das facadas levadas
mesmo depois das pessoas importantes virarem nada
mesmo depois do sentimento por extinto
mesmo o fim voltando para esse início distinto
da procura por alguém que preencha seu vazio
mesmo que por instinto.
Poético silencioso
que se deslumbra numa noite branda
rodeada de olhares curiosos a se debandar.
Lua branca e clara como as ruas do entendimento
que me preenche de sentimento
deixando a mente livre querendo voar
novamente volto a escrever pensando em quando vou descansar
mesmo que a mente em rimas de momento não pare de pensar
para compor mais um pedaço da alma
um resquício que me acalma e me faz querer continuar.
Venha chuva
deixe de ser passageira
more em mim como a uma veia que pulsa e corre a cada bater.
Dance de ante as batidas do meu coração
mostrando que dentro de nós reside uma canção
e que nada no mundo irá te fazer parar de dançar.
Pule, rodopie e se jogue, mas tudo o que te peço
é que passageira a ser tu não volte
pois mesmo sendo sua vida corriqueira
aí de mim se perder mais uma veia.
Paradoxo da Quarentena
Em meio há falta de fatos,
Existem sobra de falas,
Diminui-se as pessoas,
Multiplicam-se as valas.
Somam os achismos,
Baseado em "notícias".
São totalmente verdadeiras?
Ou apenas fictícias?
O que é seguro?
Será que vale o conceito?
O importante é o povo?
Ou o que fala o prefeito?
Ser humano em conflito
Pela inversão de valores,
Ouvem-se choro de mortos
Isto é um circo de horrores.
Economia contra Saúde
Quem vence esta guerra?
De quem será os espólios?
Polarizações na terra.
A consciência em xeque
Com aumento na desunião,
Ainda vemos outro ser
Como o nosso irmão?
É que a gente temos que entender
Que todos nós também representa
O palhaço
Já da pra ver no rosto, o sorriso
Estampado, sorrindo especificamente
Por fora e as lágrimas escorrendo
Por dentro.
Cada um com seu sofrimento, só que
De uma forma diferente, só quem sente
Sabe, só quem sabe sente, ninguém é mais
Inocente.
O mundo tá cheio de covardia, te apunhalam
Pelas costas e ainda com ironia, tudo começa
Quando se fecha as cortinas.
Ninguém confia mais em ninguém, nem mesmo na
Própria sombra
Nem o espelho tá mais servindo, quando fui me olhar
Até me assustei com meu semblante destruído, geral
Corrompido, o amor tá frio, eu também já enfriei.
No calor do ódio e da intolerância, todo mundo quer
Ser rei, me desculpe se eu errei, é que eu já não sei
Mais pra onde eu vou, aonde vou parar, será que da pra
Raciocinar?
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