Poema da Geladeira Elisa Lucinda
Surucuá-de-barriga-vermelha
é o pássaro da canção,
poema que me põe em flutuação,
Meu amor de loucura
e minha paixão única
que o meu completam ocupa.
O canto do Uirapuru
norteia romanticamente
a inspiração e o poema,
e sob o céu amoroso
do Hemisfério Celestial Sul
ainda busco desvendar
o mistério que me mantém
entretida buscando
qual será o desfecho final,
algo me diz que estamos
ligados de maneira sobrenatural.
Uma Arara-vermelha
voa como um poema
ao vento sobre nós,
Coloco o paraíso
secreto nas suas mãos,
Desde que você
me permita fazer
tudo o quê eu quiser
em daquilo que nos
pônha em flutuação.
Pavãozinho-do-Pará
companhia como
a tua igual não há,
Te ofereço um poema
para todo mundo
sabe que igual a você
ninguém há de encontrar.
Espinhaço de Ovelha
com Aipim vira poema
na mesa para celebrar
da nossa gentil maneira
sulista e muito brasileira.
Um poema também é
um Linguado na Telha
para fazer o seu coração
bater forte e disparado,
Você me ama e me quer
a cada dia ao seu lado.
Rodeio sob o Poema-Processo
A nuvem é o grande
exemplo constante
de Poema-Processo,
Não sou meteorologista
e leio uma ou mais
de uma daqui de Rodeio
do meu poético jeito
o quê uma ou mais
podem sempre trazer,
Sempre que da janela
estática vejo a cena
se revelando mutante,
Declaro-me amante
da transformação alucinante.
Poema para Rodeio
Aproveito o silêncio
da madrugada onde
posso ouvir o peito
na Véspera de Ano Novo
como licença poética
para escrever mais
de um poema para Rodeio.
Noite adentro sendo
amada pela brisa que vem
na rota do Rio Itajaí-Açu
e por ela sigo agradecendo
o tempo inteiro porque
graças à estamos vivendo.
Panelinha de Côco
Panelinha de Côco
para cair no seu gosto
poema saboroso,
amoroso e carinhoso
para você não esquecer
de mim nunca mais.
Camafeu
Poema açucarado
tal qual um poema
com carinho preparado,
Há de ser o Camafeu
que eu hei de te ofertar
para deixar você com
o coração apaixonado.
Poema Sonoro para Rodeio
Os pássaros de madrugadinha
declamam o seu poema sonoro
para Rodeio e o raiar do dia,
que estou na sua você bem sabe,
Eu não sei se você está na minha,
só sei que não é mais segredo
para ninguém desta nossa cidade.
Poema vespertino para o Vale Europeu Catarinense
O meu amado e gentil
Vale Europeu Catarinense
nunca me decepciona,
no mesmo sentido a minha
linda cidade de Rodeio,
Mais de um poema
vespertino tenho escrito
em agradecimento
por tanta coisa que me acompanha
no meu peito e além do tempo.
Poema vespertino para Rodeio
Buscar uma fruta direto
do pé da árvore,
Agradecer a Deus
por estarmos cercados
por esta beleza
do Médio Vale do Itajaí,
Escrever um poema
vespertino para Rodeio
com toda a gratidão
por morar aqui e ter
amor por este lugar
no fundo do meu coração
seja no Inverno ou no Verão.
No décimo dia do ano em Rodeio
No décimo dia do ano
aqui em Rodeio,
Escrevo um poema
com a cor do melado
e com o sabor da terra,
Tenho orgulho desta
Santa Catarina e de poetizar
a vida como quem cruza
a estrada cercada pelas tropas
porque no final o maior
prêmio sempre será as conquistas
mais amorosas e tudo
aquilo que podemos deixar
as lembranças mais carinhosas.
🌌 Mas o mundo das raízes
(aquele que pulsa no poema) sussurrará:
"Dança!
Cada passo teu ecoa no eixo das galáxias.
O que chamam de 'loucura' é a única sanidade:
honrar o ritmo que te habita,
mesmo quando os relógios do mundo param.
Os que riem ainda não ouviram
o compasso das folhas caindo,
o gemido do átomo enamorado,
o silêncio que canta por trás de tudo.
“A saudade que inventei para não esquecer você” — Análise de um poema de Leandro Flores
“Senti saudade do que nunca existiu.
Beijei bocas que sabiam seu sabor.
Num entardecer calado, fui canção sem ouvinte.
Era amor, mas era ausência — e eu provei.
O vento trouxe teu nome, mas não tua voz.
E a tarde morreu com um verso engasgado.”
Fonte: Leandro Flores – site Pensador e canal Café com Flores
Sobre mim
Oi, eu sou a Valkíria, professora e pesquisadora, e hoje trago um poema de Leandro Flores com um título belíssimo, original e poético:
“A saudade que inventei para não esquecer você | Te amando antes da primeira página...”
Agora minha análise
O poema de Leandro Flores é uma confissão breve, mas intensa, construída sobre a ausência. Logo no início, o paradoxo “Senti saudade do que nunca existiu” traduz a falta como presença imaginada, diálogo direto com Cecília Meireles: “Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença...” (Crônicas de Educação, 1954).
Cada verso revela a impossibilidade do amor: beijos que não preenchem, a canção sem ouvinte, a dor provada como sabor. O desfecho, com o nome sem voz e o verso engasgado, sela a incompletude — o amor que não pôde nascer.
É um poema curto, mas que carrega a densidade de um romance inteiro. Ele mostra que a poesia pode surgir do que não se viveu, transformando o vazio em palavra. Afinal, quem nunca sentiu saudade do que não viveu?
“Gelo” — Análise de um poema de Priscila Mancussi
Poema de Priscila Mancussi
*“Imenso, perturbador e inquietante
Silêncio instigante
Provoca medo
Revela segredos
Intenta os pensamentos
Com o som do nada
Apenas o vulcão de dentro
E as próprias conclusões
Frio, sobe pela espinha
Arde o gelo desse silêncio
Mudo, distante e cruel
Deixa o fel
Amargo e doce
Dói mas responde
Sábio e perspicaz
Silêncio voraz.”*
Sobre mim
Oi, sou a Valkíria, professora, pesquisadora e escritora. Hoje trago a análise de um poema de Priscila Mancussi, em que o silêncio é protagonista e se revela como força paradoxal.
Agora minha análise
No poema “Gelo”, Priscila Mancussi transforma o silêncio em personagem denso e multifacetado. Ele não é apenas ausência de som, mas presença inquietante que instiga, assusta e obriga à reflexão. O verso “Apenas o vulcão de dentro” mostra como o silêncio externo abre espaço para erupções internas, conduzindo o sujeito às próprias conclusões.
O frio que “sobe pela espinha” e “arde o gelo desse silêncio” reforça a dualidade: o silêncio é ao mesmo tempo doloroso e revelador, cruel e sábio, fel e doçura. É um silêncio que corrói, mas também ensina.
A força do poema está em reconhecer que o silêncio, ainda que perturbador, pode ser mestre. Ele desnuda, obriga a olhar para dentro e, por isso, se torna “sábio e perspicaz, silêncio voraz.”
Priscila Mancussi, nesse texto, nos lembra que muitas vezes não é o ruído do mundo que mais pesa, mas o silêncio que nos confronta com nós mesmos.
...PAI
Se eu pudesse escrever um poema
Duma história, nossa, verso a verso
Na melhor inspiração no melhor tema
De um pai reto, sério, bravo, diverso
No seu jeito amoroso, coração bondoso
Nestas singelas estrofes... pois, nada seria
Tão completo... grato, e tão mais generoso
Que tua proteção, pouco é a minha poesia
Pra te reverenciar e, tão valeroso!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08/08/2021, 05’50” – Araguari, MG
……………..Poema Distorcido……………
É melhor sofrer calado pois
Quem canta seus males, espanta.
.
Uma andorinha sozinha não faz outra
.
Em terra de sapo quem tem um olho… Errei!
.
Como és burro, cavalo!
.
Se o velho pudesse e o jovem soubesse
Não haveria nada de baixo nível.
.
Melhor ter fome que fastio, fico mais à vontade.
.
Antes de morder, veja se é pedra ou pão…Ambos lhe deixarão pesado.
.
O que tem preço compra-se e o que tem valor Também, se for Dólar
.
Mas vale um pássaro na mão… Não! Crueldade!
.
Pa bom enten , mei pala bas
.
Ney P. Batista
Aug/09/2021
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp