Poema da Geladeira Elisa Lucinda
Com o som de crianças brincando desaparecendo, o desespero se instalou. É estranho o que acontece no mundo sem as vozes das crianças.
Sentiremos a dor do amadurecimento e até sofreremos individualmente com nossas experiências e vivências, até entendermos que é para o nosso bem e não o contrário, aquilo que o destino nos reserva.
Aprender a caminhar, caminhando, nos permite encontrar nossos propósitos, alinhados com nossos sonhos mais puros.
Somos equipados com um coração para conduzir e expressar uma consciência superior de existência e isto pode ser feito vivendo a vida com a mente aberta para a aprendizagem.
Nunca alguém verá o sol fazendo propaganda de si mesmo, nem as estrelas, nem outros seres vivos da terra, mas juntos realizam sua função no Universo da Vida.
"Aceitar aquilo que não podemos controlar e, acima de tudo, aprender o significado e a importância de nossas conexões e de nossos encontros e desencontros da vida, é uma perspectiva diferente para encarar positivamente as surpresas e os mistérios do Grande Tecido da vida."
Um dos entendimentos sobre nossa missão pode ser: aquilo que nosso coração nos fala, aquilo que mais ansiamos intimamente, que sabemos que aviva o fogo que existe dentro de nós, uma energia espontânea que nos satisfaz de forma inigualável e que nos dá um sentimento concreto de pertencimento a um Grande Plano de existência.
Ontem eu olhei nos seus olhos e perguntei se me amou realmente, vc olhou para mim e disse: eu te amei e te amo, só não sei demonstrar. Isso acabou comigo.
Saber que eu demonstrava, amava, cuidava e dava carinho para uma pessoa que não sabia me demonstrar o que sentia por mim. Então desisti ali, ali vc morreu para mim, e te disse que, se não soubesse me demonstrar amor, deveria se retirar da minha vida, mesmo sabendo que te amo, e às vezes te odeio por saber e lembrar disso, então se retire, por favor...
Se até o eco se perde a tentar entrar em minha mente, você acha que com esse seu mapa que fez de mim saberá o caminho?
Sempre lutei para não ter rotina. A repetição não faz sentido. Se você não usa tudo o que sabe, está atrasado.
Construir a cidade não é repetir o que já existe. Temos que pensar em recursos técnicos que se empregam para o êxito da mesma coisa, de aliviar a população, aumentar o tempo livre das pessoas, e não construir para ser mais um produto no mercado.
Deveríamos aprender a não distinguir prazer de trabalho. O trabalho deve ser a máxima perspectiva erótica da sua vida.
Em arquitetura não tem nada mais importante que o outro. Não é um pedaço de cada um. É arte, ciência e técnica.
Projeto ideal não existe, a cada projeto existe a oportunidade de realizar uma aproximação.
Não existe espaço privado. Todo espaço deve ser ligado a um valor, a uma dimensão pública. O único espaço privado que você pode imaginar é o cérebro humano.
Muitos filantropos não doam, eles investem. Investem em sorrisos ao lado de carentes, em vídeos distribuindo coisas enquanto capturam lágrimas. E, claro, investem em hashtags como #fazerobem. Mas o coitado que recebe nem sabe que está num espetáculo performático. Mas tudo bem, porque o importante é a intenção de acumular likes e comentários do tipo "Você é um anjo!" No final, o necessitado continua necessitado, o filantropo continua faminto por validação, e o algoritmo agradece pelo engajamento.
Escrever é como mergulhar no abismo de si mesmo, enquanto editar é iluminar o caminho do outro, guiando sua voz sem apagar sua essência.
Editar livros é dar forma ao caos das ideias, equilibrando arte e técnica, paixão e pragmatismo, em um ofício que exige tanto o coração quanto a razão.
