Poema da Geladeira Elisa Lucinda
Imagina que és um cão
Que não consegue ladrar.
Que és um peixe
Que esqueceu como nadar.
Que a tua mente
Perdeu a capacidade
De sentir felicidade
De sentir amabilidade
- Para a Lua - 
Jeito de mulher, olhar de menina
Qualquer aventura ao seu lado, é como um disparo de adrenalina.
Ela é segura, ela é forte, ela é linda
Seu sorriso conquista qualquer um, e no meu coração ela é sempre bem-vinda.
Ainda me lembro daquele dia
No metrô, eu ia a tua procura, ouvindo o que meu coração dizia.
"Ei, vai com calma, seja você mesmo, pra não se machucar."
Mas quando eu te vi, não tive outra escolha se não me entregar.
Daquele dia em diante eu percebi
Que o mundo poderia acabar, mas onde eu deveria estar era ali.
Do teu lado, no teu abraço, no teu olhar.
No único lugar onde eu aprendi a amar.
Nos teus olhos eu mergulhei, no teu abraço eu me abriguei, nas diferentes cores dos teus cabelos eu me encantei.
Uma sensação única que eu sei que com ninguém mais sentirei.
Eu errei, eu fui fraco
Demos motivos um para o outro para irmos embora e eu caí naquele buraco.
Hoje eu cresci, evolui, me fortaceli.
Mas de você e da nossa história eu nunca esqueci.
Me tornei alguém melhor,
Pra mim mesmo e pra quem estiver ao meu redor.
E quero que você veja e sinta essa melhora,
pois pra te ver de novo, eu já não vejo a hora.
Hoje eu te espero
Com todo o meu amor e sentimento sincero.
Continuando ou recomeçando,
é você que eu sempre vou seguir amando.
No sofá, na cama, no altar
Se eu tenho uma certeza na vida,
É que nesse dia eu direi sim sem exitar.
A saudade me derruba todos os dias,
Mas eu me levanto e olho pra cima.
Pois nossas lembranças só me trazem alegrias,
Assim como me fazem sorrir enquanto escrevo essa rima.
Por favor, não se esqueça
Que nesse mundo cheio de confusões,
Não importa o que aconteça,
Eu sempre te amarei mil milhões.
De: Igor Siviero
Para: Luana Lima
Talvez um dia
eu compreenda
este desatino do amor
os desencontros e encontros
encantados pela magia
magia da vida
que persegue
que maltrata
não um coração
nem sequer um corpo ou mente 
apenas um etéreo eterno ser.
Um recomeço
Estou tão cansada,
Tão sem forças e esgotada.
Estou tão frágil e fraca,
Que uma mosca, é capaz de acabar com a minha raça.
À...
Estou realmente acabada
Com a vida inacabada aqui,  
Mas sinto como se fosse o fim
Mas algo diz pra mim;
"Siga com a sua fé aí".
Mas não sei se ela ainda está aqui. 
Eu estou tentando.
Eu juro,
Estou me esforçando,
Me doando, enfrentado.
Eu estou planejando e arquitetando.
Mas nada que acontece
Veio dos meus planos,
Nada com o plano se parece.
Então volto a estaca 0 
Onde nada minha mente fornece,
Eu cresço  e apareço 
De novo no começo.  
E positivamente ? Pode ser um recomeço!
A garota do trem:
A garota do trem 
Sentada, de fones de ouvidos
E do seu livro uma refém.
Qual será a música que em seu ouvido o fone canta ?
Qual será o livro que seus olhos encanta ?
Parada 1, parada 2 , 3, parada 4 e nada.
Nada, nada dela se mexer, 
Se quer olhar 
E eu a entender,
A querer a me aproximar,
A querer conhece - la 
E ainda mais me apaixonar. 
A garota do trem
É sem dúvidas, o motivo
Que me fez rimar.
Becos do Cerrado
Becos do meu cerrado
Amo a tua melancolia, seca e tortuosa
Teus ipês breves. Teu devaneio encantado
De recantos de chão árido, e flora andrajosa
Teu cascalho roliço, céu cinza e enfumaçado
Deixando a alma da gente, comovida e chorosa
Do pôr do sol nos tordos galhos, luzidio, encarnado
Amo o silencioso horizonte, cheios de tal quimera
Que em polmes dourados e os olhos cheios d’água
Suspiram em poemas de rogo, tal a rudeza, quisera
O vento, em açoites nos buritis, aturando a frágua
Nas frinchas de suas folhas, e que ali então esmera
Que se defende, peleja, viceja e na imensidão vivace
Desenhando o sertão do planalto de intrigante biosfera
Como se a todos nós um canto de resistência declamasse.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de março de 2020 – Cerrado goiano
paráfrase Cora Coralina
PARABÉNS, HOJE E SEMPRE, PRA MULHER!
Mulher, obra prima da criação
que Deus fez com tanto amor e carinho;
u'a grande companheira para Adão,
uma flor perfumada, sem espinho.
E para abençoar nosso caminho
fê-la, pois, o Senhor, com perfeição;
fazendo do lar o mais doce ninho,
enchendo de amor nosso coração!
Vida que nos dá força para a lida,
que gera no seu ventre nova vida,
avivando muito mais nossa fé!...
A beleza apresentada em pessoa,
ser esposa e ser mãe — que coisa boa!
Parabéns, hoje e sempre, pra mulher!...
— Antonio Costta
Queria me apaixonar 
Saber o que é amar
Queria me apaixonar
Ter alguém que me fizesse delirar
Queria ter você
Um você que não sei quem
Queria ter você
Mesmo que você não seja ninguém
Desculpa
Desculpa por não ter falhado
Desculpa por nunca sair do seu lado
Desculpa por ter te feito rir
Desculpa por sempre te ouvir
Desculpas por não conseguir te esquecer
Desculpas por tão perfeitamente te compreender
Desculpa pelos meus abraços 
Desculpa pelos meus afagos
Desculpa por não te fazer chorar
Desculpa por sempre te amar
Desculpa por acreditar
Sonhos
Sonho com histórias irreais 
Transcendentais
Ligeiramente banais
Sonho com historias de amor 
Romances feitos de calor
Alguns acabam em dor
Sonho com aventuras 
Além do imaginado
Em um mundo perplexo 
Vagamente alterado 
Sonho com o assombrado
Um alguém abandonado
Com velho caminho despedaçado
Hoje apenas um pesadelo
Do que um dia já foi sonhado
REGÊNCIA (soneto)
Como quisesse poeta ser, delirando
As poesias de amor, nas rimas afora
O beijo, o abraço que o desejo cora
A solidão assediou e trovou nefando
Vazios estros, de voo sem comando
Sombrios, que no papel assim espora
Os versos, sangrando e uivando, chora
Implora, num rimar sem ser brando...
Estranho lampejo, assim compungido
Que dói o peito, sem nenhum carinho
Quando a prosa era para ser de paixão
Então, neste turbilhão me vejo perdido
Onde o prazer se faz tão pequenininho
Vão... e a desilusão é quem regi a mão!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Ontem peguei minha caneta
Tomei uma pinga com mel
Olhei pra cima pra ver
A super lua no céu
E quanto mais eu olhava
Mais criativo ficava
Mais rabiscava o papel
Porém eu não terminei
Pois faltou inspiração
É que uma nuvem preta
Tapou a minha visão
E eu olhando atento
Chamando na mente um vento
Só via a escuridão
Depois que a nuvem passou
A lua voltou a brilhar
E eu já na quarta dose
Bebendo igual um gambá
Guardei a caneta e o caderno
Já estava meio aéreo
A rima não quis mais rimar
Fiquei mais um tempo olhando
Pensando se o céu fosse meu
A lua seria minha
Estrelas que Deus me deu
Deitei, acordei e li
Tomei muita água e escrevi
Os versos que você leu.
- Farley Dos Santos -
O contraventor
Amanhã não existe mas para lá eu desejo ir,
E ontem já deixou de existir...
Eu queria fazer isso ou ter deixado de fazer; 
Lembrar só vai fazer eu me arrepender.
Sempre ansioso com o que vai acontecer,
Mas nunca com certeza do que vai haver.
Feliz ou apenas decepcionado...
Tristeza apenas quando fico remoendo o passado.
Um sorriso tão bonito com o rosto cansado,
Posso terminar o dia triste... mas nunca derrotado.
Por acordar amanhã eu já sei que venci!
Mas as vezes não é a dificuldade em si,
O que torna um dia longo é o desânimo e a vontadede desistir...
De conhecido à irmão
A aparência o nome a conversa,
Risadas boas lembranças, é assim que começa.
Quando te conheci não fizia muita diferença;
Mas hoje sou mais feliz com a sua presença.
Cada um com sua adversidade,
Mas um ajudando o outro... como um amigo de verdade.
Um obrigado nunca iria pagar;
Por isso quando precisar,
Pode ter certeza que eu vou te ajudar.
Com grande potencial de confiança
Em dias difíceis você me deu grande esperança...
Mesmo sem saber o que falar,
Por estar me ouvindo já conseguia me consolar.
Um amigo que eu nunca vou esquecer,
Sempre ao meu lado não importa o que ia acontecer.
Quanta consideração...
Antes eu o descrevia como um amigo, hoje como um irmão.
Gosto de gostar
Gosto de gostar.
Gastando  a Vida.
Gostando de alguém.
Dividindo pensamentos em Escritas,  
para  outro pensante.
Que ela gosta da Vida também..
Gosto de gostar da Vida.
Fazendo o que se faz de  melhor.
Se meu melhor, não agrada ainda a Vida.
Melhoro,  meu sentimento..
E me faço para a Vida.Maior.. 
Inexiste limite para gostar.
Mas sim. Para o receber.
Mais vive a quem na Vida.
E, que gosta pra valer.
Se um gostar. Não te acalenta a Vida..
Continue,  sonhando  em receber.
Porque o gosto de gostar da Vida.
Já esta aí , em sentimento.
Guardado junto a Você.
Marcos FereS
" "A superação não é a negação da queda, mas o abraço firme que damos em nossas próprias ruínas antes de reconstruir o castelo. Quem não tropeça nunca, provavelmente anda em círculos."
— Gilson de Paula Pires
(E cá entre nós: quem nunca levou um tombo digno de Oscar que atire a primeira muleta...)
Canção do Mar
Por Gilson de Paula Pires
Mar que dança sem cansaço,
nos compassos do arrebol,
teu azul é meu abraço,
teu rugido, meu farol.
Sal que cura velha dor,
brisa que canta esperança,
me ensinas o valor
do tempo que nunca cansa.
Nas tuas ondas me esqueço
do que o mundo fez pesar,
sou menino em recomeço,
sou silêncio a navegar.
Teu mistério me fascina,
tua fúria me seduz,
és abismo, és disciplina,
és espelho que conduz.
Oh mar, irmão dos valentes,
confidente dos sem lar,
me ensina a ser permanente
e livre como teu mar.
— Gilson de Paula Pires
Versos de Aventuras
Por Gilson de Paula Pires
Não nasci pra beira do rio,
sou correnteza, sou mar,
sou passo largo e desafio,
não me contento em esperar.
Carrego o vento na mente,
um mapa feito de sonhos,
e um coração que pressente
caminhos novos, tristonhos.
Cada pegada é história,
cada tropeço, lição,
a aventura é minha glória,
é fogo, é chão, é paixão.
Não busco fim nem chegada,
sou feito de ir e viver,
minha alma é sempre alada,
meu destino: acontecer.
— Gilson de Paula Pires
Erva-mate folhas que falam.
Entre campos de verde intenso, onde o vento sussurra histórias, nasceu um elo entre caminhos, tecendo fronteiras, moldando memórias.
Raízes fundas sob a terra, folhas que falam sem voz, erva-mate, irmã do tempo, guardiã de um povo feroz tribo guarani guerreiros herdeiros desta terra.
Ponta Porã, portal sem muros, sangue misto na mesma estrada, misturam-se línguas e gestos, no mate quente, na cuia gelada.
O tereré, frescor da manhã, Refresca o corpo e o pensamento, enquanto o chimarrão, atento, aquece os laços no firmamento.
Dividiu-se a terra, mudou-se o nome, mas nunca a alma do lugar, cada gole é um pacto antigo, de quem nasceu pra aqui ficar.
No ciclo eterno da bebida, Entre rodas, mãos e tradição, mate é símbolo, mate é vida, é a essência da região fronteiriça.
O frio e a paisagem.
Entre névoas e neblinas que dançam no frio, e um vento que conta segredos ao léu, há um pedaço do mundo perdido, um sul europeu sob o céu fronteiriço.
Ponta Porã e Pedro Juan, irmãs, separadas apenas por linha imaginária e discreta, misturam-se línguas, misturam-se danças, e as vozes do tempo ecoam inquietas.
Vieram tropeiros, vieram guerreiros, os guaranis, os espanhóis distantes, os portugueses bandeirantes, gaúchos e correntinos sonharam, nesta terra de vida vibrante.
O mate aquece, o tereré refresca, bebida que cruza as eras e laços, um ritual sem começo ou fim, que une estradas, povos que cresceram entre os ervais da região.
O frio borda a paisagem em prata, mistura emblemática sob o verde dos campos e matas a névoa esconde o que o tempo deixou, lamentos perdidos no vento antigo, memórias que a alma soprou.
Mas há calor nos rostos, nas mãos, na fronteira que nunca se encerra, onde o passado caminha presente, escrito nos traços desta terra.
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