Poema Canção
Apenas um lembrete
Cante a canção do cantor
Pois ela brilhará
Jamais cante a minha dor
Pois você chorará
Leia um livro mais vendido
Pois é ele que te ajudará
Recuse meus livros desiludido
Sem saber aonde chegar
Aplaude aquele escritor
que pelo mundo viveu
Mais viva aquele amor
Que nosso amor escreveu
Emoção
A emoção que grita
no peito,
em forma de canção.
Sem saber o porquê,
mesmo sem entender…
Eu só sei
que preciso de você.
Você
Você é a canção doce de um amanhecer desconhecido – é o lamento dos pássaros que cantam, sinalizando, em meu coração descompassado, o amor. Amo-te assim, neste silêncio contemplativo, quase impassível, um tanto cálido, como o chão quente de quem pisa e sente. Esse menino espevitado, de sobrenome Diligência, escala os troncos das veias do corpo e, tenaz, na cavidade do peito, desembuça presença, agita tudo por dentro, na incoerência que desfaz a razão: ora paz, ora torrente, dias que me deixa dormente, sem mente para naufragar em outros barcos soltos no mar. Ávida por chegar aos braços do nada, desmancho-me, ancorada, entre fios de água que formam contas de terço, difundem-se em fé, correm pelas bocas castas como ladainha de beatas e rogam, como quem pede a santos, ateando-me nos braços da esperança, que vai de encontro à serenidade do seu corpo. E, assim, por fim, reencontro-me na lucidez do seu gosto e no chão firme da sua alma.
Canção da Madrugada
William Contraponto
Ando pelas ruas, meio em silêncio.
O mundo parece tão fiel,
Porém, em mim, há um incêndio
Que arde num canto cruel.
Olho as portas ainda cerradas;
O céu se desfaz num papel.
Observo a nota, entre calçadas,
Que me prende num tom tão fiel.
Acho que será uma manhã ensolarada,
Mas ainda estou a me questionar:
Quando surge uma canção na madrugada,
Também não seria para iluminar?
Nem todo farol aponta o trilho,
Nem toda luz vem do perfil.
Às vezes, um som, num canto simples,
É o que resgata o mais sutil.
Talvez não seja só poesia,
Talvez um gesto mais gentil...
O que desponta em noite fria
É sopro terno, quase infantil.
Acho que será uma manhã ensolarada,
Mas ainda estou a me questionar:
Quando surge uma canção na madrugada
Também não seria para iluminar?
Se a escuridão compõe a dança,
E o silêncio tenta conversar,
Talvez não caiba mais cobrança,
Talvez seja hora de cantar.
Acho que será uma manhã ensolarada,
Mas sigo sem pressa de encontrar.
Pois a canção me toca na madrugada,
E sigo tentando nossas linhas interpretar
Para a minha admirável modelo.
Você é com uma canção,
Que acalenta meu coração.
Deitado em seu ventre,
Pude sonhar alegremente.
O rei Sol no horizonte,
Dando lugar a lua somente.
Para a última garota que eu me apaixonei.
Nossas Notas
Lhe compus uma canção.
Mas não pude escrever
Essa canção que fiz não é apenas para os ouvidos
Essa desperta todos os sentidos
A introdução é meu pulso acelerado,
Meu coração sabe quando você está ao lado.
Dos teus olhos vinha a melodia;
E de teu sorriso, que melhora meu dia.
Ainda havia o calor dos teus braços,
Beleza na orquestra que tocava teus traços.
Os acordes me lembravam nossos passos,
As notas estavam no tom de nossos laços.
Era incrivelmente compatível,
Nossa música era inconfundível.
O ápice da canção estava em teus lábios,
Lembro bem, havia desejo em teu beijo.
Estávamos em uma sintonia aversa a esse mundo,
Os acordes perfeitos ao fundo,
Meu corpo que sobre o teu transpirava,
Ecoando no quarto o suspiro que ali me arrepiava.
Lhe compus uma canção,
A sintonia dos nossos corpos em profusão.
Mas quando dei por mim,
Não passava de um sonho,
Pois lembrei que você não estava ali.
O sorriso é poema
Falado sem recital
É canção silenciosa
Sem o som instrumental
É a chave do portão
De acesso ao coração
É a alma em carnaval
A tristeza virou poesia
Cada lágrima, uma nova canção.
E no lapso daquele absurdo
Renovei o meu coração...
Que hoje,
você tenha motivos para sorrir.
Cante aquela canção que você tanto gosta.
Sorria das lembranças boas.
Abra a porta do seu coração e agradeça
pela saúde, pela família, pela vida.
Que você nunca deixe de sonhar.
Porque sonhar, sorrir, agradecer...
é viver!
A canção entoada melancolia se amontoa nos cantos e se esvai nas paredes... pintura cansada que chora tinta antiga… e de fora vem correndo para dentro o vento... desalinhando cortinas, soprando memórias, sacudindo á alma estendida no varal...
O sol já ameno um amarelo febril quase amendoado mesclando ao claro vermelho tímido da tarde, que se vai devagar,
tingindo se alaranjando entre nuvens enferrujadas...
Solidão enjoada entoa som rasteiro que faz lágrima rasgada se tivesse som... entoa um som rasteiro, quase um ruído de asas quebradas, tal som seria um fio metálico cortando no frio do silêncio singular... entre ecos fabricados
o meu peito nu largado no chão da sala... à noite escorrega na saliência da terra; a lua mingua como um sinal como um presságio lento e antigo que só o coração decifra... o luar ah o luar sempre foi você ... hoje a luz amarelada arranha-me
A poesia já pronta demoro levantar e vou perdendo os pedaços das palavras pelos caminhos e versos estilhaçados fossem migalhas
caindo do bolso rumo à escrivaninha distante, onde o bloco de rascunhos repousa como um pássaro de papel fenix esperando renascer.
Em cada nota baixa e nos momentos que troca á canção e tão fácil escutar o som da própria respiração... no meio copo de vinho falante... a emoção neutraliza a beleza poética do concerto da mente... o coração se desfaz e faz assim
Poema- Canção da mata
Por entre as veredas longas onde o vento se deita, ergue-se o dia lento, qual velho camponês curvado, e a terra, vermelha e viva, abre o peito ressequido para acolher o suor do homem que nela põe seu fado.
Nas brenhas que o sol coroa, canta o sabiá sereno as folhas, de tão antigas, guardam segredos do tempo, e o rio, que nunca apressa, leva em suas águas mansas
as dores de quem labuta e o amor de quem é atento.
Eu, filho destes sertões, que o mato abraça e consome, carrego o peso da enxada como quem carrega o nome.
Mas quando a tarde desmaia num tom de ouro e púrpura, meu peito se firma e canta — pois é em ti que a alma pulsa.
Ó minha doce senhora, flor que Deus plantou na sombra, teu olhar é brisa leve sobre o rosto de quem sofre;
e teu riso, fonte clara onde até a saudade dorme, é consolo para o homem que vive entre céu e os rochedos.
Aqui, onde o chumbo das nuvens ameaça as madrugadas e o trovão, senhor antigo, açoita o rancho de barro, amo-te com força brava, tal qual o vento das matas que rasga folhas e troncos, mas nunca perde o passo.
Se a vida, por vezes, pesa — qual saco cheio de milho — tu és o alívio doce que ponho sobre o ombro.
És o canto que me guia pelas sendas do destino, és o lume da esperança quando o mundo fica assombro.
E juro, diante da lua, testemunha das distâncias, que hei de te amar, minha bela, enquanto o campo florir,
enquanto houver rio que corra, e o sabiá tenha canto, e o roçar da noite antiga lembrar-me de te sentir.
Pois ainda que o tempo passe, e a roça tome meus dias, teu nome, qual prece antiga, minha alma há de repetir.
E quando o sol, já cansado, encerrar minha jornada, serás tu, minha morena, meu derradeiro sorrir.
A saudade bate forte no meu coração,
Lembrando da nossa risada, da nossa canção.
Parece que o que me resta é viver na saudade,
A memória é o único jeito de te ter de verdade.
Por vezes
é preciso virar o disco
Melodiar uma nova canção
Compor novos alinhos
Traçar novos caminhos
Sair da mesmice .
Até mesmo nas palavras .
Afinal ...
Tudo que é muito repetitivo
se torna enfadonho.
E numa certa hora ,enjoa aos ouvidos dos
que escutam a mesma música .
Pois a vergonha que me pesava
foi sepultada no Calvário,
e no lugar dela,
nasceu uma nova canção:
“Eu sou d’Ele, e Ele é meu.”
"Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Romanos 8:1).
MULHER
Mulher é mistura de poema, verso e melodia
As veses uma canção de amor
Ou uma paisagem que a alma amplia.
Se fosse um anjo toda mulher teria três asas
Duas para voar livremente
Outra para n'amor abanar as brasas.
Mas graças A Deus que Deus a fez mulher
No íntimo crianca e gigante Valente
Nas horas difíceis, usa a arma da fé
E quem consegue explicar esse ser excelente?
PENSADOR
Há de nascer um sol na nuvem negra...
Uma canção no silêncio ensurdecedor...
Uma estrela alerta no caos...
E o amor, que é o mais viável, num
mundo inacreditável.
Te conhecer foi como ouvir uma canção inédita, dessas que entram devagar, mas tomam conta da alma num segundo.
E quanto mais eu te descobria,
mais notas surgiam —
um solo de ternura,
um compasso de paz,
um silêncio bonito que só existe
quando dois corações se entendem.
Hoje, quando penso em nós,
é como deixar essa música
tocar no repeat:
não canso, não enjoa,
porque foi você quem virou
a minha melodia favorita da vida.
P.silva3
Hoje eu estava cantando para meu netinho e acabei criando uma canção de ninar.
Eu comecei balançando e de repente estava rimando.
Comecei cantando assim:
🎸
Brilha, brilha, estrelinha
Quero ver você brilhar
Lá no alto, lá no céu
Num desenho de cordel
Allan, meu bebê.
Tenho um segredo para te dizer.
Um belo dia
Você vai crescer e aprender a escrever
Seja seu próprio autor.
Escreva sobre a vida, fale de coração
Vez ou outra, faça uma oração.
Você é o meu anjinho, meu pequeno feijãozinho.
Você vai crescer e eu envelhecer ainda mais.
A vida é maravilhosa no que se faz
Um dia eu era um grãozinho como você.
E hoje eu escrevo e ainda aprendo a viver.
Vamos cultivar nossas raízes
E juntos seremos muito felizes...
Carneirinho, carneirão-neirão-neirão
Olhai pro céu
Olhai pro chão, pro chão, pro chão
Manda o rei
Nosso Senhor, Senhor, senhor
Para todos se ajoelharem.
