Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
Meu lema é confiar. Confiar no freguês, nos fornecedores, nos funcionários, nos amigos e, principalmente, em mim.
Somos canários, presos em gaiolas. Enquanto isso, os abutres voam livres por ai. Somos homens de bem, presos em nossas casas. Enquanto isso, os bandidos andam por ai.
O Céu não é uma cidade, onde existem casas e prédios ou qualquer outra coisa material. É o ponto onde habita, eternamente, o espírito daquele que confia em Deus.
Sou jardineira de trepadeiras, elas gostam de subir as casas singelas pois brilham nelas diamantes e ladram poemas do negócio do amor.
Casas não são assombradas. Nós somos assombrados, e, independentemente da arquitetura que nos envolve, nossos fantasmas permanecem conosco até nós mesmos virarmos fantasmas.
Se eu tivesse asas para poder voar eu iria agora,sem pensar e sem demora rodar o mundo a te procurar... E então eu veria se os meus sonhos são eternos ou tem fim. Viajaria da terra ao céu em alguns segundos e traria você de volta para mim. Se eu tivesse asas, voaria sobre ruas, prédios e casas... Atravessaria ilhas,continentes, mares até te encontrar. Iria até o mais alto céu somente para lhe buscar. Se eu tivesse asas agora eu estaria voando loucamente lá fora a te procurar... E traria você sem demora e faria de tudo para você ficar... Jamais daria motivos para você partir... E faria de tudo para você sorrir. Se eu tivesse asas para voar tudo isso eu faria sem medo e sem pensar somente para ouvir você dizer sim e ter você sempre aqui bem perto de mim! (Ah! Se eu tivesse asas para voar!...)
Casas não são construídas com pedras preciosas, pois seu valor reside em acomodar algo precioso. Toda pedra, bem empregada, revela seu valor. Preciosas são as pessoas que conseguem ver esse valor.
Casas não são construídas com pedras preciosas; porque toda pedra, bem empregada, revela seu valor. Preciosas são as pessoas que veem o valor.
Tal qual o corpo de uma mulher, uma casa viva que gera outras casas vivas — causando a mais sublime engenharia reversa.
Em reflexões contraintuitivas, são as casas que moram em nós, pois quando confrontados com a escolha entre habitar em casas caras ou buscar a verdadeira riqueza em nossa jornada interior, é a riqueza interior que deve prevalecer. Embora uma casa possa ser esplêndida, a verdadeira riqueza reside no contentamento e na abundância que nutrimos em nossos corações.
Casas são destruídas, invadidas e ameaçadas, porque seus moradores esquecem de santificá-las para a glória de Deus.
Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos. A alegria do coração é a vida do homem, e um inesgotável tesouro de santidade. A alegria do homem torna mais longa a sua vida. Tem compaixão de tua alma, torna-te agradável a Deus, e sê firme; concentra teu coração na santidade, e afasta a tristeza para longe de ti, pois a tristeza matou a muitos, e não há nela utilidade alguma. A inveja e a ira abreviam os dias, e a inquietação acarreta a velhice antes do tempo. Um coração bondoso e nobre banqueteia-se continuamente, pois seus banquetes são preparados com solicitude.
“O amor é abstrato demais, e indiscernível. Ele depende de nós, de como nós o percebemos e vivemos. Se nós não existíssemos, ele não existiria. E nós somos tão inconstantes… Então o amor não pode não o ser também. O amor se inflama, morre, se quebra, nos destroça, se reanima… mas reanima. O amor talvez não seja eterno, mas a nós ele torna eternos… Para além da nossa morte, o amor que nós despertamos continua a seguir o seu caminho.”
Naquela época, se pudéssemos ter ouvido as vozes um do outro, tudo teria sido muito melhor.
(Shouya Ishida)
Em completa desolação, olhei para o mundo lá em cima. Vi o céu transformar-se de prata em cinza e em cor de chuva. Até as nuvens tentavam fugir. Vez por outra, eu imaginava como seria tudo acima daquelas nuvens, sabendo, sem sombra de dúvida, que o sol era louro e a atmosfera interminável era um gigantesco olho azul.
Uma pessoa é como uma cidade. Não se pode deixar que algumas áreas menos aprazíveis provoquem uma repulsa generalizada pelo todo. Pode ser que haja algumas partes das quais você não goste, umas ruas e uns bairros perigosos, mas as coisas boas fazem o todo valer a pena.
Até logo, até mais ver, bon voyage, arrivederci, até mais, adeus, boa viagem, vá em paz, que a porta bata onde o sol não bate, não volte mais aqui, hasta la vista, baby, escafeda-se e saia logo.
