Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
Morri de muitas mortes e mantê-las-ei em segredo até que a morte do corpo venha, e alguém, adivinhando, diga: esta, esta viveu.
Pra mim tudo tem remédio, só a morte que não. Porque eu aprendi que mal de amor, se cura com o novo amor. Não deu certo com aquele babaca? Tenta com outro.
A crueza do mundo era tranquila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que pensávamos.
Uma perda, qualquer perda, é um aperitivo da morte – mas não é a morte, que essa só acontece no fim, e ainda estamos falando do meio.
Não era amor. Aquilo era solidão e loucura, podridão e morte. Não era um caso de amor. Amor não tem nada a ver com isso. Ela era uma parasita. Ela o matou porque era uma parasita. Porque não conseguia viver sozinha. Ela o sugou como um vampiro, até a última gota, para que pudesse exibir ao mundo aquelas flores roxas e amarelas. Aquelas flores imundas. Aquelas flores nojentas. Amor não mata. Não destrói, não é assim. Aquilo era outra coisa. Aquilo é ódio.
É a pior morte, a do amor. Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retorno para o nada, uma definição que ninguém questiona. A morte de um amor, ao contrário, é viva. O rompimento mantém todos respirando: eu, você, a dor, a saudade, a mágoa, o desprezo - tudo segue. E ao mesmo tempo não existe mais o que existia antes.
Não pode falar em Direitos Humanos um país que pratica a pena de morte. A vida é o maior de todos os direitos do homem.
"Ah! querida esposa, por que ainda és tão formosa? Pensar devo que a morte insubstancial se apaixonasse de ti e que esse monstro magro e horrível para amante nas trevas te conserve? Com medo disso, ficarei contigo, sem nunca mais deixar os aposentos da tenebrosa noite; aqui desejo permanecer, com os vermes, teus serventes. Aqui, sim, aqui mesmo fixar quero meu eterno repouso, e desta carne lassa do mundo sacudir o jugo das estrelas funestas. Olhos, vede mais uma vez; é a última. Um abraço permiti-vos também, ó braços! Lábios, que sois a porta do hálito, com um beijo legítimo selai este contrato sempiterno com a morte exorbitante. Vem, condutor amargo! Vem, meu guia de gosto repugnante! Ó tu, piloto desesperado! lança de um só golpe contra a rocha escarpada teu barquinho tão cansado da viagem trabalhosa. Eis para meu amor. Ó boticário veraz e honesto! tua droga é rápida. Deste modo, com um beijo, deixo a vida.”
Sargento Doakes falando com Dexter (sobre morte de Harry)
Doakes: Quer falar sobre isso?
Dexter: Sobre o quê? Que minha vida é uma trágico engano?
Doakes: Todos nós nos sentimos assim uma vez ou outra. Eu me senti.
Dexter: E você teve que enfiar uma perna humana em um saco de lixo? (diz ao fazer)
Setenta e dois espíritos tocarão suas trombetas
Anunciando que A Morte virá no vigésimo dia
Quando a grande serpente de fogo virá dos céus
Para destruir e renovar
Moscou, Denver, Califórnia, Culiacanm, León, XXVI
12/08/2011
Ciclo da Vida
A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo org*sm*! Não seria perfeito?
Nota: Tradução livre e adaptada de um texto do autor. O pensamento surge por vezes atribuído a George Carlin, George Constanza ou Woody Allen e até Charles Chaplin, mas a sua autoria foi reclamada por Sean Morey no seu site oficial.
...MaisNinguém vai chorar por você,
mas pela falta que você fará,
a companhia e a presença,
o tempo compartilhado,
os espaços preenchidos,
seu ouvido disponível,
sua voz consoladora.
A morte destrói o corpo,
não o amor que ficou,
embora em dor e saudade.
Lembrança é quase pessoa,
vagando por toda a casa,
perfume de coisas órfãs,
gemendo em cada lugar.
Eu vou ser o que eu quero, quando eu quiser
Pode demorar anos
Mas se eu quiser ser cantor eu vou ser
Se eu quiser ser empresário eu vou ser
Se eu quiser ser poeta eu vou ser
Sabe por que ?
Porque eu defino o meu futuro e não vocês
Suas críticas e suas palavras dizendo que eu não vou conseguir é uma inspiração para mim
Eu não estou dizendo que sou ou vou ser melhor do que você
Eu tô dizendo que vou ser melhor que sua opinião sobre mim.
Hoje eu não posso sair
Tô regando meu pé de música
Tô devorando uma cuia de acordes
Tô com cara de nova canção.
Sorrio apenas o necessário
Para que o sorriso não seja apenas um escancarar de boca
Boca que seduz, assobia, devora,chupa que beija
Boca que poeta,encanta, canta e não cala.
Sinto falta dessa boca carnuda de acerola
Das curvas perigosas do teu corpo
Da vontade de beber em teu umbigo
O vinho menstrual de tua cólica.
Extravasa o pudor vadio
Da sinhá donzela
Que corroída geme de amor
Ao levar no céu azul
O mastro da liberdade.
Dizem que estou errado
Quando digo que estudar
História, filosofia, sociologia e arte
Impede que nos cometemos os erros do passado.
O amor é algo forte, é algo inexplicável,
é algo fácil de sentir, é algo que te machuca
Mas o mesmo tempo te cura, o amor só se deve ser dado a uma pessoa... E essa pessoa é você mesmo.