Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
Cartilha viajante
Cartilha viajante porque num instante
Eu aprendi a escrever
Foi na ordem do alfabeto
Que eu achei correto
E comecei a ler.
Depois disso descifrei o mundo
Quebrei bairreiras e muros
Entre tantos livros que eu li
Mas, num belo dia pus meu querer
E comecei a me escrever
No começo as linhas eram tortas
Me fecharam tantas portas
Mas depois todas eu abri
Hoje vivo num livro aberto
E sei bem que quem é esperto
Tem um livro por perto!
Versos que desvendam as frações escondidas da alma
Versos são tesouros, palavras em ebulição,
Que desvendam as frações escondidas da emoção.
No âmago da alma, brotam como uma canção,
Expressando o indizível com toda sua devoção.
Alegria radiante, como o sol a brilhar no céu,
Versos bailam e sorriem, trazendo um doce mel.
Transbordam de contentamento, num suspiro sincero,
Elevam o coração, fazendo-o voar como um pássaro livre e leve.
Tristeza profunda, que invade com seu manto escuro,
Versos entristecidos, ecoam no silêncio mais puro.
Palavras são lágrimas, que escorrem na página,
Expressando a dor que sufoca, como uma gaiola sem passagem.
Paixão ardente, como fogo que consome o ser,
Versos apaixonados, transbordam de prazer.
Inflamam os sentidos, incendeiam a mente,
Unem corpos e almas, em um abraço eloquente.
Desespero lancinante, que dilacera a alma em pedaços,
Versos desesperados, sussurram segredos e embaraços.
Expressões desesperançadas, buscam uma luz tênue,
Para aliviar a angústia, em um mundo tão sórdido e incerto.
E assim, meus versos, como fios de uma tapeçaria,
Desvendam as emoções em sua mais pura poesia.
Que eles toquem tua alma, deixando sua marca profunda,
enquanto a babilônia cai,
nova Iorque se afunda
por um simples terreno poluto.
que os sóis sejam sempre vistos,
sustenidos ou não.
que venham sempre alhos
sobre cebolas ingratas.
será que as pessoas que moram no cúmulo da cidade,
vem aos ônibus vazios para trabalhar em bairros mortais?.
Agente nunca sabe quando é a última vez
Desejo e espero que não seja a última vez
você foi embora sem avisar, nada que eu não soubesse, ou que você devesse..
Ainda disse que era melhor agente se afastar
E lá no fundo, se era verdade ou mentira eu não sei, pelo menos não agora..
quem diria, tudo isso...
fico me perguntando se você vai sentir minha falta como eu sinto a sua..
Tuas verdade e mentiras
Teus detalhes e defeitos
Teu lindo sorriso, teu beijo doce
Nossos corpos
Teu drama e carinho
nossa primeira, e última noite na praia..
Despedidas...
Agente nunca vai saber né?
Tudo estava nebuloso.
Vivia um dia após o outro, confortável demais.
Confortável em ter sentimentos confusos, confortável em ser "mais uma", confortável com os gritos que fugiam do mais profundo da minha alma.
Tal estado era questionável e deplorável. Afinal, teria sempre que forçar um sorriso?
Passei a questionar-me acerca de sua existência e a razão da minha.
Uma segunda dúvida surgiu, e depois dela, infindáveis.
Mas houve luz e, em meu último suspiro, encontrei você, ou você me encontrou.
Da lágrima, um silêncio de júbilo, que só eu senti no meu coração.
Na tempestade e na bravura do vento, houve paz.
Na solidão, houve consolo, pois descobri que você estava lá.
Era eu e você, e não estava nebuloso. Sua fé me fez enxergar e seu sopro me fez viver.
Bilhete
Ora, como dizia o festejado
arqui-sofista Valerius:
“O Universo é uma nódoa
na perfeição do Não-ser”...
Relembro isto ao tentar mandar-te
– ante a pureza intocada
desta página –
uma mensagem
de Natal. “Mas”,
- diz-me a página, “essa mensagem
foi mandada há muito (pergunta
aos três Reis Magos
se não foi...)”
Ah! Sim, eles tinham a Estrela!
Mas onde é que ela está?
A gente por aqui só encontrou depois
estrelas pirotécnicas
estrelas-do-mar
estrelas de generais.
Melhor não falar e
– em vez de escrever
qualquer palavra que macularia
uma pobre página, ainda nuinha
como a verdade –
será bom apenas desenhar
coisas
sem nenhum conceito
para atrapalhar...
Hoje,
dia de Natal,
eu desenharia pois
– toscamente –
nesta página
a Virgem, o Menino, o burrico...
– imagina
o bem que isso nos faria aos dois...
Porque então,
eu não estaria
te mandando umaideia
apenas...
Eu te mandaria umaVisão!
Tudo tão vago...
Nossa Senhora
Na beira do rio
Lavando os paninhos
Do bento filhinho
São João estendia
São José enxugava
E o menino chorava
Do frio que fazia
Dorme criança
Dorme meu amor
Que a faca que corta
Dá talho sem dor
(de uma cantiga de ninar)
Tudo tão vago... Sei que havia um rio...
Um choro aflito... Alguém cantou, no entanto...
E ao monótono embalo do acalanto
O choro pouco a pouco se extinguiu...
O Menino dormira... Mas o canto
Natural como as águas prosseguiu...
E ia purificando como um rio
Meu coração que enegrecera tanto...
E era a voz que eu ouvi em pequenino...
E era Maria, junto à correnteza,
Lavando as roupas de Jesus Menino...
Eras tu... que ao me ver neste abandono,
Daí do Céu cantavas com certeza
Para embalar inda uma vez meu sono!...
Ver, mas não ver como antes.
Saber que o que foi não mais será.
Desejar que fosse diferente.
Mas rejeitar a ideia de tentar.
Lembrar de não olhar para trás.
E ao olhar poder sorrir, por não querer mais voltar.
Parece coisa do destino, talvez presente divino que hoje me fez renascer, me puxou pra cima, me fez escrever e eternizar esse sentimento bom, no mesmo instante que transborda um sorriso pronto pra ser meu sem medo de errar.
Tão clara quanto a tua pele, o brilho nos olhos que volta a brilhar. Aqui mais uma vez me pego escrevendo e te tendo como alegria, tão linda que eu fico besta só de lembrar. Bobagem da minha cabeça ou valores do coração.
Café e cadeira de balanço, sinto a intuição conversando com a esperança, pensamento que se completa com o sonho de te ver entrar pela porta. Contraste entre o que foi e o que há, entre o que importa e o que não consegui recortar da memória.
A quinta xícara de café acabou, mas ainda tem uma garrafa a me esperar, um tanto imerso no enredo corro e rapidamente volto a sentir paz absoluta, a sexta xícara está pronta, mesmo olhando atentamente cada canto vazio da casa, onde percebo mais uma vez que não veio me visitar.
Contraste entre o que foi e o que há, entre o que importa e o que não consegui recortar da memória.
Xícaras de café
Minas Gerais, meu coração
Minas Gerais, minha paixão
Sou mineiro com muito orgulho
E te transformo em Canção
Gosto de gostar
de amar enquanto a lembrança me abraça
E sem graça
Me impede de ti
Gosto de sinceridade
de fazer o que me faz feliz
de beijar ao luar
de fazer malas e desfaze-las
Gosto do trabalho que modifica
gosto do que fica
e do que vai e volta
mas também do que só se vai
Gosto de ser
de ir
de voltar
É diante de tanto gostar
Gosto mesmo é de viajar.
Zé ninguém
Zé sempre quis ser alguém, mas ninguém percebia sua presença nem perto nem mais além.
O que Zé não sabia, é que não se torna alguém somente sendo ninguém.
Mas como deixar de ser ninguém sem se esforçar para ser alguém, será que comprando um título pode-se ser alguém, ou precisa deixar de ser ninguém para que percebam que você é alguém.
Zé indignado ficava a pensar, o que fazer para começarem a notar que ninguém deixa de ser ninguém, só porque assim começou a pensar.
Ah Zé, que fazer para te ajudar, quem sabe muito estudar! Quem sabe na loteria ganhar! Quem sabe a mais linda moça namorar!
Quem sabe um escritor se tornar!
Sim, um escritor vou me tornar e um bestseller lançar e famoso ficar e assim alguém me tornar!
Darei autógrafos e todos vão querer comigo conversar, meus amigos com orgulho vão falar, Zé ninguem se tornou alguém depois de um livro lançar!
Todos terão orgulho de ter conhecido Zé ninguém vendo-o alguém se tornar.
Seu nome para a posteridade vai fixar, nas tábuas da vida para todos de Zé se lembrar!
Com prazer seus familiares vão se orgulhar quando todos apontarem, la vai a família do grande Zé que se tornou alguém depois de muito escrever, e um best seller lançar!
Zé sempre foi alguém, só não dizia isso pra ninguém.
JC Gomes
amor----
"sonhei com você,
com o filho que vamos ter,
com a vida que eu quero viver.
para te protege.
largaria tudo.
viveria, morreria pra te ter.
amor incosequente, rebelde e jovem.
des, dos nove eu te queria.
você foi um anjo na minha vida.
por você trinta kilometros andaria."
saudade-----
"a saudade que me mata no peito
deixa-me só, faz minha alma sofrer
fica mais perto
se não vou morrer
que dor.
fica comigo, fica comigo amor.
você fez o fator.
o fator que leveu a horror.
horror de te perde ò amor.
não quero te perde.
ò saudade.
saudade que me mata por dentro."
solidão----
"só na noite mais vivida.
um homem descobre a solidão.
um pouco de emoção.
nessa vida,
nada de graça vem.
tudo passa.
nada contem.
a noite faz a solidão.
a vida é só uma pressa,
um sopro.
a solidão é conhecimento.
a solidão é um manto,
que pessoas usam para esqueçer.
e poder crescer."
mundo----
"mundo que nasce da terra.
não tem nada á espera.
mundo lindo, mas podre.
se humano não fosse tudo.
a beleza do mundo.
teria sentido.
destruirmos nossos lar.
culpamos quem nunca ouviu-se falar.
deus é culpado pela criação?
ou nos pela corrupção.
ò mas que mundo triste.
nada muda o olhar de um crente."
ser/existência----
"minha existencia, meu ser.
tudo que sou e tudo que poderia ser.
não controlo meu ego nem minha angustia.
não ando sob águas nem multiplico pão.
sou um ser que não existia.
pois, surgi da terra como meus irmãos.
vende meu sentido por pecados.
mudo meu legado de filho por prazer.
falho diate de todos.
falho a ser.
falho a existir.
meu proposito era adorar, mas fui desistir."
alma----
"minha alma diz.
'vamos!'.
minha alma responde.
'pra onde?'.
alma faz quem somos.
mesmo sendo um alarde.
o alarde responder.
responder nessecidade do ser.
a alma fala e grita.
até alquém poder escuta.
alma é vontade.
alma é poder."
sonho----
"sonhar não é errado,
é um fardo.
brincar de poder voar é interesante,
mas não poder é exaustante.
viver em um sonho está certo?,
mas acreditar que vive em um é errado?
acreditar em um conto.
brincar de poder voar quando apenas deuses podem?
não posso sonhar, apenas se for um deus, isso me desdém.
um humano só pode voar com trabalho ardo.
eu não sou um feroz trabalhador.
eu sou um nobre sonhador."
amigos---
"amigo pra toda obra.
em lugares que eu nunca estive.
amigo para vida inteira.
brincar de tudo enquanto vive.
amigo para sonhar, brincar, odiar e amar.
amigos pra fingir ser amigo.
rosto humilde e a face de um meigo.
entro no coração de cada um.
amigos para me ajudar a ser amigo.
um de nos, nos de um."
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