Platao Confianca e Responsabilidade
Às vezes a pessoa gosta quando o outro some, para se livrar da culpa do próprio desinteresse. Pode parecer confortável, mas culpar o outro por algo que não deu certo,pode ser uma forma de esconder limitações e dificuldades. A culpa é sempre do outro?
Quando você perceber que todas as peças estão exatamente onde deveriam estar e que você é apenas mais um peão na vasta imensidão de um tabuleiro de xadrez, você enxergará o invisível diante de seus olhos.
Estar exercendo uma situação de poder, muitas vezes revela, ao próprio exercente, que a ele jamais algum poder deveria ser dado.
A juventude não se intimida mesmo diante de indícios comprometedores.
Livro: Servir, o maior dos desafios
Ninguém tem poder sobre as nossas decisões. Viemos nessa vida justamente para aprender a ter responsabilidade por nossas escolhas.
Pertencer é responsabilizar pela transformação do lugar que vivemos. Por isso, mais do que os estereótipos sobre curitibano, paulistano e japonês, o bonito é o pertencimento advindo da vida em comum - o exercício da cidadania.
Quem se importa? Mas a verdade é que somos todos responsáveis. O egoísmo tem raízes profundas e destruidoras. Por isso o “se importar” passa desapercebido por aqueles que, tendo todas as condições, dão as costas aos que a vida passa por um fio e acaba em silêncio. Um silêncio surdo de um clamor que ninguém quer ouvir a voz.
Embora todos tenhamos a liberdade de agir, é fundamental reconhecer que essa liberdade vem acompanhada de responsabilidades e consequências.
A ética nos guia sobre o que é certo e errado, enquanto a moral nos orienta sobre os valores e princípios que devemos seguir. A empatia nos permite entender e sentir o que os outros estão passando, e a responsabilidade nos faz assumir as consequências de nossas ações.
Em um mês, meu filho me ensinou mais sobre amor incondicional do que eu aprendi em toda a minha vida.
Criança aprende tudo... absolutamente tudo. E tem olhos ávidos por aprender. Em nossos ombros reside a responsabilidade desse aprendizado.
Busque com determinação, dedique-se plenamente, e sempre faça o seu melhor. O que depende de você merece seu esforço total, mas o que está nas mãos dos outros não é sua responsabilidade. Confie no processo, concentre-se no que pode controlar e siga em frente com coragem e resiliência.
O que se passa nas ruas e nas mentes inquietas de hoje é, talvez, reflexo de um mundo que se esqueceu da verdadeira essência do homem. Andamos a confundir o que é lei com o que é luta, e pior ainda, transformamos um acontecimento num espetáculo, onde se agarram às divisões mais fáceis. Mas a lei, não vê cores, nem se interessa por identidades. A lei é, ou devia ser, o pacto entre os homens para viverem em paz, sem temor, sendo julgados não pelo que parecem, mas pelo que fazem.
Se um homem transgride, não importa a cor da sua pele ou de onde vem. O que importa é o que escolheu fazer, e se isso feriu o acordo coletivo, deve ser julgado por esse ato. O problema é que a nossa sociedade, em vez de se centrar no cumprimento da justiça, prefere o caminho mais rápido, o da vitimização fácil, usando a emoção como arma. O que é grave, porque desvia-nos da verdadeira questão: a preservação da ordem, da segurança, da convivência.
E ao mesmo tempo, não podemos confundir indignação com legitimidade para a violência. Não há injustiça que justifique o caos. Quando se responde ao que se considera errado com mais transgressão, a causa perde a sua força, transforma-se numa afronta ao próprio conceito de justiça. A legitimidade não se constrói no tumulto, mas na persistência pela verdade, através dos caminhos corretos, por mais difíceis que sejam. Quem opta pelo caminho da destruição ou do ataque à ordem, perde o direito de reclamar a justiça. A partir do momento em que se cruza essa linha, a causa dissolve-se em erro.
Devemos entender que a justiça, para ser justa, exige paciência, serenidade e, acima de tudo, respeito pelas leis que nos unem. Quem infringe a lei, seja pela frustração de uma injustiça ou por puro desdém, deve ser punido conforme essa mesma lei. Não há lugar para violência, para desordem, se queremos construir uma sociedade melhor. Não se trata de dividir entre “nós” e “eles”, mas de compreender que o desrespeito pela lei, seja de onde vier, só perpetua o ciclo de destruição. E nós, como seres pensantes, deveríamos estar a quebrar esse ciclo, não a alimentá-lo.
Se nos afastarmos deste princípio, perderemos o sentido de comunidade e de justiça real.
Esqueceram-se, talvez,
de quem vos deu o fardo e a força,
não para erguer muros,
mas para proteger as portas abertas
das casas simples,
onde mora o povo,
esse que vos deu o sentido
e não o cetro.
Fardados, sim,
mas não para a guerra contra irmãos,
não para erguerem o peito
como se fossem senhores,
mas para que nunca se ergam os tiranos,
para que a voz que vos comanda
não seja o eco da ditadura,
mas o sussurro da liberdade.
Se vos vêem como maiores,
lembrai-vos:
os gigantes que esmagam a terra
não plantam raízes,
não semeiam paz.
A vossa força é guarda,
não sobre a nação que teme,
mas sobre a pátria que respira
livre.
Soberba? Não!
Só há grandeza
em servir,
em ser de todos,
não contra todos.
E se vos esquecestes
a quem jurastes lealdade,
então lembrai-vos:
quem se julga dono da espada
perde o fio da razão.
Ao se escolher, o homem escolhe a humanidade, e suas decisões o acusam. A liberdade traz responsabilidade.
