Pessoas sem Cultura Falam de Coisas

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Importuna coisa é a felicidade alheia quando somos vítima de algum infortúnio!

Machado de Assis
Conto "A parasita azul".

Dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca.

Capitu, isto é, uma criatura mui particular, mais mulher do que eu era homem.

Capitu, apesar daqueles olhos que o diabo lhe deu... Você já reparou nos olhos dela? São assim de cigana oblíqua e dissimulada. Pois apesar deles, poderia passar, se não fosse a vaidade e a adulação.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

Nota: Trechos do livro.

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O homem, o indivíduo humano, é o portador do conhecimento efetivo. O conhecimento enquanto bem social é apenas conhecimento potencial, é coleção de registros e convenções que, para tornar-se conhecimento efetivo, deve ser efetivado, atualizado na consciência do indivíduo vivente.

Escrevo deitado e as linhas ficam tortas, como se eu tivesse bebido. Só bebi um pouco de tristeza.

Que Deus lhe dê a graça de chegar ao lugar mais bonito que já é seu, mas que você ainda não conheceu porque precisa ir até lá...

À proporção que o homem exterior se destrói, o homem interior se renova.

- Você tem alguma ideia do quão feliz você me faz sentir? - Ele murmurou.
- Sim… Eu sei exatamente. Porque você faz o mesmo a mim.

Falar é bom, calar é melhor, mas ambos são desagradáveis quando levados ao exagero.

Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Não é a verdade que vence, é a convicção.

Machado de Assis
Esaú e Jacó (1904).

O amor torna tudo brilhante, agradável e vantajoso. O amor é o vaso que contém alegria!

A mulher foi feita pro amor e pro perdão...Cai nessa não!, cai nessa não!!!

A boca,
onde o fogo
de um verão
muito antigo
cintila.
O que pode uma boca
esperar
senão outra boca?

Eugénio de Andrade
ANDRADE, E., Obscuro Domínio, 1972

Todo o Universo fica diferente, se em algum lugar, que não sabemos onde, um carneiro, que não conhecemos, comeu ou não uma rosa.

Por pudor sou impuro.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

O fingidor

O ermo que tinha dentro do olho do menino era um
defeito de nascença, como ter uma perna mais curta.
Por motivo dessa perna mais curta a infância do
menino mancava.
Ele nunca realizava nada.
Fazia tudo de conta.
Fingia que lata era um navio e viajava de lata.
Fingia que vento era cavalo e corria ventena.
Quando chegou a quadra de fugir de casa, o menino
montava num lagarto e ia pro mato.
Mas logo o lagarto virava pedra.
Acho que o ermo que o menino herdara atrapalhava
as suas viagens.
O menino só atingia o que seu pai chamava de ilusão.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

- Meu senhor - respondeu-me um longo verme gordo - nós não sabemos absolutamente nada dos textos que roemos, nem escolhemos o que roemos, nem amamos ou detestamos o que roemos; nós roemos.

(Dom Casmurro, pg. 36)

Machado de Assis
Dom Casmurro

A tarde está verde no olho das garças.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Uma noite de amor é um livro a menos lido.

Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

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