Pessoas Nao Entram em nossa Vida a Toa

Acabamos sempre por desprezar os que são com demasiada facilidade da nossa opinião.

O romance é a chave dos quartos secretos da nossa casa.

O riso é a fraqueza, a corrupção, a insipidez da nossa carne.

De duas ou mais dores simultâneas, a nossa atenção escolhe uma e quase esquece as outras. Na ruína do nosso tempo, vê se escolhes o mais importante dela. Evitarás assim o ridículo de chorar a perda de um alfinete numa casa que te ardeu. E a História olhar-te-á com simpatia - talvez vá mesmo para a cama contigo.

Embora possamos ser sábios do saber alheio, sensatos só poderíamos sê-lo graças à nossa própria sensatez.

Sem as ilusões da nossa imaginação, o capital da felicidade humana seria muito diminuto e limitado.

A nossa verdadeira nacionalidade é a humanidade.

O desejo de conhecimento, como a sede de riqueza, está sempre a aumentar com a nossa aquisição dele.

O estudo é um trabalho em que somos obrigados a pôr toda a nossa vontade para realizá-lo com o maior rendimento possível.

Na verdade, aqueles suplícios que dizem existir
no profundo Inferno, estão todos aqui, nas nossas vidas.

A felicidade consiste principalmente em acomodar-nos com a nossa sorte.

A alegria é a nossa evasão do tempo.

A nossa pátria está onde somos amados.

Nossa verdadeira obrigação é sempre encontrada indo em direção dos nossos mais dignos desejos.

No mundo, apenas há duas maneiras de subirmos, ou graças à nossa habilidade, ou mediante a imbecilidade dos outros.

Como a nossa confiança, assim é a nossa capacidade.

Foi para o sobrestimarmos que o passado foi incorporado na nossa memória.

O remorso é no moral o que a dor é no físico da nossa individualidade: advertência de desordens que se devem reparar.

Onde nos sentimos bem, é aí a nossa pátria.

Aflige-nos a glória alheia contrastada com a nossa insignificância.