Pessoas Nao Entram em nossa Vida a Toa

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Eu fico aqui pensando
Pra onde será que vai
E de onde será que veio
Aquilo que compõe a vida
Pois a cada instante que passa
A gente tá sempre
em meio a dois tempos
Não há nada que nos faça
Nem ir junto e nem voltar
Um dia acaba, outro começa
O horizonte sai do prumo
Os assuntos tomando outros rumos
O vento sopra, a folha cai
E qual fosse uma espécie de magia
Haverá de nascer amanhã
Outro e outro e outro dia
Sem se dar conta ou atenção
A gente vai vivendo isso
E, enquanto vivo
Nem tenta entender o motivo
Simplesmente vai vivendo
Com tristeza ou alegria
Tudo depende
Se aprendeu
A enxergar o que olha
Quando vê que lá vem outro dia
Simples e prosaico
Rotineiro e nem por isso, menos raro
Raro, porque não volta
A vida parece
Nem sair do lugar
Mas a cada uma
dessas voltas que o mundo dá
Conta outro dia vivido
Você simplesmente o vive,
mas não compreende a vida
Num momento
Está de chegada
E num instante
Está de partida
Maldito presente
Sempre a dividir o nosso tempo
Em antes e depois
Além desses dois
Há outros dois milhões
de pedaços do seu coração
Que você despedaçou
Ao tentar juntar
As peças que não se encaixam
Tamanha pressa de viver
Os dois tempos
Trocando de lado
Você perdido lá no meio
Sem saber se vai ou já veio
No âmago da questão
Se esconde o encanto, o triste encanto
Em saber que a vida existe
Mas passa depressa como um relâmpago
Um raio que cai distante e de madrugada
Sempre na hora
Em que a janela estiver fechada
E quando decide olhar
descobre que não viveu
E nem há mais tempo pra nada.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

A vida poderia ser nuvem
Sem haver necessidade
de chover ou trovejar
Apenas dividir
Esconder o Sol
Mas deixar passar a luz
Podia ser só lembrança
Daquelas que vão e vem
E não deixam sequer saudade
Um jardim por detrás de uma grade
Daqueles que a gente viu
Mas nunca foi lá
Só olhos despercebidos
Escondidos pela cortina
Nada além
Mas não
Ela foi escolher ser vida
E como se não bastasse
Colocou meu nome na lista
Agora
Enquanto vivo
Também faço parte da busca
Descobrindo o que o tempo revela
No pouco que penso
Penso que procuram
Como loucos
Poder dar um preço a ela
Quando a coisa mais certa
Seria não tratá-la como disputa
Uma luta a ser vencida
Qualquer coisa sem sentido
Pois a vida possui um valor
Um dia você há de perceber
Que as conquistas esperadas
Não foram jamais
As mesmas que eram antes
E o rio correu, despercebido
O que era importante
Passou bem perto
Mas agora já vai, bem distante
Vai, até se perder de vista
Evapora pra formar
A nuvem que podia ser
E não é.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Quão grandes desejos
A gente vive nesta vida
Estariam sempre ali
Ao alcance dos dedos
Ah, se você tivesse
Acordado mais cedo!
Mas o tempo, exauriente
Faz o medo da vida
Uma constante companheira
Um dia, os dias não são mais
Tão longos bastante
Estamos mais perto da partida
Que da hora da chegada
Os desejos, reluntantes, permanecem
Vontade em conhecer felicidade
Sempre ali, francamente retraída
Eu a pude sentir entre os dedos
Se todo mundo aceitasse o que procura
No momento certo em que vê
Mas prefere o deserto profundo
E coloca entre a gente e o mundo
Na ausência que fere
Essa dor que perdura
Parece que tiveste preferência
Em ferir-me de morte
De sorte que durasse a vida toda
Dividida entre desejo e sofrimento
O espaço de um abraço
Os laços do lado oposto
Sarcasmo em cuspir-me no rosto
Hoje pensa em falar-me de ofensa
Em sentir-se ofendida
Quão grande era o desejo
Eu pude senti-lo entre os dedos
Eu queria ter sido feliz
Esta vida foi tão rude
Vida, eu te juro que fiz o que pude
E de troco, recebi tão pouco!

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

O ato de querer
Nisto consiste a vida
De fato, é isto que impede
Da gente viver por viver
Imperfeito, o coração deseja
Os olhos anseiam
A alma implora
de tanto querer
O coração fraqueja
A alma pesa
Os olhos ... esses choram
Deplorável carência
Louvável vontade que existe
Num triste querer de verdade
Querência ... daquela que dói
Rói o coração
Quase pára, bate lento
Na dor que dói, tão doida
Então, por que será que a gente
Insiste tanto em viver
Se nisto consiste a vida?

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Vita.

Nesta pouca vida
Quase tudo é verdade inventada
Uma grande quantidade de ar azul
Deserto suspenso, que de perto, é nada.
.

Penso ser tudo olhar da mente
Todo dia é sempre dia
de partida, chegada e olhar desatento
O mundo gira pro mesmo lado, sempre.
.

Essa vida é um castelo de cartas
Uma folha no chão
Uma pluma no vento.
.

Pluma, vento, chão , mente que mente
A gente só vê ao que quer e inventa
Quando a lente do olhar aumenta: é o nada.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Relendo um pedaço de vida
Escrito qual fosse
Endereçado aos Céus
Redigido em dourado
Uma longa descrição de nada
De frase em frase
O sentido das coisas muda
Depois de alguns pontos finais
Na mesma linha, ainda tentava
Enquanto a ideia era a mesma
O mesmo fôlego, depois da virgula
Um aposto
Reticências
A vida seguindo entre aspas
Navegava
Dígrafos e interjeições
Transmutanto em novas
As mesmas sempre velhas sensações
Esperanças em letras maiúsculas
O parágrafo insistente
Uma pausa a cada nova esclamação
O sinal que interroga
Uma praga que rogam
Bem querer descrito
Um mal feito
O antônimo de tudo
Transformando agora em nada
O que parecia
Tão bonito no princípio
Quem leu
Pouco soube interpretar
Lentamente
Sem sentido
Eis que surge
O último ponto final
Se fecha o livro
Livre pra prosseguir
O verbo é viver sem destino
Despedida; substantivo feminino
Sem sínteses
Nem parêntesis.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

O tempo é ferrugem
No metal da vida
A água foi sob a ponte
Um pássaro que eu nunca vi
Cantando perto da janela
Outras flores que surgem
A vida passa
Seja ela
cheia ou vazia
A lenha queima na fogueira
Ofusca a estrela lá no Céu
Um dia
de todas as estrelas que se vê no Céu
Restarão somente cinzas
Outras estrelas surgirão
Outro chão
Outros Céus
Outras vidas
Devagar e lentamente
Mas a gente nunca dispõe
de tanto tempo assim
Pra prestar atenção que nosso tempo
Diante do tempo
é nada.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

De tudo que sei na vida
Agora eu me pergunto
O que será que sei
Das coisas que eu aprendi
O que será que seria
Se não tivesse sido desse jeito
Dos caminhos onde andei
Onde será que eu estaria
Se nunca tivesse pisado
Nos caminhos onde andei
Sobre os sonhos que sonhei
Não me pergunto nada
Pois cada um de nós
Um dia desejou estar distante
de onde queria estar
E desse imensurável tanto
de nada que assimilei
Uma quantidade enorme de perguntas
Muitas
Cujas respostas
Não sei.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Pra cada dia uma noite
Uma morte a cada vida
E pra cada norte um rumo
Vários ventos sem direção
Em cada mar, muitos naufrágios
A saudade que se vê tão só
A pá de terra sobre o tempo
O erro que me acerta
A resposta certa eu nunca soube
A tarde que não me cabe
Antes que o Céu
Desabe por sobre essas nuvens
Há pra cada chuva, um Céu
Mas não sei dizer
de quantos Céus há sobre nós
Sob meus pés
Estrada e pó
Simplesmente mais nada
Pra cada vida
Uma morte apenas
Viver de espera
Termina
Na serena morte
De sorte que ela vence no final
Pra cada um
Há outro igual
Só não se sabe onde.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Poema de compreensão.

Na vida nada se tem
Como o ar que te escapa entre os dedos
Vai rodando a longa estrada
Um dia há medo
Em momentos, coragem
A paisagem que sumiu pela janela
Coisas boas e ruins
As pessoas
Nada que se vive
A vida vem para mal ou para bem
Mas passa
Esvaindo igual fumaça
E nada se tem ou se leva
Até mesmo as lembranças evaporam
A tudo que tive
O momento mais suave da existência
Não se leva nada
Nesta estrada estreita
Só se deixa
Nossos passos vão ficando no caminho
A gente só precisa
Aprender o que não sabe
Atentar onde pisa
Para que os passos sejam leves
E as lembranças suaves
Pois
Nessa nossa breve existência
Nada se leva
Nada se deixa
Nada e ninguém nos pertence
A vida é uma curta experiência
De cujos resultados, nada saberemos
Diferente
De tudo que se pensa
Enquanto vive
Tudo passou por mim
Mas eu nunca nada tive.

Inserida por edsonricardopaiva

Num momento qualquer
Dessa vida
Que a gente vive
Muitas vezes sem querer
Acontece de pensar na morte
Não na morte como um final
Porém como uma mudança
A Música acabou
Troca o passo da dança
E naquele pedaço
De tempo que passou
Numa tarde qualquer, a gente pensa
Nas muitas caras da morte
Pense em tudo que matou na sua vida
Antes que a vida acabasse
O que será que você faria
Se tivesse
Pelo menos mais um dia?

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Existe alguma coisa em minha vida
Que eu na verdade
Nunca soube entender muito bem
Parece que em algum momento
Eu devia ter caído em algum abismo
Um lugar que era frio
e não cai
mas deixei por lá uma parte de mim
O difícil em conviver com isso
É que as coisas que ficaram
Eram de lá
Me acompanha o vazio
Não das coisas que perdi
Pois nada nunca me pertenceu
Me acompanha o vazio
Do espaço oco reservado a mim
De um lugar que jamais foi meu
Mas em contrapartida
Aprendi com a vida
Não mais pertencer a um lugar
Nem a nada e nem ninguém.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Quando eu cheguei aqui
E contra a minha vontade
Nasci pra esta vida
E depois eles foram embora
Não sem antes me orientar
De que eu devia duvidar
de toda dúvida que tivesse
E eu vivi a vida acreditando
Meu coração se alegrou
Minha mente cresceu
E eu ouço
desde aquele tempo e ainda hoje
A uma voz que me diz
Cuidado com o que vão fazer com sua alma
E por mais que o corpo doa
Pois o tempo passou e ele envelheceu
O coração conserva a calma
Mas eu não posso de maneira alguma
Perdoar
O que este mundo fez com minha alma.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Tem dias
Que a pior companhia
Que se pode ter na vida
É a companhia da solidão
Quem diz por aí
Que a própria companhia
É boa
Mente pro mundo
E quem se convence que é
Mentiu tanto pra si mesmo
Que o tempo lhe fez
Acreditar na própria mentira
Pois o vento batendo na rocha
Transforma a pedra em pó
E a tempestade em ilusão
Depois as carrega
A todas pra um mesmo lugar
E um dia cada pedra esquecida
Nunca mais estará só nesta vida
Muitas vezes o vento bate à porta
Absorto, em minha própria companhia
Tem dias que dá vontade de atender
Outros dias não dá não
O tempo passa, a noite esfria
Os ventos tristes já se vão, distantes
Pra bater noutra porta adiante
Fazer companhia
A qualquer outra solidão
Que certamente existe.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Se fosse só viver o dia-a-dia
Sobrevindo essa tristeza
Mas a vida sempre leva uma alegria
E o tempo faz outras coisas
Junto às coisas que o tempo traz
E o tempo trouxe a compreensão
Que eu tanto queria
Sem saber que quando chega
Carrega a inocência
Que um dia fez crer que magia existe
E essa vida sem magia é muito triste
Se fosse só viver o dia-a-dia
E essa acalentada compreensão
Descortinasse o véu do tempo
Lá na ponta da luz do Sol
Pois a tudo se limita
E os dias passam de três em três
Pois isso também permite
Deixar de viver
Um dia de cada vez
Sem a dúvida
Tudo que sobra
É a total ausência de valores
No preço que nos cobra a vida.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Viva a vida
Enquanto a vida acontecer
Agradecendo aos invernos
E também a cada deserto
Que teu coração suportar
Pois sua vida está sendo escrita
Não busque amparo em promessas
Palavras bonitas são só palavras
O dia de hoje, ontem, amanhã será
É assim que se vive a vida
Então, simplesmente viva
A tudo aquilo que germina
Oculto pela transparência
Da beleza fina do cristal
Pois tanto mal quanto bem
Vem bater à tua porta
A cara verdadeira de tudo
Está sempre escondida
Viva a vida
E a magia da ilusão desmedida
Cada coração se fecha
Na medida que os olhos se abrirem
Deixa a vida correr
Pois toda a vida é uma ilusão
Exceto os olhares vivos
Olhares da vida
Tão perdida quanto todos nós
Cada passo dado
Escondido pela pedraria
A revestir o pó dessa estrada
Na alternância entre luz e treva
Viva cada dia dessa vida
Um dia, dessa vida, não se leva nada
Todo dia, nada resta.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Fumaça
A vida é simples nuvem
Na lembrança um sorriso
O cabelo esvoaçando
E chove, mas a gente
Não percebe
Qualquer semelhança
Nuvem, ventos, fumaça
Quando tudo se vai
Melhora, se a gente esquece
O coração não consegue
Agora que a vida prossegue
O branco da nuvem
Céu azul
Eu não sei se desejo
Que o tempo pare
Ou passe um pouco mais depressa
Hoje
Só o tempo esvoaça
A vida não faz
Nem tampouco ela cumpre promessas
Mais um dia se vai
Pra nunca mais
A vida perdeu o brilho
O viço e a chama
Os trilhos e o rumo
O prumo e a graça.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Vai
Vai-te igual a tudo nesta vida
Vai
Vai-te pra sempre
Vai
E desaparece na escuridão da noite
Vai
Vai-te criatura das trevas
de anjo travestida
Mas vai
Vai-te pra sempre e me esquece
Vai
Desaparece de vez da minha vida.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Um sono suave
Pode ser até
Que algum sonho tenha havido
Mas aquela doce vida
Era tão boa
Que a gente nem pensava
Em perder tempo à toa, sonhando
Lá em casa
A gente até quase ria, de vez em quando
Uma voz mais grave
Invariavelmente
Nenhum de nós tinha feito nada
Nas asas do tempo
Um avião de papel ... um brinquedo
Uma luz acesa lá fora
Pode ser que fosse a Lua
Eu não sei quem foi que guardou
As chaves do lugar
Onde se põe para sempre
A lembrança sem par
Do som dos teus passos no portão
Que hora bonita tinha o dia
Silhueta distante
Um vulto no final daquela rua
Uma festa calada
Era muda a alegria, mas era
Essa vida que voa nas asas do tempo
Quando menos se espera
O suave, a voz grave, a alegria
os teus passos.
Até mesmo a própria Lua, tão brilhante
Ainda brilha
Porém hoje brilha menos
Brilha bem menos
Que no tempo bonito e distante
Ninguém sequer o desenhou
Mas tudo isso vai pra sempre estar escrito
Aqui e ali
Nos pedaços mais simples
da vida da gente
Eternamente
Nos espaços vazios do telhado
Que chovia
No traço da luz da Lua
Que fugia do Céu
E invadia o quarto na escuridão
Na ilusão das asas
de um pequeno avião de papel.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Qual seria a graça dessa vida
Se fosse feita eternamente de certezas
E a gente tivesse a receita
E conhecesse o momento exato
da morte, do erro
e de encontrar o grande amor
Que um dia há de perder.
A mesa posta na hora certa
A resposta sempre positiva
Nenhum curativo ou corte do dedo
Aquela pessoa que deixou saudade
Ao morrer na infância da gente
Ainda está viva
O alívio imediato
Ausência do medo
Comida que a gente gosta
No prato de porcelana
O segredo da vida pintado
No óleo sobre tela
Pendurado na nossa parede
No gancho a rede
Lençóis de algodão egípcio
Seria muito bom no início
Mas que graça tem isso pra nós?
Se gente aprende muito mais
Devido ao amor fingido
A dúvida da falsa amizade
Na pergunta sem resposta
Presença muda
Olhar evasivo
A lágrima que ficou
A tristeza que invade
Chuva no final de tarde
Justamente
Quando era hora de voltar pra casa
Faz parar um pouco e lembrar
Que ninguém te espera
Me diz a graça que tem essa vida
A ser sempre um circo de feras
O pote de ouro
Dinheiro contado
Dois Sóis a brilhar de dia
A estrela
que havia na madrugada
Se apaga pra eternidade
A menor distância
Entre a dúvida
e a suposta verdade
O rosto escondido atrás das mãos
Toda a certeza que existiu na vida
A frágil alegria
Chega um dia em que nada é igual
Não passa de cristal que se quebrou
Qual seria a graça dessa espera
Se um dia
A gente não chegasse à conclusão
Que a própria vida em si
Não passou de mera ilusão?

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva