Pessoas Boas Dormem bem
" sob o telhado, leopardo urbano mia de amor
a cidade dorme, o caos dá um tempo
solidão acorda o poeta
que acostumado torce para que o romance dê certo
mas parece que ela, hoje não quer
resignado,vaga pelos muros
cantando, madrugada afora
sua triste canção...
Você sabe como ser feliz.?.
Não...
Pois deve ser assim
A noite ao ir dormir deixe todas suas preocupações de lado
E peça a deus uma noite de sono tranqüilo...
Funciona
Ao acordar...respire fundo
Sinta o ar da manhã
Beba um copo de água
De um sorriso bonito
Diga olá , bom dia a quem vc ama
Agradeça se estiver sol
E da mesma forma se chover
A chuva enriquece a terra
E mata nossa sede
Parta o pão com respeito pela fartura que há em sua vida
A felicidade está nessas coisas
Pequenos bens materiais, são mais do que necessários e precisamos
Ao encontrar uma flor, aprecie sua beleza e só a cobice, se não tiver sua flor em casa
E caso tenha ,não esqueça de mandar um recadinho, um bom dia, um beijo
Logo mais a noite, sua flor estará exuberante a te esperar
Sabe aquele bar onde os amigos se encontram
Passe direto, nem chegue lá
Se for do agrado
Tome uma cerveja com sua companheira ou companheiro
Mas não se embriague
A não ser com beijos
Vá pescar de vez em quando
E vá ao cinema também
Passear de mãos dadas
Tomar um sorvete
Ser feliz e querer ter paz
Um banho de mar é ótimo para a alma
Andar de moto então nem se fala
Vá ao encontro de sua felicidade
Ela é uma plantinha que precisa ser cultivada com muito amor
E isso deve transbordar de seu coração
(IN) SOSSEGO
Vá,
Sossegai
Agora e já...
Dormi muito
Muito,
Sem acordares jamais
Ó Parca terror dos mortais!
Parca das três Parcas fatais
Se já tendes vosso bicho roedor
Dentro de mim
Dilacerando-me as carnes em furor
Que quereis vós, afinal, em fim!?...
Para quê, ó Parcas porcas da má sorte
Não vos basta já o vosso nome de Morte
Porque me quereis tanto assim!?...
Se tendes tudo já de mim, em vida
Porquê desejar-me tanto a morte!?...
(Carlos De Castro, em Sonhos Lindos, Argoncilhe, 15-06-2022)
DORME MINH'ALMA
Que felicidade, que maldita sorte!
Conseguir que a minha durma!
Mesmo sem ser já na morte
Nem nas vésperas da soturna!
Dorme, minha alma, dorme
Em teus lençóis, tão tranquila
Enquanto descansa a fome,
Da minha miséria sibila.
Ó, forças da natureza,
Deixai minh'alma dormir
Em silêncio e singeleza,
Na incerteza do que há de vir...
Lá, pelas encostas da vida,
Naquelas montanhas de calma,
Eu peço, eu rogo à gente dormida,
Que deixem dormir a minh'alma!
(Carlos De Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 02-08-2022)
O GALO
Cantava o galo rico
Na noite a dormir,
Toda ela em lençóis de linho.
Na mansão rica ainda fornicavam
Na adoração do falo
Que empratavam.
O rei cobridor bramia,
Como um gato feito galo.
O galo pobre, gemia,
Sem galo, na noite acordada
Na miséria dos lençóis do nada.
Na casa pobre,
Não havia fornicações,
Só falos murchos
E alguns estrebuchos.
Só gatos e gente que não come
Aos estalos no ar,
Aos murros,
Dando urros
Para afugentar a fome
De mais um dia.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 17-10-2022)
“CAMAS FLAMAS E GELO
Dormem e derretem de tão quentes,
Nas camas de colchão
Altos, fofos e gostosos,
Bem cheirosos
A traques de amor por ereção.
Por entre gritos esganiçados
Da aceitação dos sémenes conspurcados,
Lá vão…
Na lascívia da podridão.
E a cenografia deste ato
Primeiro, de apresentação,
Após o intervalo,
Vai ter o segundo,
Na forma de um falo
E dará, de facto
E com novo fato,
Lugar a outra versão.
Ei-la, então:
Na cama, dois bonecos,
A jogar matrecos,
Como dois recos
Marrecos,
Possuídos,
Parecidos
Com australopithecus
De há milhões de anos idos,
Na forma rudimentar
De ficar aos urros, após copular.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro por Escrever, em 08-02-2023)”
ao som da musica francesa,
ferem aos meus olhos,
não me deixa dormir.
traz na minha boca, o gosto de fruta no pé,
com cheiro das manhãs de outono,
na brisa que abraça o corpo.
vem,
dança comigo.
Joy Brasil.
O agiota global finge dormir ao volante para que os condutores se enforquem e virem reféns da sua clássica escravidão!
SONETO: AMORES
Os amores, tudo é flores corpos quentes, sorriso contente, mente dormente, olhar no infinito, grito não aflito ingrediente de uma paixão que viva sem noção de tempo
Os amores, donos da certeza que não haverá o fim, não reivindica nada pois tudo é perfeito
o beijo no queixo, o sopro no ouvido, a picada de olho dentro do olhar
Amores inocentes quem ama anestesiado por uma beleza inocente e o olhar de uma grandeza jamais vivida com tanta melaço
Amores dormem abraçados um ao outro acordando agarrado, chega a pensar que pode perder a respiração se sua paixão faltar.
