Pessoas Boas Dormem bem
"Pode até ser que outra pessoa te tenha agora andando pela casa e dormindo na cama e pegando uma água na geladeira. Mas eu tenho você no meu fígado e rins e veias e artérias e sonhos e líquidos e células."
Magoados ao crepúsculo dormente,
Ora em rebojos galopantes, ora
Em desmaios de pena e de demora,
Rios, chorais amarguradamente.
Desejais regressar... Mas, leito em fora,
Correis... E misturais pela corrente
Um desejo e uma angústia, entre a nascente
De onde vindes, e a foz que vos devora.
Sofreis da pressa, e, a um tempo, da lembrança...
Pois no vosso clamor, que a sombra invade,
No vosso pranto, que no mar se lança,
Rios tristes! agita-se a ansiedade
De todos os que vivem de esperança,
De todos os que morrem de saudade...
Eu te preciso toda hora, te preciso para dormir, e para acordar, te preciso para sorrir, para ser feliz, te preciso pra me cuidar, eu te preciso inteira.
Eu, o menino e o cachorro...
E eu só reclamava da vida... reclamava da noite porque eu não dormia, reclamava do dia porque eu sofria, reclamava do frio que me gelava a alma,reclamava do calor que me atirava ao desânimo.
Para tudo e para todos eu tinha uma resposta,para a minha derrota eu sempre tinha um culpado, para o meu desamor sempre tinha um "alguém", para tudo uma reclamação, eu era o próprio azedume.
Ai de quem me criticasse, que apontasse o erro que eu não enxergava, para tudo tinha que haver um culpado, eu era a vítima do sistema, das pessoas, do mundo,eu sempre fui traído, enganado, sofrido...
Carregava aquela cruz pesada de ódio, e eu só reclamava da vida, seja de noite, seja de dia.
Até quem dia, um menino, desses meninos de rua, me pediu uma ajuda, e eu já estava pronto para ofendê-lo,quando ele pegou na minha mão e arrastou-me, se é que um menino tão pequeno teria essa força. No canto da rua ele me mostrou um cachorro muito sujo, que estava com a pata como que quebrada e cheio de feridas. O menino puxou a minha mão e fez chegar perto do cachorro. Ele olhava pra mim e depois para o cachorro,e falou numa voz que eu não consigo esquecer: - Moço, sara ele pra mim! É o meu melhor amigo.
Não sei porque e nem quero saber, mas eu não aguentei e chorei... Chorei como criança, como quem abre uma torneira, como se uma porta que estava fechada há muito tempo dentro de mim, se abrisse escancaradamente...
O menino não entendeu o meu choro e perguntou: - Ele vai morrer moço? É grave assim...
Despertei do meu choro e agarrei aquele cachorro com muito cuidado. Levei-o até a minha casa, poucos quarteirões dali, e tratei daquele cachorro como se fosse um filho, e o menino, que vivia pelas ruas, foi ficando, e cuidou de mim, curou minhas feridas, antes mesmo de eu curar as feridas do cachorro.
Hoje, não reclamo mais de nada, tudo para mim tem um sentido, tudo é perfeito, até o que dá errado. Faz 16 anos que o menino de rua pegou na minha mão, mudou a minha vida, transformou esse ser. Mostrou-me o caminho do amor, amor que restaura, cura, seca feridas, renova, traz esperança, e esperança é o nome do amor.
E esse menino, que hoje me chama de pai, destranca portas e janelas da minha alma todos os dias, quando segura na minha mão e me agradece por cada coisa tão pequena, os banhos, as roupas, a comida, a escola, a adoção, coisas que muita gente tem e não dá nenhum valor, ele me recompensa com carinho e dedicação.
Hoje é a sua formatura, e eu nem sei o que dizer, sou grato a Deus por ele entrar na minha vida, por quebrantar meu coração, e não largar mais a minha mão.
Hoje eu bendigo a vida. Valorize a sua vida, preencha-a com o amor.
"De todos as cores, vermelho.
De todas as flores, gérbera.
Reza toda noite antes de dormir.
E nunca esquece de agradecer pelas bonitezas do dia.
Agradece também pelo que é feio, mas engrandece.
Acredita que o sofrimento enobrece, mas nem sempre, porque prefere o caminho mais fácil.
Põe o pé direito pra fora da cama primeiro. (nem sempre)
Herdou algumas supertições, além do riso fácil e do olhar ágil.
Está sempre apressada e atrasada.
Fala mais com as mãos, que com a boca.
Pensa mais rápido que fala e quase não fala o que pensa.
Aprendeu a ser comedida.
Tropeçou muitas vezes no caminho.
Já se apaixonou pra sempre.
Já morreu de amor.
Não acredita mais em príncipe encantado, mas torce pra que lhe provem o contrário todo-santo-dia."
Espero que se deite quando for dormir
E engasgue em cada mentira que contou
E quando você for atrás de mim
Verá que irá colher tudo que plantou
Eu amo você, amo seu jeito, seu estilo. Penso em você antes de dormir, e meu coração bate mais forte toda vez que você chega perto. Quando você vai conseguir perceber isso?
Só mais um pouquinho, pensou. Uma lasquinha. Pra dormir feliz. Amanhã era amanhã. Depois ela resolvia...
Eu sou sensível demais. Preciso ficar um pouco dormente para ter de volta o entusiasmo que eu tinha quando criança.
Vontade só de dormir, dormir muito, para nunca mais acordar. (...) Só tenho passado, o presente é esta viscosidade, o futuro não existe. Ah, eu queria ter um objetivo na vida, uma coisa que sugasse todas as minhas forças, conduzisse todos os meus gestos e todas as minhas palavras. Não tenho nada, só este vazio.
Eu precisava ir dormir pois teria que acordar bem cedo, mas à noite, é como se o resultado de todas as palavras do dia se resolvessem, e o sono faz questão de mostrar, esfregar na sua cara até que você não queira mais dormir.
...dormir tarde, se divertir, ficar selvagem, beber whisky e dirigir rápido por ruas vazias com nada em mente exceto se apaixonar e não ser preso.
Vocês costumavam dormir com fome, lutando por restos. Seu planeta estava à beira do colapso. Eu parei tudo isso. Sabe o que acontece agora? As crianças aproveitam céus claros de barriga cheia. É um paraíso.
Adminimistério
Quando o mistério chegar,
já vai me encontrar dormindo,
metade dando pro sábado,
outra metade, domingo.
Não haja som nem silêncio,
quando o mistério aumentar.
Silêncio é coisa sem senso,
não cesso de observar.
Mistério, algo que, penso,
mais tempo, menos lugar.
Quando o mistério voltar,
meu sono esteja tão solto,
nem haja susto no mundo
que possa me sustentar.
Meia-noite, livro aberto.
Mariposas e mosquitos
pousam no texto incerto.
Seria o branco da folha,
luz que parece objeto?
Quem sabe o cheiro do preto,
que cai ali como um resto?
Ou seria que os insetos
descobriram parentesco
com as letras do alfabeto?