Pessoa Triste
Em meio a tantas guerras
transbordava a calmaria
em meio a tantas lutas
sorria
dividido entre o céu e o inferno
entre o interno e o externo
ele dizia
-o caos é minha alegria
-me acalma
dizia o ser sem alma.
Casar, para ela, não era negócio de paixão, nem se inseria no sentimento ou nos sentidos; era uma ideia, uma pura ideia. Aquela sua inteligência rudimentar tinha separado da ideia de casar o amor, o prazer dos sentidos, uma tal ou qual liberdade, a maternidade, até o noivo. Desde menina, ouvia a mamãe dizer: "Aprenda a fazer isso, porque quando você se casar"... ou senão: "Você precisa aprender a pregar botões, porque quando você se casar..."
A todo instante e a toda hora, lá vinha aquele -- "porque, quando você se casar..." -- e a menina foi se convencendo de que toda a existência só tendia para o casamento. A instrução, as satisfações íntimas, a alegria, tudo isso era inútil; a vida se resumia numa coisa: casar.
De resto, não era só dentro de sua família que ela encontrava aquela preocupação. No colégio, na rua, em casa das famílias conhecidas, só se falava em casar. "Sabe, Dona Maricota, a Lili casou-se, não fez grande negócio, pois parece que o noivo não é lá grande coisa"; ou então: "A Zezé está doida para arranjar casamento, mas é tão feia, meu Deus!..."
A vida, o mundo, a variedade intensa dos sentimentos, das ideias, o nosso próprio direito à felicidade, foram parecendo ninharias para aquele cerebrozinho; e, de tal forma casar-se se lhe representou coisa importante, uma espécie de dever, que não se casar, ficar solteira, "tia", parecia-lhe um crime, uma vergonha.
De natureza muito pobre, sem capacidade para sentir qualquer coisa profunda e intensamente, sem quantidade emocional para a paixão ou para um grande afeto, na sua inteligência a ideia de "casar-se" incrustou-se teimosamente como uma obsessão.
Aquele olhar transparecia uma tristeza que nada se assimilava com ironia. Era simplesmente uma verdade pura e triste. Verdade de quem se cala para fora e se abre para seu próprio eu. Desespero calado que se torna verdade definitiva. Sem volta. Já que faz parte da própria vida indigna e que apodrece um pouco a cada dia. Como um ovo roto que esconde em sua frágil casca aquilo que os outros não querem ver em você.
Te ofereci tudo de mim, te ofereci até o que eu não tinha ao oferecer, te dei o meu melhor, o melhor de mim... mas para você, tudo isso NUNCA foi o suficiente...
Se você conseguir se convencer de que será infeliz de qualquer forma, mesmo sem todos os infortúnios, então você não precisaria odiar o universo por jogar um caminhão de lixo em cima de você. A fatalidade é o mecanismo de sobrevivência. Somos quem somos.
Eu vou sumir quando vocês menos esperarem, estou a ponto de surtar, vou querer me fechar, viver no meu próprio mundo. Eu vou desejar ter as vontades mais loucas, eu vou sentir vontade de pisar na minha própria sombra, agarrar-me com o travesseiro só pra não me sentir só. Eu vou ter sede de atenção, eu vou querer pegar o telefone pra ligar, mas a minha vontade de viver só, isolado, falará mais alto e eu não vou querer procurar por ninguém, eu vou chorar e sorrir de mim mesmo, mas pelo menos estarei sendo feliz comigo mesmo, sem precisar me esforçar pra buscar oportunidades e objetivos. Cansei seriamente de procurar e procurar, cansei de esperar resposta e respostas. Os nãos da vida me fazem sofrer. Não quero que ninguém sinta pena de mim. Porque só eu mereço ter pena de mim. Meu sorriso pode ser até de mentira, mas minhas lágrimas não!
Nem sempre a expressão facial reflete o que a alma realmente sente. Um sorriso pode ser apenas um disfarce.
Acabou. É avassalador ouvir essa palavra de você. Penso: Queria você aqui, comigo, mas por milésimos de segundos penso que ter você por esse período da minha vida já foi bom. Quero deixar você ir, mas dessa vez de mim, pois em todo canto que reparo em mim há um pouco de você e por mais que eu queira te esquecer, eu sei, é impossível te deletar da minha mente por própria vontade. Não vou reclamar, você me fez sorrir, e os momentos bons superaram os ruins, e sim, agora você pode ir de mim, pois finalmente entendi, que o final das coisas me fez refletir e mudar mas do que no começo.Continuo te amando, mas sim, permito você ir de mim.
' E quando eu partir estarei observando-lhes, e quero ver todos vocês felizes fazendo o que mais ama '.
Meus sonhos foram assassinados
Meus medos, realizados
Agora aqui estou eu, em agonia
Vendo aos poucos indo embora, a vida que me ardia
Chorar não te faz menor, assim como sorrir não te torna exclusivamente alguém feliz, mas o contrário não deixa se ser verdade.
As pessoas rotulam o que nao entendem, pelo fato de ser mais simples, mais fácil e mais cômodo depositar o seu achar sobre escolhas alheias. Talvez o problema esteja nos excessos. Pois é facil ser rotulado como alegre se você rir muito e triste se chorar for bem mais fácil do está feliz.
Este é o agridoce da vida!