Pessoa Falsa
E nós não nos perguntávamos para que
era aquilo que não era para nada.
Nós sabíamos ali. por uma intuição que por certo não tínhamos.
que este dolorido mundo onde seríamos dois, se existia,
era para além da linha externa onde as montanhas são hábitos
de formas, e para além dessa não havia nada. E era por causa
da contradição de saber isto que a nossa hora de ali era escura
como uma caverna em terra de supersticiosos, e o nosso senti-la
era estranho como um perfil de cidade mourisca contra um céu
de crepúsculo outonal.
SEGUNDA. - Talvez por não se sonhar bastante. . .
PRIMEIRA. - É possível. . . Não valeria então a pena fecharmo-
nos no sonho e esquecer a vida, para que a morte nos esquecesse?
. . .
SEGUNDA. - Não, minha irmã, nada vale a pena. . .
Não sei o que é isto, mas é o que sinto. . . Preciso dizer frases
confusas, um pouco longas, que custem a dizer. . . Não sentis
tudo isto como uma aranha enorme que nos tece de alma a
alma uma teia negra que nos prende?
SEGUNDA. - Não sinto nada... Sinto as minhas sensações
como uma coisa que se sente. . . Quem é que eu estou sendo?
. . . Quem é que está falando com a minha voz?. . . Ah.
escutai. ..
DOBRE
Peguei no meu coração
E pu-lo na minha mão
Olhei-o como quem olha
Grãos de areia ou uma folha.
Olhei-o pávido e absorto
Como quem sabe estar morto;
Com a alma só comovida
Do sonho e pouco da vida.
Fernando Pessoa, 1913
Há um tempo atrás eu sempre deixava as coisas pra amanhã, até que comecei
a fazer as coisas hoje. Então hoje eu colho o que plantei ontem.
"Talvez seja por isso que é difícil dela se apaixonar. Porque ela não se encanta por qualquer coisa. Ela vai se apaixonar por você, se você entender que se apaixonar é uma coisa simples, cheios de detalhes e que todo dia é um recomeço."
"Imagine sua cidade sem luz, mô tédio né? Você olha pro alto, e ver um céu sem estrelas, se aproximando uma tempestade, uma imensa escuridão. Mas aí quando você olha fixamente pra fora da sua janela, consegue contemplar uma beleza natural antes desapercebida, um incrível jogo de cores como o pisca-pisca dos verdes dos vaga-lumes, e os rabiscos no céu de branco, de raios e trovões, e percebe-se que nem tudo que é lindo vai te fazer bem ao te tocar."
O mundo se torna perigoso ao olhar dos derrotados que estavam promovendo o caos e não mais terão espaços para transviar a sociedade.
A velocidade de implementação das mudanças é inversamente proporcional a quantidade de regras estabelecidas.
Muito me avisaram sobre o luto que sentíamos quando as pessoas atravessavam para o outro lado da vida. Mas esqueceram de me dizer que ás vezes essas pessoas não morrem, elas apenas atravessam para ourra etapa da vida sem você.
Quando as crianças brincam
E eu as oiço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar.
E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.
Se quem fui é enigma,
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no coração.
Uma implementação de sucesso depende da forma como se desenvolvem as sinergias nos pontos de integração.
A democracia relativa é pautada pela justiça relativa, que pode inocentar criminosos e condenar inocentes.
Qualquer pessoa é capaz de fazer qualquer coisa, desde que possua os mesmos conhecimentos, habilidades, insumos, ferramentas e vontade de aprender e fazer acontecer.
As mudanças sempre acontecem e as pessoas se relacionam com elas pelo nível de aceitação e colaboração para sua efetivação.
Da Escuridão à luz: Navegando a Vida Após uma Notícia ruim
Quando uma notícia devastadora atinge você, desarruma completamente sua vida e faz um filme de todas as suas escolhas passar diante de seus olhos. É como se cada fragmento de sua existência estivesse sendo desmantelado sem sentido em um dia em que você mal consegue encontrar espaço para respirar e absorver toda a agonia daquele momento.
Você retorna à multidão de suas tarefas diárias sem compreender o espaço, as pessoas, ou o que está realmente acontecendo. Sua ficha parece não cair, o mundo continua a girar, mas para você, tudo segue inalterado, a rotina incessante ameaça engolir você no abismo de suas responsabilidades.
Porém, sua mente começa a apontar o dedo para você, a culpar suas próprias mãos, e quando o silêncio finalmente chega, você desaba, permitindo-se ser consumido pela terrível notícia. Finalmente, a ficha cai, a notícia devora suas emoções, e agora você está só consigo mesmo, nesse sistema implacável que o consome. Você entra em um território desconhecido, onde precisa reiniciar sua vida a partir do zero, para evitar enlouquecer ainda mais.
E agora?
A criança que você foi, lá da sua infância, confronta o adulto que você se tornou e pergunta:
"Por que você permitiu que isso acontecesse?"
Você se culpa, entra em colapso, e sabe que agora só existe um caminho sem retorno: permitir-se ser totalmente engolido pela notícia e esperar pelo amanhecer do dia seguinte com a seguinte reflexão.
Agora, você precisa aprender a viver um dia de cada vez.
À medida que cada dia passa, você percebe que a única opção é viver um dia de cada vez. É um caminho longo e árduo, mas gradualmente, as feridas começam a cicatrizar e a dor se transformará em um espinho na sua própria carne.
Setembro Amarelo: A Superficialidade da Conscientização
Toda vez que setembro chega, somos inundados por uma enxurrada de mensagens e posts nas redes sociais sobre o setembro Amarelo. A conscientização sobre a saúde mental tornou-se uma tendência anual, com milhões de pessoas compartilhando mensagens e fitas amarelas em nome da solidariedade. No entanto, é difícil ignorar a hipocrisia que permeia essa efusiva demonstração de apoio.
Sim, tanta gente fala sobre o setembro Amarelo, mas quantos realmente se importam com a dor do vizinho que está ao lado? A verdade é que a maioria dessas mensagens e ações de conscientização se limita a uma superfície brilhante, sem profundidade ou substância real.
Além disso, o setembro Amarelo muitas vezes esconde a falta de investimento real em serviços de saúde mental. Os sistemas de saúde estão subfinanciados e sobrecarregados, deixando aqueles que precisam de ajuda enfrentando longas filas de espera e recursos limitados. É fácil para as autoridades e instituições apoiarem a conscientização, mas a alocação de recursos suficientes para atender às necessidades daqueles em sofrimento é frequentemente negligenciada, um abraço aos nossos políticos hipócritas!
A superficialidade da conscientização no setembro amarelo é um reflexo da nossa sociedade que prioriza a imagem sobre a ação real, o compartilhamento de mensagens sobre a empatia genuína e a retórica vazia sobre a mudança substantiva. Para verdadeiramente honrar o setembro Amarelo, devemos ir além das palavras vazias e nos comprometer com ações significativas em apoio àqueles que enfrentam desafios de saúde mental todos os dias, não apenas durante um mês do ano.
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