Pessoa Admirável
Houve um dia em que subi esta rua pensando alegremente no futuro.
Pois Deus dá licença que o que não existe seja fortemente iluminado.
Hoje, descendo esta rua, nem no passado penso alegremente.
Quando muito, nem penso...
Tenho a impressão que as duas figuras se cruzaram na rua, nem então nem agora,
Mas aqui mesmo, sem tempo a perturbar o cruzamento.
Olhámos indiferentemente um para o outro.
E eu o antigo lá subi a rua imaginando um futuro girassol.
E eu o moderno lá desci a rua não imaginando nada.
Guardo ainda, como um pasmo
Em que a infância sobrevive,
Metade do entusiasmo
Que tenho porque já tive.
Quase às vezes me envergonho
De crer tanto em que não creio.
É uma espécie de sonho
Com a realidade ao meio.
Girassol do falso agrado
Em torno do centro mudo
Fala, amarelo, pasmado
Do negro centro que é tudo.
Eu sou o disfarçado, a máscara insuspeita.
Entre o trivial e o vil m[inha] alma insatisfeita
Indescoberta passa, e para eles tem
Um outro aspecto, porque, vendo-o, não a vêem,
Porque adopto o seu gesto, afim que […]
Julga o vil que sou vil, e, porque não me
No meandro interior por onde é vil quem é
Julga-me o inábil na vileza que me vê.
Assim postiço igual dos inferiores meus,
Passo, príncipe oculto, alheio aos próprios véus,
Porque os véus que me impõe a urgência de viver,
São outro modo, e outra (...), e outro ser:
Porque não tenho a veste e a púrpura visível
Como régio meu ser não é aceite ou crível;
Mas como qualquer em meu gesto se trai
Da grandeza nativa que irreprimível sai
Um momento de si e assoma ao meu ser falso,
Isso, porque desmancha a inferioridade a que me alço,
Em vez de grande, surge aos outros inferior.
E aí no que me cerca o desconhecedor
Que me sente diferente e não me pode ver
Superior, julga-me abaixo do seu ser.
Mas eu guardo secreto e indiferente o vulto
Do meu régio futuro, o meu destino oculto
Aos olhos do Presente, o Futuro o escreveu
No Destino Essencial que fez meu ser ser eu.
Por isso indiferente entre os triviais e os vis
Passo, guardado em mim. Os olhares subtis
Apenas decompõem em postiças verdades
O que de mim se vê nas exterioridades.
Os que mais me conhecem ignoram-me de todo.
Voa minha ave
Voa sem parar
Viaja pra longe
Te encontrarei
Em algum lugar
Permaneço em ti
Como sempre foi
Mais perfeito e mais fiel
Mesmo sozinho sei que estás perto de mim
Quando triste olho pro céu
Quando eu te vi o sonho aconteceu
Quando eu te vi meu mundo amanheceu
Mas você partiu sem mim
E sei que estás em algum jardim
Entre as flores
Anjo, meu tão amado anjo
Bem sei que estás
E eu do brando sono hei de acordar
Para os teus olhos ver uma vez mais
O verdadeiro amor espera uma vez mais
Inda bem que existe a arte
Para nos dá liberdade
E também nos ajudar
A não morrer da verdade.
Santo Antônio do Salto da Onça/RN
A memória, afinal, é a sensação do passado... E toda a sensação é uma ilusão.
Somos todos mortais, com uma duração justa. Nunca maior ou menor. Alguns morrem logo que morrem, outros vivem um pouco, na memória dos que os viram e amaram; outros, ficam na memória da nação que os teve; alguns alcançam a memória da civilização que os possuiu; raros abrangem, de lado a lado, o lapso contrário de civilizações diferentes. Mas a todos cerca o abismo do tempo, que por fim os some, a todos come a fome do abismo, que o perene é um Desejo, e o eterno uma ilusão.
Pela seleção natural sempre prevaleceu os mais fortes e os mais bem adaptados.Hoje, por um momento, é possível observar também a seleção artificial, convivendo com os mais fracos e os mimizentos. Não me surpreenderia se, em breve, a modinha ficasse para trás, sendo retomada a exclusividade do modelo de sempre.
Quando nossa mente é ampla
Tudo então se torna pleno
E o que a gente fizer
Ninguém achará pequeno.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
13/06/2024
Cada mentira falada
A tendência é aumentar
E mesmo que você queira
Não conseguirás parar.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
13/06/2024
Tudo que a gente escreve
Ou algo que tenha dito
Eu acho quase impossível
Que alguém já não tenha escrito.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
13/06/2024
Todo mal que a gente faz
Haverá a consequência
E nunca acaba jamais
Virão outros na sequência.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
13/06/2024
O que vem do ser humano
Às vezes me dar receio
Mas olhando friamente
O que me vem né alheio.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
13/06/2024
Cada ser com sua mente
Errado ou sendo certinho
Cada um irá seguir
Pelo seu próprio caminho.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
13/06/2024
Se a gente for fazer algo
Estando de má vontade
O caminho a ser trilhado
Haverá dificuldade.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
23/06/2024
Às vezes os nossos hábitos
Que temos em quantidades
Nos faz fazer injustiças
E até mesmo maldades.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
13/06/2024
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp