Pescar
Na verdade só queria uma camionete pra rodar no campo
Pescar, caçar já não é mais tão importante e nem inteligente,
cultivar algumas plantas,
colher alguns frutos saldáveis,
Sentar na varanda de casa ao entardecer, ver o crepúsculo, quem sabe até conferir algumas estrelas e por que não tomar um bom bourbon do lado da mulher amada enquanto as crianças dormem, longe do caos das florestas de concreto e aço.
NÃO TRAGA PEIXE
Meu amor diz... Vá pescar...
Pode ir, vá!
Mas não traga peixe, para eu limpar.
Um certo dia, bem cedo, me levanto...
Pego as varas e os anzóis,
as iscas e as chumbadas, assoviando,
a moda da roda da ciranda, eu saio
com destino as águas, alagadas.
Lá, protegido pela sombra do meu chapéu
arrumo um lugar na margem do rio e me assento...
Desenrolo a linha com chumbada isco o anzol
com a minhoca toda torta e diante d'aquela miragem... Bum! Lá esta...
A paisagem ao meu redor, o rio em silencio
sobre seu leito estreito o reinar da calmaria.
Tudo que se ouvia, era o chilrear dos pássaros
e farfalhar do vento, sob as folhas...
Não via, mas sentia o tempo escorregando
pelas horas, e o movimentos dos ponteiros
indicando a distancia do dia.
Água passando, peixe nadando, anzol com
sua volta as voltas com o remanso das águas
nele... Uma minhoca e nada de peixe pegar!
Com muito custo e nada justo...
Pega um... Lá vem o peixe, dando rabanadas
saindo da água com suas escamas e fato
agora de fato vou embora e vou limpar.
Antonio Montes
*O meu pão e vício de cada dia
Não sei nadar
sem pescar folhas perfumadas de menta fresca
nas ondas saborosas da minha Via Láctea...
Não sei pular ondas
sem pintar faíscas coloridas como os vagalumes
na húmida penumbra dos campos floridos no meu Verão...
Não sei cantar sem pronunciar o doce eco da cantiga serena da alma nas alturas silenciosas do meu Himalaya...
Não sei escrever
sem manchar as brancas folhas mortas
com o batom vermelho da minha espada/caneta sanguinante...
Não sei existir na veia da palavra
sem ser o sangue da poesia...
Não sei me escrever Poesia sem me ler Alma.
“Para pescar outras oportunidades com a mesma isca, tenha fé, mude de lugar, acredite na lua e pare de vibrar coisas negativas.”
"Antes de pescar, alimente seus peixes. O mesmo acontece com as plantas, se quiser colhê-las, regue-as."
🔹️️História de um Pescador🔹️
"Um dia partiu para o Mar,
Para pescar Saudade,
Roubar a prata ao Luar,
E sonhar com Liberdade...
Ouviu cantares de Sereia,
Viu Gaivotas a voar
E a bela Lua cheia,
No seu barco a navegar...
Pescador de marés mansas,
E de praias de algodão,
Na proa, um leme de tranças
E cheiro a sal no porão...
Lança a rede no Azul,
Quando sopra o Vento Norte,
Depois remará para o Sul
Com uma estrela na Sorte...
No regresso trouxera a Esperânça,
E pedaços de Sol-posto
Mais um sonho de Criança
Com um sorriso no rosto...
Pescador da Madrugada
Com aromas de hortelã,
Buscará um novo rumo
No raiar de um Amanhã!"
In: Ruas Do Meu Destino
Quer saber qual a diferença entre a isca para matar e isca para alimentar? Primeiro procure os anzóis...
Vou lhes contar uma pequena historia que acontece em vários locais, e que nos faz escravos de algo, um passado, uma mentira, um acaso, pois bem: Haviam dois irmãos Breno e Bruna, e foram passar uns dias na casa no sitio do avós, Breno ganhou do seu avô um estilingue e Bruna ficava mais tempo com a avó. Certo dia, Breno ja estava craque no seu brinquedo, e resolveu mirar no pato que passeava no jardim, pimba bem na cabeça do bicho e o matou, assustado, Breno escondeu o pato, mas a sua irmã tinha visto tudo. No outro dia após almoçarem, a vó disse, Bruna vem me ajudar com a louça, e Bruna prontamente disse, "Vó, o Breno disse que esta com vontade de lavar toda a louça", e sussurrou no ouvido dele "eu sei sobre o pato" e Breno lavou a louça. No outro dia pela manhã, o Vô disse vamos pescar crianças? E a vó disse: preciso que a Bruna fique pra me ajudar aqui, e Bruna disse logo que o Breno não gosta de pescar e ele ficaria, e novamente sussurrou sobre o pato. Então ao saírem, Breno incomodado, falou: Vó eu sem querer matei o pato e me arrependo do que fiz, e a vó calmamente olhando para ele disse, eu Vi tudo da janela, Breno e esperei que você admitisse seu erro. e o abraçou e o libertou daquela culpa e escravidão que sua irmã estava lhe impondo. Então, isso é só uma historinha, mas DEUS esta sempre na "janela" nos observando tudo o que fazemos, Ele sabe tudo sobre a sua vida, passado, presente e lhe da caminhos para seu futuro. Não se deixe escravizar por coisas que não lhe fazem bem, não fique escravo de pessoas, modas, vaidades, orgulho, solte as correntes, tenha uma vida leve, Aprenda a perdoar e a pedir perdão, Aprenda a esquecer o que foi perdoado, já ouviu falar do mar do esquecimento, então é pra lá que vão as coisas perdoadas. Lembre-se que é pela graça e misericórdia de Deus que somos livres e poderemos ser salvos. Não seja como a Bruna da história e nem se escravize como o Breno. Deus te ama, use sempre da verdade, da sabedoria, tenha objetivos claros, seja manso, e com um coração cheio de amor ao próximo. Vale a pena.
Amanheceu
Nada pesquei
Parecia ser apenas mais um dia como qualquer outro
Estava cansado
Sem forças, desanimado
Decidido a largar tudo e parar
Um tal lugar
A noite caiu, mas nem tudo escureceu,
Minha mente, por exemplo, não emudeceu,
Insiste em me manter ligado e em mil coisas que já me aconteceu,
Mas preciso descansar, preciso dormir. O que fazer?
Entre as lembranças de criança, vou para beira de um riacho, com meu pai a pescar,
Lembro-me do som das águas, doce melodia naquele dia,
Lembro dos primeiros ensinamentos de meu pai, sobre como um peixe fisgar,
Mesmo embora depois de tantas tentativas, para casa voltar sem nenhum peixe levar,
Mas daquele dia não esqueci, ficar sentado à beira daquele riacho, com meu pai a conversar,
Doce lembrança desse dia de minha infância,
E assim, daquela paisagem a recordar, o sono chega de mansinho, só por lembrar-me da paz daquele lugar.
A. Cardoso
RECORDAÇÃO DO MEU TEMPO NO SERTÃO
Versão Urbana ou Pardal
Eu já fui Curió,
Que só vive no mato,
Não vive na cidade.
Hoje sou Pardal,
Que não vive no mato,
Só vive na cidade,
Por circunstâncias,
Ou por necessidade.
Acho que sou um Curial,
Mistura de Curió com Pardal.
Acho que sou um Pardió,
Mistura de Pardal com Curió.
Como não consigo definir,
Deixa assim que é melhor.
Vez em quando dói o coração,
Na cabeça vem recordação,
Do meu tempo no Sertão.
Quando não aguento a saudade,
Junto vara de pesca e carabina,
Deixo a cidade e vou pro sertão,
Pescá recordação e matá saudade.
Minhas filhas me dão tanta alegria,
Enviando fotos e vídeos de pescaria,
Ver os nétos aprendendo a usar vara,
Prá pesca lambari, bagre, lobó, piapara...
Não importa tipo e modelo de vara.
Nem espécie e tamanho de peixe,
Mas só a alegria de pescar,
Escutando seus pais falar:
Sobre catar e chupar guavira,
Guabiróba, guapeva, jaracatiá,
Coquinho pindó, macaúba, bocajá,
Comer marolo, goiabinha do campo,
Comer ariticum cagão,
Pouco prá não dar diarréia,
Comer jabuticaba do mato,
Pouca prá não entupir,
Tirar palmito, mel de európa e jatei...
Essas e muitas coisas que eu vivi...
Por isso é tanta recordação...
Quanta saudade do sertão...
Saudades dos parentes,
Povo bom e boa gente,
A grande maioria vivia,
Em sítios e fazendas,
Dentro dos sertões.
Longe das cidades.
Tantas recordações,
Quantas saudades...
Marsciano
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