Permanecer em Silencio
Tanta vida
O silêncio entra
tão profundo que
amordaça
os pensamentos
continuam
barulhentos.
Tanta vida
por aí,
estou silente,
talvez,
longe daqui.
Nasce e morre
O relógio solitário
com seus ponteiros
barulhentos mete medo
o silêncio não se cria
nasce e morre
nasce e morre
domina tudo
minha mente
minha concentração
desperta minha ira
e não se abala
tortura-me o cérebro
tic…
tac…
A pilha
(de nervos)
retiro
a vida serena
...adormeço.
Tempo ao tempo
No compasso das horas que flui
como um Rio que nunca é igual.
Em silêncio o tempo constrói,
estradas que levam ao essencial.
O tempo, sábio mestre,
revela o que é a verdade.
E as cicatrizes pelo caminho,
guardam marcas de adversidade.
A vida é um retrato,
uma tela a se pintar.
E a cada novo traço,
o destino a nos guiar.
E quando a pressa invadir,
e no peito a angústia arder.
Lembre-se que o tempo é sutil,
e ensina a arte de aprender.
E assim, semeamos esperanças,
Colhendo as mais belas lições.
O agora é um presente vivo,
Repleto de puras emoções.
Guardo tantos desejos no silêncio, ofuscados pelos planos que desenhei para um futuro maior. É como se, ao escolher um rumo, eu tivesse trancado portas para outras possibilidades, aceitando que nem tudo que quero cabe no caminho que tracei. Há uma sensação agridoce em saber que, para realizar algo grandioso, precisei/precisarei deixar para trás certas partes de mim - pedaços que permanecem ali, como ecos de um querer que escolhi não seguir.
"NÃO ESPERE BOM RESULTADO DAQUELE QUE TRABALHA EM SILÊNCIO, poucos são os que fazem coisas boas. O resultado apresentado pela maioria são vícios, e atitudes que atrasam a vida deles. Fique atento, acompanhando já é difícil, imagine a omissão"
Às vezes uma conversa resolve grandes problemas, mas às vezes o silêncio é o que resolve melhor, o discernimento é que dita a regra e o momento.
Dois de novembro
No silêncio íntimo que invade o Dia de Finados, a saudade se debruça. Ela não tem pressa, é senhora do seu próprio compasso. É o dia em que a ausência brinca de ser presença, quando os que partiram voltam, não em carne, mas em sopro, como se sempre estivessem apenas a um afago de distância.
Os túmulos não mentem. São declarações sem palavras de que o que foi vivido realmente existiu, confessando com a solidez do mármore que a vida é frágil e que o tempo é um rascunho rabiscado à pressa. Cada nome entalhado ascende, não como uma mera inscrição, mas como um feitiço sussurrado entre as frestas do esquecimento.
Nem toda ausência é tratada pelo tempo. O tempo não se compromete com permanências. Passa por nós sem desculpas, sem aviso, sem oferecer alívio. Quando alguém que amamos morre, morre também uma versão nossa. Deixamos de existir daquele jeito. É como ter sua casa assaltada por uma ausência. Por isso, não se deve apressar a dor de ninguém. No luto, não se questiona o amor por quem partiu. No luto, deixamos de nos amar, e voltar ao amor próprio demora. Deixe a pessoa doer.
O luto não passa; somos nós que passamos por ele. É um caminho de fragilidades. Não há como sair de uma dor caminhando. Precisamos engatinhar até voltar a firmar os pés novamente. E demora até que essa dor vire saudade. Demora até que essa saudade vire gratidão. A dor é solitária, e você tem todo o direito ao seu luto, mesmo depois da licença do outro acabar. Cada um tem seu tempo de digestão.
No murmúrio de uma prece, na chama vacilante de uma vela, reside a certeza de que, do outro lado do mistério, alguém sorri — os eternos hóspedes da eternidade. Hoje, flores são depositadas por mãos trêmulas de emoção. Mas não é o frescor das pétalas que importa, e sim o gesto. É flor de ir embora. É uma homenagem ao laço que nem a morte é capaz de desfazer.
Por muito tempo, caminhei sozinho, acostumado ao silêncio que ecoava dentro de mim. Mas então você chegou e tudo mudou. De repente, não era mais eu contra o mundo, era eu com você... Você se tornou meu grupo, meu refúgio, e a verdade é que eu daria tudo para proteger isso. Voltar ao que eu era antes? Impossível. Porque agora existe você.
O Olhar e o Silêncio
Queria poder não escrever nada
Apenas ficar olhando o horizonte
E você entendesse o que vejo
Sem lhe dizer uma única palavra.
O silêncio falaria por nós
O dia se despedindo à distância
A beleza exposta aos nossos olhos
Falando com calma, tocando a alma.
Pausa
Entre o som e o silêncio, a calma flui
A melodia repousa, e o dia se dilui
Respiro leve, em pausa na correria
A vida me chama no meio do caos
É preciso paz para alcançar a harmonia.
Em um Estado democrático constituído por classes antagônicas, o silêncio dos oprimidos é a negação ao seu direito de luta.
Diante de uma realidade social marcada pelas desigualdades e discriminação, o seu silêncio é a aceitação consciente do estado serviçal ao seu algoz, fruto de uma alienação construída paulatinamente, a qual você foi incorporando inconscientemente.
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É preciso redescobrir
O silêncio da tarde
Os passos pequenos
Desse longo caminho
Chamado beleza.
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