Perdoa Meu Coração
Quanto mais terei que perder ate que meu coração possa ser perdoado?
Quanta dor mais terei que passar pra te encontrar novamente?
Aqui dentro do meu peito bate um coração magoado, que não quer saber de amar, não quer perdoar, que de tantas decepções que já sofreu se cercou de espinhos e construiu em volta de si uma muralha indestrutível.
Eu mostro a ele a luz, e então esse coração se irradia de escuridão...
Se falo de esperança, ele me mostra as dores que já passou, e me diz que a solidão e a tristeza são suas aliadas...
Se tento mostrar amor, esse coração já transborda de rancores e ódio...
Construiu em volta de si essa muralha de desilusões e desamor, que nem mesmo o amor consegue derrubar...
Se fechou em si mesmo, os espinhos tomaram conta do lugar que um dia habitou flores...
Eu grito a ele que se dê uma nova chance, então me joga na cara todas as cicatrizes que possui, me mostra lembranças de um passado repleto de dores, e me diz aos gritos que perdeu a fé na humanidade...
Se desligou para sempre de toda a sua humildade, que não há lugar para os sentimentos que um dia possuiu, não tem acordo com esse coração traído, e então choro e sofro, digo que quero paz, neste instante o ódio me manifesta e zomba de mim, me mostra quantas vezes levantei a bandeira da paz e fui traída.
Tento uma conciliação, pois estou cansada dessa batalha infernal dentro de mim, nessa hora me faz recordar de todos os amores que tive e que me abandonaram, das vezes que acreditei na bondade e em troca recebi desprezo...
Me diz todos os dias que não deixará ninguém entrar, e aqueles que um dia ousaram habitar meu coração foram expulsos sem direito a nenhum retorno...
Transtornada pela dor que se apoderou de mim, continuo a insistir, mas logo sinto sua revolta e dispara a gritar que chega de se iludir, de achar que ainda uma luz poderá invadir suas muralhas, destruir sua cerca de espinhos e que um dia o amor poderá fazer ali sua morada.
Coração bandido! Incontrolável que se aliou as trevas, tento mostrar as coisas boas que um dia viveu, então me mostra lembranças piores de um mundo obscuro.
A minha alma se revolta e tenta apagar todo esse ódio dentro de meu peito, mas me recordo que sou culpada pois de tanto dar amor e não ser correspondida, sufoquei meu coração com ódio, e prometi nunca mais amar, e ainda tive como testemunha deste pacto todo o universo, e nesse dia jurei ser aliada das trevas...
Imploro por redenção, que preço terei que pagar pois desejo ter meus sentimentos devolvidos mesmo sabendo que talvez o meu destino seja sofrer por quem nunca mereceu meu amor.
Hoje navego num mar de rancores, sou naufraga do amor, por minha culpa pois ousei perder a luz que me guiava...
O amor!!!
ALUCINAÇÃO (soneto)
Perdoa-me, ó amor, por sonhar-te
Meu coração anda nu por te querer
Minh'alma te tens na razão pra valer
Pois, tu és no meu soneto dor e arte
Os meus olhos alucinam sem te ver
Nada vejo e, estás em qualquer parte
Nos meus desejos tornas-te encarte
De uma repetida narrativa, sem ser
A saudade faz loucuras que reparte
A alucinação de um mesmo sofrer
Pois tudo passa, e nada é descarte
E nestes rastros, sois o meu render
Frágil e também tão forte, dessarte!
Que me tem vivo neste túrbido viver...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
Obrigada por tudo, Deus, e se de alguma forma Te desiludi, perdoa o meu coração tonto, pois na minha alma permanece a luz com que me envolveste e na infância me protegeste.
Não rasgue meu coração, de me
absolvição, não relute!
Sei dos buracos que causei,
Estou aqui pra assumir que errei.
Tentei ser forte, ser grande,
Quis te fazer feliz.
Estenda suas mãos,
Estou aqui para te pedir perdão.
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