Perdição
Um girassol cor arco-íris
Por aí anda a menina de meus sonhos,
Por aí com meu coração na lança
A cada passo o perfunrando,
Coitado morrendo acordado
Me dê sua mão linda estrela,
Estrela que muda de posição,
Estrela arco-íris de meus sonhos
Em toda manhã surge da escuridão
Está luz linda que ofusca meus olhos
Castanhos e cansados
Sol me deixe bem,
Sol me conforte,
A lua não apareceu hoje...
Estou perdido sol,
Muito mais perdido que um girassol
Discípulo da chuva,
Muito mais perdido que um girassol
Beijando a lua.
Gregory Ryan (13/08/2018)
MAL DO SÉCULO
Estamos perdidos,
Nós viramos máquinas
Que estão sendo controladas
Pelo dinheiro, pelos status sociais.
Mas o pior de tudo
É que perdemos
A real essência da vida,
Não sabemos amar,
Desaprendemos respeitar o próximo,
Não valorizamos mais nossa família.
A cada dia ficamos mais gananciosos,
A cada mês nos preocupamos menos
Com as consequências dos nossos atos,
E a cada ano destruímos mais o nosso planeta!!!
Que mal fariam a Deus os nossos inocentes desejos?...Por que não merecemos nós o que tanta gente tem?
Quando chega a madrugada as prostitutas vestem as suas melhores roupas. Os drogados acedem seus cachimbos e iluminam a cidade como as velas em dia de finados. Nas madrugas, o Diabo adora brincar de esconde-esconde na cabeça dos perdidos.
Ela me fez da pior pessoa pra melhor, porém me transformou depois em mil vezes pior do que eu era, era foi minha salvação ou perdição?
(...)
Vaga a mente numa exaustão profunda e encontra o fim do que parece ser a tolerância, trama o plano de fundo fronteirando o inalcançável, segue o longo, estreito e profundo abismo estendido infinitamente sob o céu escarlate de poeira vermelha vagando com o vento seco levando consigo resquícios de esperança qual clama por seguir adiante e atravessar o desfiladeiro dos cânions abissais que cercam e emparedam-o aos cantos escuros das sombras geladas.
Teme os estrondos longínquos que vagam pela grande vala, das nuvens carregadas em algum lugar a despejar torrentes de águas a escavar e aprofundar valetas no solo que de tão seco não enxarca. Tempestades que ameaçam dar por fim um gole sedento e refrescante engolindo para o fundo dessa garganta todo irrelevante presente, presos, entalados, incapazes de se defenderem do tumultuoso reboliço gélido e embarrado da saliva secular que torna a jorrar dos céus para terra numa faxina destrutiva reiniciadoramente confortável.
O sol lá fora ferve e frita os que vagam num passeio infernal por entre as areias escaldantes e entorpecedoras, passos que levam o ser cada vez mais perto do fim de seus curtos tempos. Enquanto lá em cima desejam o fechar do tempo e o cair da chuva, aqui em baixo só se procura sentir novamente um confortável sopro de vento refrescante. Cansado de olhar para a silhueta das bordas do precipício, vaga procurando por algo caído, folhas, galhos, flores, sementes, qualquer coisa que alimente a esperança desconfiada da remota chance de sair dali, espera que esteja descendo rumo a um lago ou riacho, pelo menos o fim dessas paredes que o engolem mais a cada hora que passa, a cada passo que hora em hora ficam mais insensíveis à caminhada fatídica infindável do vale que engole a todos e digere até mesmo a sanidade.
Restos de carniça, abandonada, esquecida, refugada pelos livres urubus a voar tão alto que daqui parecem moscas no risco de céu que se vê. O derreter paciencioso da carcaça fedorenta vai sendo banqueteada calmamente por vermes lúgubres
habitantes isolados nesta garganta que a tudo abandona
deixa morrer
se findar
acabar
porque ela
final
não possui.
Desprovida de fim serpenteia a eterna víbora por entre o quente e desértico solo, rico em ausências e espaços, imensidões vazias que põe qualquer infeliz vivente à condenação de ser devorado mais pelo tempo que pelos vermes. Vastidão isolada de qualquer presença, tendo o uivar dos ventos no alto das entranhas como companhia, o aguardar paciente das aranhas em seus emaranhados nós tricotados com exímia destreza milenar, calmamente a espera de um inseto qualquer que por azar o destino lhe finda a vida neste fim de mundo enrolado numa teia tendo suas últimas lástimas ouvidas por um vagante tão azarado quanto ele que de tando andar no fundo do abismo já alucina e ouve lastimando a pequena criatura que alimenta o predador com suas energias, lembranças, sentimentos e sonhos nunca alcançados.
(...)
Bem-Vindo a Sua Casa
O inferno é agora
É aqui, é lá fora
Não importa, não demora
A carne sangra
E você não vai embora
Daqui ninguém sai
Nem de frente, nem de trás
A praia é rasa
Aqui, quase tudo e brasa
Os pássaros não têm asas
Aqui é o inferno
Bem-vindo a sua casa
Do livro Turbilhão de Emoções
Tem uma energia estranha. Vocês sentem isso? Vocês têm essa sensação avassaladora de morte e perdição? Ou sou apenas eu?
Pequeno Pedaço do Paraíso
Na praça reluzia o Sol nela
Em sua pele cor aço
Em sua pele cor pureza
Na minha enferma solidão
A passível alienação do amor
Em sua forma mais doentia e sinfônica
Tocava com afinação limpa em minha alma
Clareava tudo que sempre soube ser ruim
Toda a sujeira humana em seu estado mais imundo
Toda a podridão se quebrava nela e retornava as ruas
Era a intocada pelos falhos
A intocável cabelos cor sangue
A magnifica garota dos olhos de fogo
A inalcançável desejo dos homens
Restrito estou ao meu mundo
Pensamentos fluindo desenfreadamente
Em meu eufórico estado
Eu não posso vê-la; não posso; não possuo
Eu devo permanecer na inercia chata e segura
Portanto o inesperado há de acontecer e o anjo cai
Simplesmente ao meu alcance, sem esforço para tal
Eu ajudo-a sendo suas asas
Só para que voe para longe de mim mais uma vez
Cansaço e gradativa fadiga enche ao meu escritório
Me infla de pensamentos negativos como coelhos inofensivos
Mas não não não
Toda essa pressão se acumula
Não a ela
Ela rebate solenemente em mim
Paralisando-me
Acorrentando-me
Porque sabe que não posso tê-la
Certa noite
Ventava aos montes com possível precipitação
Gemia assoalho
Num súbito momento a estrela cai mais uma vez
Simplesmente não ao meu alcance apenas
Sim em meu mundo
O melancólico mundo do homem vitoriano
Dou boas vindas
Dou acesso ao seco e arranco-a da fria chuva
Entrego proteção em meu quarto
Jazia ela lá ao meu lado
Absorta em sua tola confiança
Absurdamente em um frenesi louco
Ela me encara com seus olhos escarlates
Observa bem dentro de mim num sussurro
“Alegra-te, pois sou sua realidade.
Sou o teu único desejo.”
A sensação do úmido toca o meu pescoço
O enregelado toque dela é o que me esquenta
O corpo magro quase sem peso algum sob o meu
E então dor
A primordial essência do prazer rasga o meu corpo
O cômodo girava girava
Eu gemia; Eu gritava aos quatro ventos
FELICIDADE estava em mim
Em meus braços ela me quebrava
Sugava meu ser com seu beijo cálido
Entreolhando-se éramos um
E eu sabia que afinal
O meu pequeno pedaço do Paraíso iria me destruir
Eu cantava meu próprio Mantra Mori
Sempre estive cantando
Sem ser ouvido
Sempre observando
Sem ser visto
“Apenas focamos em sua morte
Apenas queremos a sua morte
Apenas vemos beleza na morte
Apenas focamos em sua morte
Apenas queremos a sua morte
Apenas vemos beleza na morte’’
Enfim o mundo ruiu para dentro dela
Para nunca mais sentir nada.
Onde anda você?
a questão não é onde anda você, onde anda sua áurea, que só de olhos nos teus olhos podia ver todo o universo, onde anda toda essa sua graciosidade que a gente não vê, onde andam os primeiros amores, os cometas de dores, sua auréola já não é mais tão brilhante como antes, tudo que eu sinto é intenso porém distante e todo meu esforço é insignificante pra saber…onde anda você?
MEU BEIJO
Dentro da minha boca
Mora um beijo quente
Se um dia quiser prová-lo
Será seu o meu fogo
Só não me responsabilizo
Pela sua decepção
Ao encontrar nos meus lábios
As cicatrizes de um amor de perdição
Toda boca que beija
É capaz de morder
Sabe,
Meu beijo já deixou marca
De sangue em alguém
Mas se quiser provar também...
Quando sentir preguiça...
Pense, a preguiça fortalece os meus inimigos. E o meu maior inimigo sou eu, quando permito que a distração interfira no andamento de meus propósitos.
Ela é...
Ela é o calor, ela é o frio,
Nela vejo a primavera, com ela vi tempestades,
Bastou um olhar e a imortalidade nas minhas memorias ela conquistou,
Pele bem pintada, traços únicos, uma mulher vista como uma paisagem,
Ao toca-la, uma infinidade de emoções,
Ao senti-la, a perdição das razões, o começo de um mundo de loucuras sem fim...
Na minha solidão me encontrei, alcancei o autoconhecimento ao me conectar com o aqui e o agora. Nas profundezas me reencontrei, contudo, foi necessário o caos, e a temida perdição.
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