Perdeu uma Paixão
Escutei a tua voz saudosa
Tão modulada e clamorosa
O coração saltou pela boca
Apurou o meu paladar
Deu saudades das tuas prosas
E eu atenta a te escutar
Essa tua voz saída do fundo
Lá da garganta do coração
Colocou-me em flutuação
Se for pedir demais
Faça mesmo assim
Misture a tua pele morena
Com a minha cor de marfim
Já sabemos naquilo que resultará
No nosso amor gostoso, enfim.
Lírios amarelos enfeitavam
O jardim ao redor da guarda
O Lusitano exibindo o trote
O amor voltando a galope.
Vejo os rochedos
O pico iluminado
Tudo voltando a brilhar
Você voltando de vez para ficar.
A vida tem caminhos de porcelana
É preciso ter confiança
Iluminados pela esperança
A vida tem caminhos de pedras
Às vezes escorregadias
E também tem mil quimeras
A vida tem caminhos de areias
Que recebem marcas
Talvez de nem tantas belezas
Mas inundadas por grandezas
A vida e os seus caminhos
Que estão repletos de tramas
Que tecem mil famas
E outros enredos de mil dramas
Não se engane pelo poder
Não se intimide por ela
A vida é roda viva
Quando um se vai
O outro é que fica
Não te perturbe pelo poder
Não se ocupe por ele
Poder um dia a gente tem
No outro dia a gente perde
A vida existe para quem sabe viver.
Tu és;
Aquilo que sonhei
Tu fez;
Meu mundo girar
E aos poucos desabrochei
Tua cor;
Enche meus olhos de prazer
Teu sabor;
Comove todo o meu ser
Vou dizer;
Tenha liberdade enfim
Tua alma reina sobre mim
Não vou esperar de olhos fechados
Vou me alojar
No teu ser.
Toda a vez que eu fecho os olhos
É você quem vem à minha mente
Todas as manhãs quando acordo
É em você que eu penso
Me dê a liberdade de dizer
Que quando estou com você
Tudo se apaga
E seu sorriso é minha única morada
Então resolva meu problema
Fuja comigo e eu te mostrarei o quanto valeu a pena
Só nós dois contando as nuvens
Cantando como esperar faz alguém feliz
Eu já sabia que no fundo você sentia o mesmo que eu
Nossos corpos se completam
Nossas faces se atraem.
Olhe para mim. Eu coloquei essa pintura de guerra, mas por baixo eu estou com cicatrizes e com medo e carente e cansada e te amo.
A liberdade tem asas,
- ela pode voar
Ela tem asas de ouro,
À prova de desdouro.
Liberdade é um canto,
Que não há como calar,
Ela pertence ao ser humano,
Isso ninguém pode negar.
A liberdade ignora amarras,
- ela é constelação solar
Ela segue para todos os cantos
É livre para vivenciar – flutuar.
A liberdade é um mistério,
À prova de bala,
E de bomba a-tô-mica;
É beleza de gente indignada,
Que subverte a moral catatônica.
Existem pessoas que lutam
Pela liberdade,
E que depois passam a se identificar
com os seus algozes;
Assim, desse jeito, segue o triste
curso da História da [Humanidade.
Eu quero chegar perto de você,
Deixa, deixa, deixa...
Deixa eu chegar bem perto de você,
Não duvide o quanto espero,
- Por você! –
O destino bicho arisco,
Deixou- me no exílio,
Sem você, sem você, sem você...
Eu sou uma louca numa ilha,
Esperando uma mensagem,
vinda do teu oceano,
Dentro de uma garrafa,
uma mensagem de vidro,
Que não quebre,
E que fale de você
algo que fale sem dilema:
- um poema sem complicação
Um poema que fale de amor,
e que seja do tamanho
Do teu coração
- pura unção.
Perfume de terra,
aroma de vento,
Fortaleza de Rocha,
pétala de Rosa,
Querência briosa.
Deixa eu chegar perto de você
com o tamanho dos meus sonhos,
E com toda a minha coragem.
não desaparecerei na ventania,
Hei de ignorar a tempestade.
Eu juro! Eu existo, resisto
e não hesito em dizer:
- Eu não sou miragem,
e sim, o milagre nascido
da minha própria imaginação.
Hoje fui caminhar na praia,
Saí em busca dos teus olhos,
- lindos olhos cor de (a)mar,
Bastou as ondas para lembrar
Do teu jeito de me desalinhar.
Deste teu jeito de fotografar,
Em letras registrar,
- esse poema
Sobre a mesa de trabalho,
Estou a inundar-te...,
- tal como um estuário
Sou eu a te assanhar...
Eu na praia, e você aí,
Sobre a mesa de trabalho,
Eu sou o teu verso ordinário,
E também o teu verso oratório;
O teu desejo longe de ser transitório.
A madrugadinha
É uma felicidade
- Minha e tua -
Logo chega o logo
Bem de manhãzinha
- Manhosinha -
Depois da madrugadinha
- Carinhosinha -
Completamente tua e minha.
Percebo o amor chegando macio,
Bem devagarzinho, ao jeito,
Ao ponto de me fazer crer nele,
E no universo íntimo e acalorado.
Eu busco no calor das tuas mãos,
No aconchego das tuas letras,
Ser mulher, ser poesia e ser alma;
Ser tua – nua – e com muita calma.
Sinto como nunca tivesse ido,
Bem devagarzinho, ao ponto,
É o jeito de me fazer crer nele,
E no juramento sussurrado.
Eu busco no calor do teu peito,
O alento que só ele pode dar,
No ritmo do teu jeito de amar,
Não canso de te buscar...
Amar é condição que se assume,
- é sopro de vida – é existir;
Um doce viver para alguém,
É dádiva de querer além do Bem.
Amar é santidade,
- liberdade
De viver de eternidade.
Amar é sobriedade,
- liberdade
De viver além da felicidade.
Um poeta morre e nasce,
Sempre que escreve poesia,
E vai seguindo o curso da maré,
Ele reinventa,e sempre ressurge;
O poeta quando menos se espera,
- ele ressuscita
O poeta é feito de sangue, pó e ouro.
Um poeta se mata e ressuscita,
Sempre que declama poesia,
E vai seguindo o curso do rio,
Ele inventa, e surpreende;
O poeta não espera nada de ninguém,
- ele é eterno
O poeta é feito de amor, ódio e mistério.
Vocês não fazem a mínima ideia
do que é feito um poeta,
E muito menos como na vida
um poeta surge;
Portanto, desejo que todos vocês
vão para o Inferno!
Eu me encontro com você
Em todos os lugares,
Como o vento e as areias
Carregando as conchas,
- e as saudades;
Eu me encontro com você
Por todos os lugares,
De preces em preces
Em todos os altares.
Sou o total atrevimento,
E cortesã da sedução;
Nasci para ser a tua paixão.
Por isso eu me encontro com você,
Do jeito que nós dois sabemos,
- sempre confiantes
Em versos íntimos, e celebrantes;
E nos reversos radiosos do bailado,
Somos bons amantes – indecorosos,
É assim que nós somos amorosos:
cuidando um do outro
Como uma mina de diamantes.
O tempo nunca será maior,
Do que o amor,
O tempo é senhor,
Mas tem princípio, meio e fim;
O amor é a eternidade dizendo
Que tu nasceste para mim.
Dizem que o tempo corrói o amor,
Contesto o que dizem sobre o tempo!
O tempo é o tempero do amor,
Ele é aliado – inefável – e o faz superior;
Não vire as costas para o tempo,
Ele é quem ressuscita o amor.
O tempo é senhor de sabedoria,
Ele tem didática própria,
Para nos ensinar a escrever,
- a nossa história;
Nos tira a retórica,
E faz de nós amantes da vitória.
Beijo intensamente a tua boca
Com sede infinita,
De gentilmente tirar-lhe a roupa
E tato infindo,
Só para ver como sente,
Provocando infinitamente,
Para romper contigo as grinaldas,
Em versos e calmas,
-És o meu planetário!-
Inteligível rimário,
No teu coração,
E no canto do meu lábio.
Sinto infinitamente o teu corpo,
O teu sufoco,
De matar a tua fome,
Dessa vontade que não some,
Que de joelhos se dobre,
- e te sirva
Com toda loucura boa,
- e que excita
Montado em mim como numa popa.
Su'a doçura em minh’alma
Traz o mais santo e acalma
U’a luz que brota calma
Gravada está a su'a aura
De êxtase e súplica
Certeza prima
Razão última
Eloquente ternura
Provocada em mim
Somente por ti
Com aroma de sapoti
E saborosos beijos de pequi
Traze os dois hemisférios
E todos os mistérios
Das palavras e séculos
Embaladores dos cordões etéreos
A liberdade guia no escuro
Porque crês no augúrio
Que o nosso amor é puro
E que ele terá um lindo futuro.
O teu semblante moreno,
A tua pele perfumada,
A tua voz grave,
O teu ombro sereno,
Deixam-me extasiada
E não me deixam, sossegada;
Na verdade, não me abandonam.
A tua mão mansa,
Ainda em mim repousa,
Deixou-me feito louça,
Ainda me tempera,
Só de pensar, fico hipnotizada
Igual a serpente pelo encantador
Completamente amainada.
Quando chove é sempre assim,
Lembro a enorme falta que
- só você- faz para mim;
É um penar sem fim,
Mas com cheiro doce,
Cheiro seu, meu jardim,
Um anjo que faz falta, sim!
Amor, escuta o barulhinho:
é o vento anunciando...
Que estou voltando...,
Para ter o teu carinho,
Estou novamente no caminho,
Que eu estava quase deixando,
Pensei que havia esquecido,
Dos nossos planos constituídos,
Dos sonhos e dos corais,
Do nosso profundo oceano,
E dos beijos mais fatais...
Trago este rimário,
Meu relicário,
Abrigado no tempo,
-de volta-
Ao berço do amor,
O nosso templo
Com cheiro de flor
- por nós protegido-
Feito um sacrário.
Amor, escuta o barulhinho:
sou eu que acabei de chegar!
Eu nunca deveria ter ido,
Por isso resolvi voltar...,
Para nunca mais ir embora,
Para amá-lo com gala e glória,
Eternizar a nossa história,
Em linhas intimistas,
De épica em épica,
A batalha poética,
Que a minha ousadia penou,
Só para docemente te conquistar.
Dulcíssimo sonho de amor,
Sigo contigo com louvor,
O meu coração ainda estremece,
- Por ti, só por ti!-
Fui que eu te escolhi,
Entreguei o melhor de mim,
Para você eu só digo sim,
Meu doce serafim,
Quero você inteiro para mim.
Ainda há de pousares como
ave gentil em minha mão,
Quero o teu coração!...
Ainda hei de ser tua
com sutil destreza,
E com toda a grandeza...
Temos todas as potências,
Recebemos todas as clemências,
Deus sempre perdoa um amor,
Trago em mim a tua cor morena,
Divina miragem que não dissipa
- e ninguém apaga
Loucura serena que me excita,
- e me deixa suplicante
Vou fugir contigo para uma terra distante...
Há uma geração surgida em meio aos vazios da busca pela aceitação dos padrões impostos de beleza. Muita gente nunca está bem consigo por conta da insegurança que é supor que sua aparência não agrada. É complexo esse mundo das relações humanas de natureza sentimental. Muitos não estão à procura de uma boa companhia, estão à procura de um produto bonito que possam exibir. Muitas vezes, se preocupam somente com as aparências e não estão nem aí para os sentimentos. Esse comportamento, que estimula desejar ser quem não se é, motiva ter uma imagem, muitas vezes, distorcida da verdadeira. Motiva não se aceitar, por se achar descartável, feio ou rejeitável.
Uma imagem distorcida no reflexo do espelho, isso é o que muitos vêm: Traços indesejáveis de aparência e personalidade, que a sociedade endurecida pelo consumo das relações passageiras, não quer mais aceitar. O grande motor de tudo isso é o temor da solidão. Nos é cobrado ter centenas de amigos, redes sociais abarrotadas, bens, amores e beleza acima da média e com isso acabamos com medo da rejeição por não termos tudo aquilo que é exigido. O espelho muitas vezes assusta, nos mostra o que não queremos ver. Às vezes, esse mundo lá fora, egoísta, exigente e perfeitinho demais, é alimentado bem dentro de nós, sem a mínima necessidade.
Aceitar a aparência, o emprego ou a condição financeira não é obrigatório. Existem mil e uma maneiras de modifica-las. O que não se deve, é viver de reclamações e tristezas por tê-las. Aceite ou mude. A felicidade vai estar em uma dessas fases. Se a fase da mudança estiver difícil, comece pela fase da aceitação. É de lá que os primeiros vestígios de alegria plena e simples começam a surgir. Lá estão os primeiros passos para o “novo eu no espelho”. O amor-próprio não mora no reflexo, dentro de padrões ou no olhar dos outros. Ele nasce dentro do coração, cresce dentro da verdade e floresce dentro da própria alma. Há belezas extraordinárias dentro e fora de cada pessoa. Encontre a sua!
Floresça, também, fora do padrão!
As flores mais lindas florescem livres, nunca em jardins!
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp