Pequena Menina dos Olhos Castanhos
Tenho essa mania, anormal nos dias de hoje, de olhar nos olhos, falar o que sinto, demonstrar sentimentos e não temer a verdade, ainda que ela me dilacere o peito, ainda prefiro as verdades ditas olhos nos olhos. Ainda que eu esperneie, entre em dramas e queira sumir do mundo, prefiro as verdades, os sentimentos expostos, as claras. Depois costuro meus retalhos e sigo. É minha maneira usual de ser, de fazer, de sentir... meu costume, minhas regras. Mas se você já sabendo, desviar os olhos, deixar tuas juras mentirem para mim, vai saber que eu também sei fazer uma grande confusão: você nunca vai saber se me odeia ou me adora. Você nunca vai saber o que foi real ou ilusório.
Álcool e solidão
Pare!
Não me venha com o mar nos olhos
Suas mãos sujas e arrependimentos
Nem esmole desculpas com os lábios trêmulos
Conheço essa frase de perdão
Tu roubaste do meu livro de poemas
Pare!
Não tire as minhas flores favorita da bolsa
Nem pense em abrir esse vinho que adoro
Não faz sentido cantar a nossa música agora
Mande o motoboy voltar com a torta de maçã
Sua voz parece espinho no meu coração
Pare!
Abrirei a porta e quero minha chave de volta
Há um bar na esquina onde tocar Belchior
Reflita sobre a vida ao chamar o garçom
Por favor vá e leve o vinho tinto de nove dólares
Caso queira misturar álcool com solidão.
Karol lynieh
sonhar : sonhar é um ato que apenas um sonhador sabe simplifica é fechar os olhos e mesmo assim sentindo as emoções, é ver a plenitude de tal sentimento , é sentindo o sentindo de cada sonho mesmo quando se sonha sem fechar os olhos.
Me encontro livre
Procurando a minha estrela que nasceu
Me encontro livre
Guiado aos olhos de Deus.
Livre, porém cego!
Rodeado de pensamentos
Ó mente, não me maltrate essa noite.
Eu imploro!
Me encontro perdido na escuridão.
Corpo, alma e coração.
Três folhas, três passos. Um dia, Eterno.
Um caminho e um sonho.
Uma vida e um sopro!
Uma última oração, um único Deus.
Em minhas mãos, não entendo.
A minha própria mutilação!
Em pedaços, desisto, minha mente não me ouviu.
Em quatro segundos, me maltratou.
Ainda me encontrarei, livre.
~Madrevin
Sem Endereço
Seus olhos não estão mais aqui.
De azul só ficou o céu
sem assinatura.
Não, não há nada, cadáver
neste apartamento cego
de seu olhar
que lembre o outro
onde você correu
desde a menina do princípio
até o precipício da mulher final.
Aqui não há nada, cadáver:
somente sua voz sozinha
e gravada – em off
que faz com que qualquer coisa
das que foram suas
ganhe corpo, sopro, retrato
enquanto escutamos
o repetido ataque de sua voz.
PRESENÇA
Quando os olhos arremesso no outrora
De quanto amei me acho privilegiado
Vejo que tudo foi agrado no passado
Que toda a prova uma cortês aurora
Sempre na mais pura sentimental hora
Tudo que dadivava, mais apaixonado
Dor, choro, lamento, deixava de lado
Asilando, então, na caixa de pandora
Os castelos aprumados, o firmamento
Na sensação mais bela e alta os erguia
E, assim, os via tão cheios de portento
Que carinhoso ganho faz a companhia
Pois, tudo é tão maior, maior o contento
Triste a hipocrisia, que faz a alma vazia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/11/2020, 19’43” – Triângulo Mineiro
Prateleira da vida.
Diante dos meus olhos...
Uma prateleira....
Peguei alguns cadernos...
E coloquei em cima de minha mesa....
Cadernos pequenos...
Cadernetas de muitas anotações...
E relendo...
Tive algumas surpresas...
Chegou ali algumas visitas...
E me perguntaram...
Por qual motivo eu guardava tudo aquilo de cadernos e cadernetas...
De modo educado repondi eu:
Isso tudo...
Foram os dias meus..
Escrevi minha história...
Dias de Glórias...
Escrevi dores...
Escrevi amores...
Aqui tem de tudo....
Cada linha dessas folhas...
Existem traços dem mim....
Todas as vezes...
Escrevia calado...
Escrevia chorando...
Escrevia sorrindo....
Até sonhando eu escrevia...
De tudo isso...
São valiosas lembranças minhas...
Na vida...
Não estudei...
Tive oportunidades sim..
E não nego...
Mas estudei pouco...
A necessidade falou alto...
E fui em busca do pão...
Mais dias após dias...
Eu decorava...
Chegava em casa...
E nessas linhas eu deixava grafado...
Muitas vezes escrevendo...
Até dormia em fazer meus diários...
Trabalho árduo....
Quase nem dormir direito eu conseguia...
Ah...
Tenho essas canetas nessa gaveta também.
Pois é...
São elas que ganhou pernas nessas folhas...
Umas ja nem funcionam mais...
A tinta ressecou....
Riscos e rabiscos...
Borrões e mais borrões.....
Sempre soube que guardando...
Poderia eu um dia...
Reviver essas estradas po onde essas canetas andou...
Gemidos...
Nossa...
Não foram poucos...
Até hoje...
Eles eoam dentro de mim...
E colocarei tudo isso em breve...
Em um mural por aí...
Se hoje eu escrevo ainda...
É porque ainda não me descolei dessas canetas....
E essas folhas que ainda me restam...
Elas podem definir meu destino...
Quem sabe posso ser um Poeta de verdade...
Caso alguém me consagre como escritor...
Terei um diploma...
E guardarei com carinho....
Será um quadro nas paredes do meu olhar...
E cada vez que eu olhar pra esse quadro..
Lembrarei...
Que foi sempre escrevendo minha história....
Que tornei...
Um Poeta Voador...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Inspirado.
Na canção.
O carro e a faculdade.
ESBOÇO
Olhos amendoados, nariz
arrebitado
lábios finos, cerrados.
Queixo voltado para cima,
cabelos que a tudo enfeitam.
Pescoço longo, jeito de mulher
sedutora e carinhosa.
Rosto e corpo, se completam,
como um bouquet de rosa.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. RJ
Membro Honorário da Academia sw letras do Brasil
Membro da U.B.E
Se importe com o que você pensa, escute a sua voz mais interna e faça isso de olhos fechados não se surpreenda se perceber que é a voz de Deus!
Chorar é bom pra jogar fora os problemas, mas sentir o alívio dos ventos em seus olhos inchados é melhor ainda.
Admiro a paciência do feto
Respeito o desespero do reto
E da boca que mente
E dos olhos julgadores
Nem quero ficar por perto
Agora, me beije, amor
BOM DIA!
Quando a saudade no peito bater,
esquece a distância e disfarça:
fecha teus olhos pra me ver,
abre teus braços e me abraça.
Do outro lado do meu espelho.
Um secreto sentimento diferente...
Tudo que meus olhos fitam...
Tudo neles refletem...
No Reflexo...
Um desnudo...
Com isso...
Faço escancarar em minha face...
Do outro lado do espelho...
Uma imagem...
No fundo do espelho
Um interior machucado...
A penetração de meus olhos...
E de profunda imensidão...
Os anseios falam alto...
E aos poucos...
Em minha alma se escondem...
Atravez do meu fitar...
Vejo o luar...
A reflexão é espontãnea...
Ela diz tim tim por tim tim....
Até os pontos e virgulas....
O certo...
E o errado...
Ilustrando o Ser que sou...
De repente....
Vejo um Poeta aprendiz...
Que mal sabe ainda escrever...
Apenas inspirações vagam em minha mente....
A dor...
Se torna uma companheira....
Aos poucos nem sinto mais nada....
Entre trilhas...
Nem sei se pisei em roseiras espinhosas...
Mas fiz de tudo...
Pelo menos pra não derrubar as rosas....
Eu sei que se eu fizer isso....
Precisarei voltar e sugar o nectar de cada flor....
Pois a fome e a sede não dói na barriga....
Mas sim...
Na Alma...
Deixo o medo de lado....
Calço o sapato de aço pra não me furar....
Eu sinto que preciso tudo isso em mim contemplar....
A bruta atenção...
Cada segundo é mais que necessário....
Assumo meu papel....
E piso sereno....
Uso o velho ditado....
"Todo cuidado é pouco"
Pisando em olha seca...
Vou com cuidado absoluto....
E não faço barulho....
E todo meu sofrer desaparece instantâneamente....
Sou eu....
Que grito e apenas eu posso ouvir...
Pronto pra aguentar qualquer ventania....
Isso é ser covarde....?
Não...
Não absolutamente....
Apenas tento manter minha mente preparada pra tudo....
Vai doer um dia...?
Ah se vai....
Mas a medicina natural está aqui empregnada na alma...
"A Fé"..
E dela eu não posso me afastar...
As asas...
São únicas....
E é com elas....
Que vou além do meu imaginário....
E tudo posso naquele que me fortalece...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
TURRA
Que desmedidas saudades se formaram
Sob os olhos da lembrança. Imensa hora!
Em que o silêncio surgiu! Funesta aurora!
Que amargas lágrimas na face escoaram
Falta, que o peito rasgado, amortalharam
Que aflitivos suspiram, e a saída implora
Chora, e das tétricas angustias brotaram
Pra abraçar a sofreguidão que vive agora
Depois uma sensação em treva chorando
E o passado em sombras, que não partiu
Morre, nasce, seca, flora. Flagelo infando!
Até quando o sentir no que já separou
És emoção que o flagelo empederniu
Ou turra viva do amor que não acabou?
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/11/2020, 15’15” – Triângulo Mineiro
Da minha janela....
Vejo um horizonte....
E ilegivel aos olhos de quem filma....
Lar....
Doce Lar....
Um horizonte moldado....
Um vasto campo não explorado....
Pra definir o que está oculto....
É impossivel decifrar o Amanhã....
Expresso aqui...
Uma visão da alma...
Ou a visão carnal....
A da alma....?
Só Criador é capaz de nos dizer...
A visão da carne....?
Dividem em milhares de opiniões....
Daquilo que aprendi quando criança....
Familia e amigos....
Um convivio diferente....
A reciprocidade.....
Procede e concede....
Ao Espirito do Saber....
Amor e suas essências.....
Acompanham o perfume no ar....
Que faz chegar aos pensamentos humanos.....
E é decifrado em bilhões de opiniões....
Nosso cerebro.....
É um lugar onde se constrói o molde do nosso Amanhã.....
Cada coração tem sua porta....
Dando passagem daquilo quem vem a cada momento....
Fazendo de cada um seu próprio caminho.....
Nesse convívio....
Muitos acham impossivel.....
Mas por trás das coxias teatrais...
Existe no fundo...
Um mundo oculto....
E por trás dessas coxias...
Um mundo Real...
E ao mesmo tempo irreal....
Onde vive...
A razâo..
A ilusão...
A emoçâo....
E lágrimas que descem....
Molhando sem molhar...
Que após algum tempo....
As cortinas se abrem....
E do lado de fora....
Cada opinião vai criando sua ilusão...
Muitos não sabem.....
Mas como proceder com tudo isso....?
A infância vivida....?
Uma educação adequada...?
Um caminho moldado pelo tempo....?
Onde a decência ou a indecência falará...?
Trago um afeto dos meus pais...
Que deixo Grifado nesse Poema....
O que eu vivi até aqui....
Foi apenas uma personalidade construida por um calor de corpos....
Papai e mamâe....
São os únicos a quem devo daquilo que sou hoje....
E com minhas proprias pernas...
Fiz minha estrada....
Que pelo tempo...
Os ventos trouxe a mim aquilo que sou...
E arquitetei ao passar dos anos meu teatro...
Agora pela janela....
Vejo um mundo transformado.....
Se fui um excluso....
Ou embutido nessa sociedade de desigualdade.....
Eu tive a liberdde de escolher...
Ou escolheram por mim e eu não percebi....
Sem dando liberdade....
A invasão de maus intrusos.....
Causando-me sufoco sem eu sentir...
Mas com o Espirito da sabedoria....
O que era Elos....
Formando uma corrente do mal...
Ou cordas atadas tentando-me aprisionar...
Arrebentei uma a uma....
O significado de estar livre....
No lar....
Na rua....
Ou preso....
Mesmo estando lá fora....
Dessa verdade....
Ainda sou um aprendiz
Apesar da opressão.....
Me atrevo a cada dia.....
Ser mais que atrevido....
E não permito jamais....
Que vem alguém tirar-me a visão do horizonte....
Que esta janela....
É apenas minha....
E dela...
Tudo posso ver....
Buscando no âmago da minha alma....
O Espirito do Saber....
Autor :José Ricardo
(Direitos reservados)
"Respeitem a autoria"
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