Pensei em Ti Poema
POEMA: A vida do índio
O índio lutador,
Tem sempre uma história pra contar.
Coisas da sua vida,
Que ele não há de negar.
A vida é de sofrimento,
E eu preciso recuperar.
Eu luto por minha terra,
Por que ela me pertence.
Ela é minha mãe,
E faz feliz muita gente.
Ela tudo nós dar,
Se plantarmos a semente.
A minha luta é grande,
Não sei quando vai terminar.
Eu não desisto dos meus sonhos,
E sei quando vou encontrar.
A felicidade de um povo,
Que vive a sonhar.
Ser índio não é fácil,
Mas eles têm que entender.
Que somos índios guerreiros.
E lutamos pra vencer.
Temos que buscar a paz,
E ver nosso povo crescer.
Orgulho-me de ser índio,
E tenho cultura pra exibir.
Luto por meus ideais,
E nunca vou desistir.
Sou Pataxó Hãhãhãe,
E tenho muito que expandir.
Poema-Carta Secreta
Guardei comigo um mapa inacabado,
um traço faltando,
um silêncio pesado.
No tempo que fugiu,
não te dei a flor prometida.
Deixei-a murchar no bolso da covardia,
mas nunca a perdi.
Você foi farol e ausência,
caminho e desvio,
mar que chamava sem resposta.
Hoje não trago a mais rara das flores,
trago a que sobreviveu no deserto dos anos,
a que resistiu às estações
e ainda guarda teu nome nos espinhos.
Entrego-a não para voltar ao início,
mas para selar o destino.
Cumpro, enfim, o que ficou suspenso,
e te digo:
se a vida não nos der outra temporada,
no papel já nos dei uma eternidade,
uma versão melhor de ti e de mim.
Poema de Bob Marley.
É estranho tentar simplificar o amor
Tem tantas definições
Mas eu ainda uso a definição dada por Bob Marley.... Letícia!
Poema Melancólico – Hemorragia da Alma
Eu te amei com uma fidelidade ingênua,
daquelas que a gente oferta sem cautela,
como quem deposita o coração inteiro
numa promessa frágil, de aparência tão bela.
Mas tu eras narcísica inconstância,
um vazio requintado em forma de gente,
um afeto de porcelana: vistoso,
mas que se estilhaça facilmente.
Eu, tolo, fiz vigília sobre teus silêncios,
buscando migalhas onde só havia desdém.
E cada gesto teu — tão miúdo, tão ínfimo —
era um corte discreto, mas profundo também.
Hoje trago no peito essa hemorragia etérea,
sangramento que não se vê, mas consome.
Um padecer sem alarde, clandestino,
que corrói o que resta do meu nome.
E percebo, enfim, com amarga lucidez,
que o amor que te dei, vasto, plúmbeo, inteiro,
não foi capaz de redimir tua secura,
nem de salvar meu próprio travesseiro.
Resta-me agora a cura lenta e austera:
recolher meus cacos com serenidade tardia,
e permitir que o tempo, senhor indulgente,
estanque o que sobra dessa triste hemorragia.
✍🏽 Poema: “Na Ilusão Desse Poema Transformei Lágrimas em Sangue”
Na ilusão desse poema,
Transformei lágrimas em sangue,
Escrevi com a ponta do peito aberto,
Rasguei promessas,
Engoli silêncios,
E deixei que a dor rimasse por mim.
Cada verso é uma ferida que não cicatriza,
Cada estrofe, um gole amargo de solidão,
Mas mesmo assim escrevo,
Porque se eu não sangrar no papel,
Eu transbordo nas ruas.
— Valter Martins / Santo da Favela
Não há nada mais gostoso do que
um beijo inesperado, um amor declarado,
um poema inesperado, flores ganhadas no
portão, bilhetinhos de carinho, recadinhos
no celular...
Ainda ha quem gosta de romantismos,
palavras doces e juras de amor.
-------------------------Eliana Angel Wolf
Que todos os nossos dias,
sejam feitos de amor.
Tal qual verso de um poema
que encanta o admirador,
que no amanhecer divino
contempla o desabrochar de uma flor.
Que observa ao longe, na mais pura essência o canto de um beija flor.
Assim como o amor.
Que faz o sorriso resplandecer quando a noite as estrelas iluminam os caminhos para que eu possa encontrar você, e no teu abraço sintas meu coração te acolher.
Sejamos o amor, que é força e nos faz despertar do sono para nossos sonhos viver.
Penso em ti e dentro de mim estou completa. (...) Penso em ti, murmuro o teu nome; e não sou eu: sou feliz.
Me destes tanto de ti nas pequenas coisas que me sinto quase no direito de esperar tua compreensão nas grande.
Toma para ti a sabedoria do esportista que sabe que o campeonato não é vencido apenas na partida final, mas dia após dia, um jogo após o outro...
Preciso que saiba: nunca deixarei de pensar em você, porque você foi o amor menos elaborado que tive, menos politicamente correto, menos “o cara certo na hora certa”, menos criado no cativeiro da idealização, e essa impossibilidade de intelectualizar o que senti me faz pensar que talvez eu não estivesse enganada sobre aquela ideia romântica de que só se ama assim uma vez.
Não consigo me acostumar a ti, meu companheiro de caminhada que levo em meu pulso. Tua verdade é brutal. Cospes os segundos como balas de uma metralhadora. E teu arsenal é suficiente para te servir, leviano Nada.
Teus números são os números de mortos. Teu pulsar é frio como a foice.
Só mais uma coisa. Não te preocupes tanto com o que acham de ti. Quem geralmente acha não achou nem sabe ver a beleza dos avessos que nem sempre tu revelas.
Tenho ciúme de ti. Não te amaria tanto se eu não tivesse. Por isto quando eu estiver com ciúme de ti, não te aborrece: ama-me com todo o sentimento, porque é isto que meu coração apetece.
E como não me embriagar de ti? Como evitar que teu amor me consuma e me enlouqueça? Estou lhe implorando pelas respostas. As procuro em cada esquina, em cada beco esquecido. Já as procurei em garrafas, já as encontrei no fundo de um copo. Busco pelo conforto, pela calmaria e até pelo esquecimento. Corro ao encontro do meu amor próprio. Desvio das promessas, das juras de amor, dos planos e até dos sentimentos. Esbarro no seu olhar que volta a me invadir trazendo sua devastação. Aperto os olhos e lhe empurro para longe rezando para que tu não voltes. Permita-me a felicidade. Largue-me. Reviva-me se for possível e saia de perto para que o efeito dure.
Faltava-lhe o jeito de se ajeitar. Só vagamente tomava conhecimento da espécie de ausência que tinha de si em si mesma.
