Pensamentos de Franz Kafka

Deus nos dá nozes, mas não as abre.

O mal é aquilo que nos distrai.

Às vezes soluciono os problemas deixando que eles me devorem.

Só tenho um sentimento verdadeiro de mim mesmo quando me sinto insuportavelmente triste.

O homem não está condenado à morte, está condenado a viver.

Um escritor que não escreve é, na verdade, um monstro que corteja a insanidade.

Trago as grades dentro de mim.

Eu preciso da solidão para a minha escrita; não como a de um ermitão — isso não seria o suficiente — mas como a de um homem morto.

A amargura de um homem é, com frequência, o aturdimento petrificado de uma criança.

Um primeiro sinal do início do conhecimento é o desejo de morrer.

Tento constantemente comunicar algo incomunicável, explicar algo inexplicável, falar de algo que sinto apenas em meus ossos e que só pode ser experimentado nestes ossos…

A literatura é sempre uma expedição à verdade.

Um quadro de minha existência mostraria uma inútil estaca de madeira coberta de neve, cravada, numa escura noite de inverno, inclinada e sem muita firmeza, num campo lavrado à beira de uma imensa planície.

Há dois pecados capitais no homem, dos quais se originam todos os demais: a impaciência e a indolência.

Existe uma meta, mas não há caminho; o que chamamos caminho não passa de hesitação.

Há problemas que jamais teríamos resolvido se realmente fossem nossos.

O importante é transformar a paixão em caráter.

"Nossa salvação é a morte, mas não esta".

(O aforismo mostra nossa possibilidade de morrer e renascer no decorrer de uma mesma vida.)

Ninguém que creia de verdade viverá milagres. De dia não se veem as estrelas.

Na embriaguez, como na morte, não se pode ser substituído”.