Pensamentos de Faculdade de Direito

A liberdade é, antes de tudo, o direito à desigualdade.

Um homem não pode abandonar o direito de resistir àqueles que o atacam com força para lhe retirar a vida.

Todos têm direito de se enganar nas suas opiniões. Mas ninguém tem o direito de se enganar nos fatos.

A justiça é o direito do mais fraco.

Se eu não tenho sobre mim próprio o direito de matar, quem o concedeu à sociedade?

Tais são os preceitos do direito: viver honestamente, não ofender ninguém, dar a cada um o que lhe pertence.

Nossa liberdade fundamental é o direito e o poder de decidir como qualquer pessoa ou qualquer coisa fora de nós nos afetará.

O nosso direito de consumir felicidade sem produzi-la não é maior do que o de consumir riquezas sem produzi-las.

Toda a tolerância se torna, com o tempo, num direito adquirido.

Somente a obediência é que dá direito ao mando.

Quando perdemos o direito de ser diferentes, perdemos o privilégio de ser livres.

A tradição não é dada por direito de herança, e, se a quiser, é preciso muito trabalho para a obter.

Basta sentir que se poderia viver sem escrever para já não se ter o direito de fazê-lo.

Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.

É "de esquerda" ser a favor do aborto e contra a pena de morte, enquanto direitistas defendem o direito do feto à vida, porque é sagrada, e o direito do Estado de matá-lo se ele der errado.

A mulher mais ciumenta é talvez a que mais facilmente atraiçoa o marido e menos tolera que ele a atraiçoe. Porque o ciúme é a afirmação de um direito de propriedade. E esse direito reforça-se com a traição dela e diminui-se com a dele.

Aqueles a quem amamos têm todos os direitos sobre nós, até o de deixarem de nos amar.

O único fim dos tribunais é o de manter a sociedade no seu estado atual.

A inteligência é a faculdade com o auxílio da qual compreendemos por fim que tudo é incompreensível.

A consciência é a faculdade que o homem tem de contemplar quanto se passa no seu íntimo, assistir à própria existência, ser, por assim dizer, espectador de si próprio.