Pensamentos de Aristoteles sobre Teimosia

Não há escravidão pior que a dos vícios e das paixões.

Quem não sabe nada, seja ele senhor ou príncipe, deve ser incluído no número das pessoas vulgares.

Uma coisa não é justa porque é lei, mas deve ser lei porque é justa.

O receio aumenta-nos os desgostos, tal como os desejos os prazeres.

O poder é uma ação, e o princípio eletivo é o da discussão. Não há política possível com uma discussão permanente.

Quem muito nos festeja, alguma coisa de nós deseja.

Queixam-se muitos de pouco dinheiro, outros de pouca sorte, alguns de pouca memória, nenhum de pouco juízo.

Um homem só está seguro daquilo que possui.

Deus, arquitecto do universo, proibiu o homem de provar os frutos da árvore da ciência, como se a ciência fosse um veneno para a felicidade.

Tendo a ser, mas pouco:
resta ainda um tempo
que me espera e reclama.

Felicidade, árvore frondosa de dourados pomos. Existe, sim, mas nós nunca a encontramos porque ela está sempre apenas onde nós a pomos, e nunca a pomos onde nós estamos.

Querendo prevenir males de ordinário contingente, o homem prudente vive sempre em tortura, gozando menos do presente do que sofre no futuro.

Pouco saber exalta o nosso amor-próprio, muito saber humilha-o.

Não pode haver glória onde não existe virtude.

Virtude invejada é duas vezes virtude.

O fraco ofendido desabafa maldizendo.

Amai o que jamais se verá duas vezes.

A ignorância que se conhece, se julga e se condena não é uma ignorância completa: para que o seja, é preciso que se ignore a si mesma.

A alma dos imperadores e dos sapateiros são tiradas do mesmo molde.

O homem não é bom nem mau, nasce com instintos e aptidões.