Pensadores Iluministas
E as paixões que Pascal condenava, em primeiro lugar o amor-próprio, não são no homem simples aberrações porque o movem a agir, visto que o homem é feito para a ação.
Usamos nossas idéias meramente para racionalizar nosso mal, e a fala meramente para ocultar nossas idéias.
[As paixões] são como ventos que enfunam as velas do barco. Elas o submergem às vezes, mas sem elas não se poderia singrar. A bílis o torna colérico e doente, mas sem a bílis o homem não poderia viver. Tudo é perigoso neste mundo e tudo é necessário.
O milagre é o evento excepcional que contraria o decreto eterno de Deus, isto é, as leis da Natureza.
E como as coisas que podem ser imaginadas facilmente são mais agradáveis do que as outras, os homens preferem a ordenação à confusão, como se a ordenação fosse algo que, independentemente da nossa imaginação, existisse na natureza;
Aquele que tem pouco conhecimento chama de milagre os eventos extraordinários da natureza.
1632/1677
“Os homens enganam-se quando se acreditam livres; essa opinião consiste apenas em que eles estão conscientes das suas acções e ignorantes relativamente às causas pelas quais são determinadas.”
Na mente não há absolutos ou livre arbítrio; a mente é determinada pra desejar isto ou aquilo por uma causa, que foi determinado por outra causa, e esta ultima por outra causa que antecede, e isto se prolonga pelo infinito.
Essa realização nos ensina a não odiar a ninguém, a não desprezar ninguém, a não zombar de ninguém, a não ficar bravo com ninguém e a não invejar ninguém.