Peito Apertado

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A Crueldade da Poesia


A poesia me abriu o peito
e pediu meu sangue.
Quando a entreguei,
ela leu em silêncio, sorriu
e foi embora.


Fiquei ali,
com o coração pingando,
verbo amputado, sem sentido,
entendendo — tarde demais —
que a poesia não consola,
nem o poeta, nem a musa.
Poeta não é herói:
ela o consome,
o destrói.

Na aurora clara, o pássaro canta,
Seu peito vibra, a alma encanta.
Mas na gaiola, o som se esvai,
Um grito mudo que pelo vento se vai.


As asas pedem um céu azul,
O voo livre, do horizonte ao sul.
Cada grade é uma lágrima presa em si.
Roubam-lhe o sol, a natureza.


Liberdade é vida, é voar muito além,
Sentir o vento, o mundo também.
Que as gaiolas se abram, deixando todos partir
Pois o pássaro nasceram para voar e existir.”

Repousa em mim
Vive em mim
Passa outra noite aqui.
Aqueça esse peito
Que só bate assim por ti...

Aos poucos, o coração vai se ajeitando.
O sorriso volta, a esperança se assenta de novo no peito, e a vida, teimosa e linda, floresce onde parecia ter só cansaço.

Soneto do jardim

Você levou a melhor parte de mim

Por outro lado deixou no meu peito

Um belo, grande e lindo jardim

Lugar onde faço do amor meu leito



Vejo flores por todos os lados

Porém, em toda rosa há seus espinhos

Por isso, ando com todos os cuidados

Procurando você por todos os caminhos



Amo-te mais do que tudo

Sinto sua falta quando não te vejo

Conto os segundos para teu perfume aspirar



Infelizmente, na vida há algum contudo

Você é o que mais desejo

Como a mulher para a vida compartilhar

“A vaidade é a bala que o orgulho dispara no próprio peito.”

Ferir por dentro


Dói acordar com o peito em pedaços.
Dói sorrir quando o coração sangra.
Ninguém vê a batalha escondida,
apenas a máscara que disfarça.
O silêncio engole o grito,
e a alma arde em segredo.
Ser forte não é não sentir,
é continuar de pé,
mesmo sangrando por dentro


Naldha Alves

Imigrar é trocar de solo sem perder as raízes, é levar a pátria no peito e semear novas histórias em outras terras.

“As coisas pequenas não prometem nada — e é por isso que, quando somem, deixam um buraco no peito que o tempo não tem coragem de preencher.”

Ah, se vocês soubessem

da poesia que trago em meu peito

Eu poderia rimar com bandido

este peito...

E com poeta menino

o Universo!

Ah, se vocês soubessem

da poesia que este menino

carrega em seu peito!...

Então se explicaria

toda esta rebeldia

e este não aceitar

e este sonhar encantos...

Todos se comoveriam...

Finalmente desobscurecidos!

Saberiam o motivo de sua dor

e como seu coração é

de vendaval e fogo!

Perdoariam sim, tanta irreverência...

Tanta sapiência

e impaciência...

Que só poderia dar em dor!

Neste mundo onde o "certo"

é o "errado"

O "sagrado"

é o "profano"...

Ele sabe de histórias, meu Deus!

Tão antigas quanto o tempo!...

E tem fé na vida

e tem sorte, sim!

O saber sentir,

lhe é um privilégio

E o martírio santo de ser poeta

uma dádiva e uma nova chance!

Imaginem só!

Ninguém pode escutar

a sua voz

Ninguém ousa desatar

os seus nós

E seus rótulos todos

já estão vencidos!

E se no abismo a vida se desfazer,
e a própria morte em trevas me alcançar,
levarei no peito a dor que não se amansa:
carregarei a obscura cicatriz da tua rejeitância.

Há quem carregue a chama no peito, mas se contenha por medo de se queimar.

Em Salvador é verão
Faz tanto calor...
Mas nada aquece o sangue
Que vai pro meu peito.
Só queria te ver...
Mas sei que é improvável
É impossível.

"Quando um homem carrega amor no peito, ele aguenta o mundo nas costas — e ninguém vê o peso."

Amar é deixar ir. É saber que no peito,
O que foi puro, o tempo não desfaz.
A família que não foi, o futuro imperfeito,
Não apagam a luz que em minha alma faz.
Sigo em frente, mas a memória te guarda,
Pois o primeiro amor, a alma nunca descarta.

Guardo no peito uma esperança bonita, de que Deus ouvirá as minhas preces.Mesmo em silêncio, ele sussurra baixinho, não temas, eu estou contiigo, e a benção que vou te entregar, vai te deixar muito feliz.
Amém!

MINHA BOÊMIA


Boêmio,
Que anda sem pressa,
Sentindo o chão,
Peito aberto e o copo na mão,
Gole de cana,
Verso sagaz,
Vagando no mundo,
Querendo mais,
Beijo na boca,
Esquina qualquer,
Sem hora marcada,
Gostoso o riso,
Cheiro de madrugada,
Coração sem tranca,
Rolê é poesia,
É andança...

"Café na xícara, fé e coragem no peito: a receita do meu recomeço."






Marcilene Dumont

Há músicas que
navegam em todas
as marés do peito.

Quando a Saudade Aperta


Do nada, vem.
Um aperto no peito,
como se o tempo parasse
só pra lembrar que algo falta.

Não tem aviso.
Só a lágrima que escorre
sem barulho,
como quem entende
o que nem você sabe explicar.

É saudade —
daquilo que foi,
daquilo que nunca foi,
ou talvez só de um pedaço seu
que ficou em algum lugar do passado.

Você respira fundo.
Não pra esquecer,
mas pra caber de novo em si.
E sussurra, quase sem voz:
“Vai passar.”
Mesmo sem saber quando.
Mesmo sem saber como.