Pegadas
Sinto passos na minha estrada, pegadas que desenham um arco íris sobre um véu negro de sombras, florescendo de esperança o resto dos meus dias.
O tempo me possui e morre em meus segredos, todos os ontem, cintilando em meus amanhãs sua ecografia, colorindo minhas páginas em branco, expurgando minhas dores, deixando seu rastro que me enche de vida, então eu me lembro de quem sou, do que sei e aprendi, e sinto que o mundo me pertence, porque nem sempre tudo dá errado...
... Bate asas Fênix, em meio ao temporal você sobreviveu.
Sem Amarras
Onde tu andas
Não deixas pegadas
Não queres ninguém te seguindo
Se a saudade apertar
Podes até pensar
Em um dia voltar
Não tens amarras
Medo de se entregar
Já teve nos olhos as lágrimas
Sofrimento sem cessar.
Eu, o mar e tu...
Sem olhar as pegadas que deixo para trás
Caminho de cabeça erguida
Imagino lá na frente
Dois pares de pegadas
As minhas e as tuas
Lado a lado, bem juntinhas.
Sinto o mar beijar meus pés
Ele mostra-me um coração esculpido
Seguro-o
E nele vejo um outro
Dois num só.
Aperto-o mais forte
E sinto um amor puro e intenso
Será que de tão belo
Só pode ser sentido?!
Acredito que não.
Sinto que já te amo
Mesmo antes de te encontrar.
Marcas do antigo sobrado,
nas soleiras pegadas e histórias
Cintos, correias, macas e correntes
Cacos de vidros das janelas quebradas
trazem a saudade da chuva
que por elas escorria e me levava
a um lugar qualquer, bem longe dali
Troncos secos espalhados pelo jardim
Mortas sensações escondidas atrás das portas,
trazendo de volta rostos mortos
e o ranger de portas e janelas
que o silêncio quebrava
Foram noites de desespero
testemunhadas pelas paredes do quarto
Hoje ando livre do medo de quem me
atormentava, e do que me acontecia
Longe das celas, dos quartos tenebrosos,
das noites intermináveis
no antigo sobrado
MINHA POESIA
É onda rolando
Lambendo a areia
Deixando pegadas
Mulher sereia...
Minha poesia
É noite
De céu estrelado
É segredo de lua
Cenário de apaixonado...
Minha poesia
É amanhecer
Com gotas serenadas
É desejo que fica
Nas frias madrugadas...
Irá Rodrigues
http://ira-poesias.blogspot.com.br/
Você sabe que esqueceu, quando distraída olhar para trás e, ver que suas pegadas de mágoa, foram completamente cobertas pelo pó da indiferença.
As pegadas que deixei
o mar apagou...
e as flores que plantei
o vento soprou...
me trouxe o seu perfume
essência do amor
e já não importa se chove ou faz frio...
Comum
E no nada não vejo ninguém,
Só pegadas do que me convém.
Sentimentos de lugar nenhum,
Sou apenas um ser comum.
Vim ver se dá pra entender,
As razões e o porque.
Da vida girar na contramão,
E parar na próxima estação.
O destino é como o vento que soa aos quatros ventos trazendo apenas momentos. Apagando pegadas na areia que ao toque da agua candeia lembrando que as nossas decisões a ele não se pareia.
Todos os dias o tempo beija-me a face sutilmente. E na suposta invisibilidade de suas pegadas, deixa sobre minha alva pele a inexorável marca de sua passagem como se fosse uma carícia inocente.
SAUDADE
Saudade é o prazer de estar só a fazer companhia ao universo.
in "Nas Pegadas da Poesia" OxaláEditora
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