Pedro Bandeira - Identidade
Espelho do tempo
De repente olhei no espelho do
tempo e ele estava quebrado...
Uma imagem distorcida...
Um rosto quase irreconhecível...
Um olhar neutro, meio que
congelado...
Pensei em como as pessoas
mudam com o tempo...
Em como algo que outrora parecia
tão real pode agora parecer tão frágil,
tão sem alma, sem essência...
De novo olhei aquele espelho e constatei
a volatividade do tempo...
Então, recolhi meus sentimentos...
Fiz-me forte e segui...
Deixei o espelho ali, não mais lamentei,
tão pouco deixei aflorar as lágrimas...
Senti apenas um estranho vazio...
Uma sensação de perda, mas não senti
dor...
Talvez seja uma espécie de armadura que
inconscientemente eu fiz nascer dentro
de mim...
Talvez seja a resposta de Deus às minhas
orações...
Não sei...
Tudo o que sei é que não doeu...
Não como antes...
Mas continuo aqui com minha essência e
meus valores...
Amando sim...
Mas não mais sofrendo...
E então, que o tempo me seja gentil e
eu saberei acariciá-lo.
Sônia Bandeira
DESTINO
Talvez seja mesmo
isso, apenas o que já estava
escrito...
Nos silêncios teus as respostas
gritam...
Sinalizam a ruptura de um elo...
Uma história que nunca
aconteceu...
E aquele abraço ficou, solto
no vazio dos contratempos...
O jardim agora não mais teu nem
meu...
Sem borboletas...
Sem flor...
Apenas folhas que descem ao
chão, sem esperança...
Encanto que se quebrou.
Inclusão
Inclui
amor...
Esquece
a cor
a condição...
Inclui
amor ...
Vai além
da pele...
Descobre o
lugar do riso...
Afaga o
coração...
Inclui amor...
Paz...
Perdão!
NOSSO ABRAÇO
De repente
Tudo cabe aqui
Assim
Dentro de mim
Correndo por sobre a minha pele
Desfazendo nós
Realçando laços
Preenchendo espaços
De repente
Tudo cabe aqui
Assim
Em mim
Dentro desse abraço
Por vezes terno
Em outras amassos
De repente
Tudo cabe aqui
Assim
Em nós
No nosso
Abraço!
-
Se eu fechar os olhos te
encontro lá,
onde não cabe limites,
onde a liberdade é plena,
onde o amor vale à pena...
Te encontro entre borboletas
flores e colibris...
Te acho lá,
no mundo dos sonhos,
onde só cabe amor!
Só não falo que você é uma estrala,porque você não está no céu,porém é radiante e brilhante como ela.
Na multidão apressada,
no vai e vem da calçada
deixei-me levar pelo vento,
desarmada, desatenta olhei
o relógio do tempo...
Percebi então que a vida é o momento...
Quisera eu saber em qual
deles te encontrar...
Por ora sigo te amando...
Te espero...
Minha vida...
Meu ar!
Eu queria ter o dom de
afagar corações...
Queria ter asas...
Voar de encontro ao que chora,
feito anjo que não se deixa
perceber, secar a lágrima...
Eu queria poder transformar a dor
numa sonora gargalhada...
Feito encanto de fada guardar teu
mundo, te proteger.
Queria te guardar em mim,
e nunca, nunca te ver sofrer.
Talvez seja mesmo
isso...
A esperança ditando um
novo recomeço...
Abrindo trilhas nesse emaranhado
de folhas dispostas sobre o chão...
Prender os dias,
Morrer em si não é tão fácil, não vai
acontecer só porque imaginamos não
haver mais sentido no respirar...
Então é isso...
Vida volátil...
Intransigente apogeu de sonhos...
Bipolaridade dos dias...
O que há mais pra se dizer?
Viver é regra suprema!
Inda mora em mim
aquela saudade...
Lembro-me da última tarde
que passamos juntos, e da chuva
que cantou nossa despedida...
Enfim,
Lembro-me com ternura a
verdade que teus olhos me gritavam...
E então,
Lembro-me também que sou nada
mais que um castelo de areia
à beira do mar.
Poesia
Poesia é esse sentimento
lindo...
É esse desejo menino que
correndo em minha pele faz folia
em meu coração...
É borboleta valsando entre um
soneto e outro...
É a voz do meu amor nas notas
dessa canção...
Poesia é teu sorriso criança...
É puro êxtase...
É paixão!
Te amo
Fica...
Só mais um pouquinho.
Sinta,
Esse tum, tum, tum em
meu coração é susto,
Medo da ausência dos
braços teus
Te amo!
Menina de mim
Já faz tempo
Mas ainda lembro
Teu doce olhar
Teu carisma
Teu jeito de abraçar...
O terno afagar de tuas digitais.
A solicitude gritante dos lábios teus...
Por onde andas menina?
Não brinque de esconder
Apareça...
O sol ainda brilha por aqui
Ainda há cor naquele jardim...
E as borboletas, essas valseiam enquanto
procuram vestígios teus...
Lembras o colibri?
Entre tantas outras flores te escolheu...
Vem
Deixa fluir de novo esse teu amor
Doce menina de mim!
Sou muito mais silêncios
que segredo...
Sou alguém que o tempo
esqueceu...
Uma canção fora do tom...
Sobre mim há reticências...
Um livro inacabado...
Um toque sem tato...
Nem sempre a vida é justa, as vezes
não sorri...
Trilhei meu caminho, adentrei em um
desvio ...
Queria fugir de mim...
Trago traços, cicatrizes que o tempo tatuou
em minha alma.
Então não perca seu tempo olhando
em minha direção!
Julguei ser
correspondida...
Julguei ser amada pelas
palavras que ouvia...
Por tudo que meu olhar
via...
Julguei pelo número de vezes
que teus lábios juraram me amar...
Acho que acreditei cedo
demais.
Não tenho pretensão de nada
Quero apenas
A singularidade da vida
Com a fertilidade dos momentos ternos
Quero
Teu corpo sobre o meu
Numa tarde fria de inverno
Sentir teu cheiro
Teu respirar
Quero
Sentir tuas digitais em meu corpo tocar
Quero
Amar-te sem medo
Numa doce entrega
Sem nenhum segredo
Me deixar em ti!
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