Pe Fabio de Melo os que te Amam
Não pedi pra me escutar, não bati a porta com força, não me joguei no chão. Não chorei, não gritei, não fiquei chateado, não bati pé e nem rasguei retratos. Pra que fazer tanto barulho? Que tu vá de uma vez, nunca me pertenceu.
Me pego aqui sozinho e me lembro do passado
Saudades da infância, eram tempos dourados
Muita coisa acontece e eu não me manifesto
Minha cabeça está em guerra, minhas atitudes em protesto
Neste mundo onde tudo é proibido
Não vou me importar com o que vão pensar
Vou sonhar, vou sorrir, vou chorar, eu vou ir e desabafar!
Mas, solidão a dois, veja só, nunca foi coerente até te conhecer. Nós somos o remendo que a poesia precisa.
E como um flashback, igualzinho a esses de novela, me lembrei de todas as pessoas, histórias, promessas e coisas que perdi por ainda ter medo de seguir em frente. Ou, talvez, por ainda acreditar que, o que eu vivi, um dia ainda vai voltar.
Não falei nenhum desaforo, não quis criar clima, não fechei a cara e nem o procurei para pedir explicação. Admito que não fiquei feliz, que sofri um bocado, que cheguei a chorar por uns dias. Mas também entendi que não era para dar certo, não era para ser. Então não forcei a barra e resolvi seguir em frente.
Meus amigos têm reclamado da minha frieza, da minha ausência nos lugares e, principalmente, da minha falta de interesse nas coisas. E digo até que eles estão com razão. Ando sem paciência, sem vontade mesmo, e dei pra ignorar o que não deveria ser ignorado com bastante facilidade. Tenho vivido uma vida toda para dentro, às vezes nem percebo. Há semanas não vejo graça em mais nada. Tudo perdeu a cor e está inebriado.
E sei que logo tudo isso passa. Vou dar um tempo, esfriar a cabeça. Entendi que algumas coisas foram feitas para ser do jeito que são, eu não posso mudá-las. E virá dias felizes, depois.
E de tanto esperar por quem nunca vem, acaba chegando é quem a gente não esperava. O amor é assim:acontece mesmo é de repente.
Aguentar meus planos confusos, minhas manias irritantes e minha ansiedade exagerada ninguém quer. Parei com essa de ir atrás por quem não move um passo por mim.
Não acharia ruim passar noites acordado, com o abajur ligado, te olhando e protegendo dos teus pesadelos. Eu me apaixonei mesmo foi pela tua dor.
Alguém, algum dia, gostou de você em silêncio. Agora, por exemplo, tem alguém apaixonado por você, mas você nem sabe.
Das escolhas erradas que eu fiz na vida, você foi a mais complicada e a que eu mais pedi a Deus também.
Que daqui pra frente, se eu tiver que errar que seja um erro inteiro. Que eu caia de uma só vez e suje o corpo de lama por completo, não só as mãos. Que eu chore dois dias e desista da vida por uma semana. E que eu tenha a certeza de que devo me levantar, ao invés de ficar em cima do muro duvidando do meu futuro. Essa estrada foi feita para ser trilhada, não temida. Chega de meios erros, meios termos, meio isso e meio aquilo. Chega da incerteza, do quase que mantém os pés no ponto de partida e trava. Chega de acreditar pela metade. De metade, já bastou você na minha vida, e isso eu não quero nunca mais.
(...) Tua ausência me transborda. Nos perseguimos na rua, no jazz da esquina, na literatura e entre casais felizes na confeitaria. Uso a camisa que esqueceu na última visita, experimento as bermudas largas que você deixou misturadas às minhas roupas no armário, mas é segredo (...).
(...) Que agora você inventou de aparecer em todos os trechos de músicas melosas, em todas as sinopses de livros de romance, em toda esquina que toque jazz. Tudo tem seu nome, seu rosto, seu gosto. Tudo é você.
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