Pe Fabio de Melo Amar
sou como árvore quase morta que se agarra à vida e continua de pé, quando já a morte anda agarrada a mim.
ENTRE SOMBRAS (soneto)
Ao pé de mim vem o entardecer sentar
No cerrado, a noite desce, sombreando
Vem ter comigo hora pensativa, infando
Em uma visão das saudades a lamentar
Pousa tua mão áspera em mim, causando
Nostalgias no coração dolorido a chorar
São suspiros vaporosos ecoados pelo ar
Tão tristes, ermos, do vazio multiplicando
Na noite há um silêncio profundo a orar
Exalando a secura da dor impactando
No peito, que põe os olhos a lacrimejar
Eu a escuto imóvel, apático, sem mando
No vago da solidão, e me ponho a urrar
Às estrelas, que no céu voam em bando
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Sou Caipira
Sou pé na terra
poeta na estrada
mineiro da serra
e sua esplanada...
Eu vim do cheiro do cerrado
fogão de lenha, teto esfumaçado
lamparina, sem forro o telhado
chão batido, manhãs com mugido do gado.
Cresci no curral, junto de peão
viola, causos, anedota e mentira
nutrindo a inocente imaginação
sem que o tempo a aluíra
Sou araguarino, menino, alma cuíra... Caipira!
Na primeira vez que te vi
Senti o coração engasgar
Tão diferente de tudo que ja achei que queria (porque na verdade a gente quase nuca sabe se quer de verdade)
Tão seu, tão independente
É fácil falar de você
E como falar do sol, brilha, aquece, ilumina
Não sou a lua, sou meu próprio sol também
Não invejo sua luz, a admiro
Não busco te entender, apenas te sentir
O seu caminho é seu, eu tenho o meu
Faz mal torcer pra eles se encontrarem?
Querer você nos meus braços enquanto te conto sobre a ocasião fantástica em que descobri que estava apaixonado por você
Tenho lindas esperanças
De que o mundo seja melhor
Que eu me encontre mais comigo mesmo
Que eu possa ver o por do sol em um outro país
Que um dia possa te chamar de amor
Onde quero morar até a morte chegar
Vários lugares ja andei, por muitos lugares viajei... mas tem que um que quero sempre percorrer e se possível morar. Os caminhos misteriosos do seu corpo, no calor do seu desejo, no brilho do seu olhar ao me ver despindo-me, no gosto do seu beijo onde mora o desejo, esse desejo de querer mais do que só beijar, mais do que só abraçar, esse desejo de amar intensamente até cansar e a morte desejar.
Pois morrer amor é uma bela forma de amar.
Erika Renata de Macedo Andrade
Abraço; a parte pequena que falta em mim.
O abraço é a demonstração mais verdadeira do misto de emoções e das sensações que se sente e não se explica.
Abraço é palavra sem tom e é canção sem melodia.
O abraço encontra, encoraja e alivia.
O abraço é parceiro de braços abertos e n'outra hora é fechado que acalma.
Abraço é amigo sem medir.
É acolhedor e sereno.
Abraçando me sinto bem. Sendo abraçado estou feliz.
Um abraço traduz toda a língua tudo o que se quer dizer e não sabe quais palavras usar.
Abraço é apelo carinhoso é um calor gostoso que me faz acalmar.
Abraço diz o que não posso dizer. E assume o que não tenho coragem de fazer.
O abraço assume toda a covardia que as palavras pensadas não conseguem dizer.
Abraço é braço dado, é força de outrem em mim.
Abraço é doutro modo amor sem teimosia. Mas teima em decifrar até o que a mente não é digna de revelar. E ainda que se passe em minha mente o que palnejei a vida inteira, amor é dito num abraço como jamais nenhum poeta imaginou.
Que graça é de graça que habita em mim e nele o consolo do abraço que tem em mim. Porque o abraço é a forma mais fácil de dizer o que da boca não sai.
O tempo tem me ensinado que amar é opção, vai além de sentimentos, mesmo quando se revela, continua com verdades escondidas, para continuar sendo mistério, amar é coisa de bobo, mas só os bobos que amam poderão falar bem da vida que viveu.
Hoje a saudade me fez ir a outro plano para um encontro de almas. Era saudade de amar, de um ser o outro, dentro do outro. O êxtase se fez em uma felicidade infinita, os corações batinham ritmados em um único compasso, as respirações ofegavam na mesma sincronia nervosa. Depois que dois fizeram-se um, os barulhos da realidade me chamaram de volta. Aquietei-me esperando voltar a mim, mas fui chamada de volta ao plano onde estava para mais uma vez me fazer um de dois. E estava acordada! Saudades... saudades...
Oração à pessoa ideal: ...que saiba amar, que ame meu filho, que me ame, que busque a felicidade sempre, que prime pela verdade, que curta a liberdade, que respeite o outro, que seja amante da paz, que tenha a capacidade de compreensão, que seja autruísta, que seja justo, que tenha humor, que tenha doçura... Amém!
A vida se resume em se dar valor, se amar, vencer os próprios desafios e perceber que o mundo é para quem sabe viver. Existem brigas de leões todos os dias, mas saber ser domador é raridade.
Eu aprendi a entender melhor o amor com a reciprocidade e/ou a falta dela. Acredito que devemos amar a todos indistintamente, porém é fato, que é muito melhor dar e receber simultâneamente e não receber pra dar ou dar pra receber, isso seria caridade, embora existam algumas pessoas que gostem dessas súplicas. O amor recíproco é simplesmente sensacional.
Guarde sempre o sinônimo da palavra amor, "amar", que ela nunca perca a serenidade de fazê-lo distingui-lo, pois quando passamos a esquecer de nós mesmo, estamos morrendo. Ame-se primeiro, só assim terás o suficiente para doar-se.
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