Parada
Baleia
Um dia vazio pode levantar muitas ideias tristes. Enquanto uma mente parada elabora culpas e castigos, uma baleia nada com seu filhote do outro lado da terra, uma criança derruba um sorvete a algumas quadras dali, uma rosa desabrocha em um jardim de uma casa de madeira numa fazenda onde mora um casal de idosos, um pássaro cai de um fio elétrico em cima da rua rachada por falta de chuva, um pintor termina seu quadro... Silenciar pode fazer o mundo parecer apenas seu, e o futuro dos dias estar em suas mãos. Acostumados a ouvir que fazemos por merecer e que tudo depende de nós, acabamos nos tornando um Deus de nós mesmos. Um Deus de natureza perfeita e de conquistas, que cresce sem falhas e alcança sem tentativas. Então todas as falhas parecem culpas, e todos os não passos se tornam castigos. Acreditamos que o passo é mais importante que a perna. Mas a perna está ali, e só de estar já é possível ser êxito. Quando sentimos que estamos perdendo, é um bom sinal, pois isto comprova que estamos no jogo. Estar no jogo é fazer parte do time, que marca ou não marca pontos, mas que tem as melhores intenções e está em quadra. Quando algo der errado é um bom sinal, você está tentando, acreditando que é possível. Enfrentando, em frente, andando. Silenciar e sentir a vida, o todo, o além da necessidade de se ver evoluindo. Tentar e ver o que já está acontecendo. A tentativa. As.
Rio, remanso, rema a vida, sabe ele que seu destino é para a frente. Não há parada, há pausas repletas de sabedoria.
A vida é uma cortina que oscila com os intempéries do tempo, as vezes esvoaça, outras fica parada e é incrível como em questão de segundos ela se entrelaça na alma...
Deixa eu ficar aqui parada olhando pro nada
como quem olha o mundo.
É que eu não tenho pressa
nem vontade de entrar neste tumulto.
Deixa eu sentir o vento, sem me preocupar com o tempo,
que a vida passa tão depressa e a maré ta baixa.
Então deixa eu mergulhar no que é belo,
que forma um elo entre o meu eu indefinido e o universo.
Sem decisões, sem precipitações, nem azul, nem amarelo
O tempo caminha devagar,porém no mesmo galope mantém-se a caminhar, sem nunca fazer parada E sem perder o seu ritmo.
Como é difícil seguir em frente,
A cada passo, um desanimo
A cada parada, a desilusão
A cada recomeço, ingratidão.
Mesmo assim eu continuarei tentando,
Sei que irei me deparar inúmeras vezes
Com os piores sentimentos
Mas eu continuarei caminhando
Pois é na força do amor
Que entendo que todos nós falhamos uns com os outros,
E de que teremos que reparar,
Entendo que as vezes a minha verdade pode não ser a sua verdade.
Entendo que o desanimo serve como alavanca para o recomeço.
Entendo que a desilusão nos ensina a não deduzir,
E entendo que a ingratidão é a maior prova e reconhecimento da caridade.
Assim, seguiremos, sempre em frente, em busca dos pedaços que quebramos ou esquecemos ao longo do nosso caminho.
Tenha fé e permaneça em paz.
Ela estava ali parada, com o mesmo penteado e com os mesmos costumes. As mechas de seu cabelo negro cacheado que caíam em seu rosto revelavam muito sobre a sua personalidade. E isso parecia importar. Os seus olhos brilhavam tanto que iluminava a sala. Havia um resplendor particular em seu rosto, eu não conseguia decifrar o que era, mas estava lá. A sua pele negra marcada de tantas lutas gritava por socorro. Eu acho que isso diz muito sobre quem nós somos.
Eu a assistia, enquanto ela movia o seu corpo com delicadeza, a simplicidade dos seus passos revelava cautela. A mesma cautela que nós não tivemos. África sentou no sofá, ligou a televisão e assistiu ao jornal da noite, a reportagem em questão falava sobre a crise econômica no Brasil. Logo, ela lembrou-se de alguns comentários que havia lido; sobre o presidente atual do Brasil e o descontentamento da grande maioria dos brasileiros para com o esse presidente. A maioria dos comentários alegava destruição do Brasil, e África acreditava neles.
Por um longo momento, ela pensou em si mesma e no quanto sentia-se esquecida e solitária. Afinal, estava adoecendo e ninguém parecia interessado em ajudá-la.
A tristeza de África era tão grande, que ela juntou todas as suas forças e orou. Em sua oração pediu a Deus para curar as suas enfermidades e para salvá-la. Depois, pediu também para que Deus pudesse defender o povo brasileiro. Pobre África... Ainda não havia passado pela sua cabeça pensamentos negativos sobre o homem. Mas espero que entenda, o ser humano é egoísta e sempre vai optar pela destruição, seja a dele, ou a de todos. Um dia ela também vai entender que certas orações custam caro.
Coração e uma parada louca né? Se conforta com pequenos detalhes e coisas simples.
Ao mesmo tempo que derrubava uma lágrima em meu rosto, um conforto surgia por ter você perto ...
Sempre tem aquela presença que te deixa sem graça e sem saber como falar ou agir né?! Ela sempre me desconcerta quando está perto... logo eu! Sou a pessoa mais brincalhona e fria que existe!
Odeio parecer fraca! Mostrar minhas fraquezas ou qualquer interesse por alguém.... mas ela consegue me embalhar toda e me deixar derretida só com um olhar e sorriso .
Uma sombra na estrada,
Quando no transporte do seu gado,
Era sempre ponto de parada,
Para os peões baterem seus papos.
Enquanto se descansava,
Encostado no barranco,
Tranquilamente a boiada,
Pastava no verde campo.
Após seu tempo descansado,
Refrescado do sol escaldante,
O peão ajunta o gado,
Ao doce som do berrante.
Entre laços, peias e corridas,
Nessa lida e profissão,
Assim é que leva a vida,
O boiadeiro, com Deus, no sertão.
Com chuvas ou beijando a poeira,
Matando a sede no cantil,
Nas estradas de terras ou pantaneiras,
És tu peão boiadeiro, orgulho do meu Brasil.
Não é porque eu estou aqui parada olhando pra cima em silêncio, que eu estou pensando.
Muito pelo concontrario...
Eu estou olhando pro céu é agradecendo a Deus, pela transformação que ele fez na minha vida.
Toda água parada deve ser drenada, pelo perigo iminente que ali mora. Pode causar frustração e outras doenças.
Tenho em mim
Todos os meus sonhos guardados
E fico aqui parada assim
À espera de os ver realizados?
Ou vou à luta
Caminhando por essa estrada fora
Tento gritar mas a voz não sai
Se calhar ainda não chegou a minha hora
De gritar liberdade
De ver os meus sonhos ganharem vida
E transformarem-se verdade!
Eu boto mais pilha e fogo na parada
Então peço truco e torno a jogada
Sem 6, 9 ou 12 com sorte regada
Caiu na minha isca então sente a fisgada
Segura a peteca não queima a largada
Ordem denegada pela madrugada!
Olá menina, o que cê faz parada sozinha aqui nessa escuridão!?
Não fique triste, deixe eu ser seu amigo, a solidão não te trará nada de bom, pois a solidão é amiga da escuridão e nas trevas habitam seus maiores temores, demônios que só sugam sua vitalidade. Então saia dessa depressão e me deixe eu te ajudar!?
Não sou o melhor homem para sua vida, pois não vivi uma vida boa e nem fiz nada para melhorar só para piorar, e depois de viver muito tempo na solidão, conversando por vários anos com a escuridão, aprendi que a verdadeira amizade aquela que te empurra pra cima é a que vai te salvar, pois na vida existe várias pessoas pra te empurra pro buraco e poucas pra te dá uma mão mesmo que seja só pra bater a poeira. Então moça me deixe ser seu amigo, pois posso não ser um bom homem para sua vida, mas sou um ótimo amigo pra ela!
O encontro.
Em um desses dias despretensiosos eu o avistei na parada de ônibus, aquela cena nunca saiu da minha mente. Ele tinha uma distração interessante, as pessoas, o movimento que elas faziam ao seu redor, o meu olhar fixado e obsessivo não chamavam sua atenção. Eu fiquei ali, a observar, percebi que estava com a concentração voltada para um livro, Kafka, ótima escolha, certamente não era um leitor iniciante. Permaneci alguns minutos no mesmo local e ele também, nossas visões não se modificaram nesse meio tempo, a minha para ele, e a dele para o livro. Quando finalmente um ônibus de cor escura se aproximou, isso foi o bastante para rouba-lhe atenção, guardou o livro que estava em mãos dentro de uma mochila ao lado de sua perna esquerda e seguiu em direção ao ônibus, foi quando percebeu que o olhava, me lançou um olhar atento e um sorriso no canto da boca e foi-se. Ele nunca saiu da minha mente, dediquei alguns textos a ele, como este agora, voltei ao ponto de ônibus por alguns dias na tentativa incansável de reencontra-lo, mas nada foi possível.
Numa manhã de segunda-feira o despertador tocou às sete horas, o corpo me pedia mais cama, mas as obrigações me forçavam a sair da lá, por fim consegui levantar-me com a sensação de pesar cem quilos. Encaminhei-me para o banheiro, tomei um banho que durou menos do que eu esperava, tomei um café rápido e parti para a Universidade onde trabalhava, era professora do curso de Letras, especificamente de Literatura. Ao chegar lá nada me denunciou novidade, mais um dia normal, como durante aqueles últimos dois, foi quando avistei aquela figura que durante muito tempo se manteve viva em minha memória, fraca agora, mas viva, era o homem que um dia fitou meu olhar, não sei se ele havia me reconhecido, mas algo o deixou um pouco desequilibrado diante a minha presença.
- Olá professora Julia. É um prazer conhece-la pessoalmente, durante muito tempo acompanho seu trabalho e me sinto fascinado com tanta criatividade com a sua escrita.
Além de professora eu me dedicava à escrita, havia publicado dois livros, “Três contos de pura solidão” e “Cem anos de amor & dor”, romances clássicos.
- Olá, obrigada por acompanhar meu trabalho. Perdoe-me, embora me conheça devo dizer que não reconheço ou não me recordo do seu nome e/ou de você. – Além de uma boa escritora eu também era uma boa mentirosa, ele permaneceu presente em minha memória por longos dois anos.
- Não, claro. Que tolo! Não nos conhecemos, me chamo Gustavo, sou professor também, agora professor substituto aqui na Universidade. Irei substituir o professor Fernando na disciplina de Literatura Brasileira. É uma honra conhece-la.
- Que legal, um companheiro para discutir sobre literatura. Isso não pode ser melhor.
- Enfim, preciso ir para a aula, posso pagar uma cerveja hoje à noite para você enquanto conversamos um pouco?
- Sim, claro. – Aquela certamente seria uma oportunidade de contar-lhe tudo que havia acontecido há dois anos atrás no ponto de ônibus.
Logo depois das seis horas da tarde eu o reencontrei na sala dos professores, curiosamente da mesma maneira que teria visto há dois anos, cabeça baixa, lendo, a movimentação e presença de outras pessoas não chamavam sua atenção, nem que por um instante. Aproximei-me e o toquei, só assim pude roubar um pouco daquela atenção para mim. – Vamos?
Ele não conhecia a cidade, como presumi. Entramos no meu carro e levei-o a um restaurante famoso, mas calmo da cidade. Algo me dizia que o conhecia há muito tempo, não sei se pelo fato de muito tempo imaginar aquele momento ou se pelo fato de ele ter se mostrado à vontade demais, embora que ainda assim estivesse um pouco nervoso, percebi pela maneira que batia nas pernas com as pontas dos dedos. Ao chegarmos ao restaurante ele pareceu um pouco quanto curioso, mas não o julgo, senti a mesma sensação quando estive ali pela primeira vez, era um lugar um tanto quanto casual, demonstrava um pouco de cultura em sua decoração.
Quando sentamos em uma mesa próxima da varanda com vista para a cidade eu iniciei a conversa.
- Sinceramente eu não sei como dizer isso, mas hoje pela manhã eu não fui honesta com você, não uma foi mentira absoluta, mas uma meia mentira, se por assim posso classificar. Já conhecia você, mesmo que só de vista, uma breve vista. Há dois anos eu o encontrei no ponto de ônibus dessa mesma cidade, eu estava chegando para ensinar na Universidade e encontrei você em um dos bancos, com a cabeça baixa, lendo um livro de Kafka, nada tomava sua atenção, mas você me tomou muita, na chegada do seu ônibus você me lançou um olhar penetrante e um sorriso de canto da boca, aquela imagem ficou viva durante dois anos em minha mente, desejei encontra-lo por muito tempo e agora você “cai em minhas mãos” se por assim posso dizer, é estranho e ao mesmo tempo reconfortante. - Sem me dizer nada, apenas a me observar eu continuei. – Você permaneceu presente em meus pensamentos até o presente momento e hoje eu reencontro você, está comigo agora, existe destino maior que esse? – Por um instante eu só queria que ele me calasse com um beijo e/ou abraço, e assim fez, em um movimento minucioso ele me beijou, o seu beijo foi tão intenso, tão penetrante que por um instante ali eu desejei morrer, havia imaginado aquele instante por muito tempo, mas nunca havia chegado nem perto do que realmente aconteceu.
Por um instante ficamos ali, calados, apenas refletindo o que acabara de acontecer, mas o silêncio em alguns momentos se torna agressivo e nada confortante, então retornei a falar.
- Eu não peço que me entenda, nem muito menos que faça esforço para recordar de algum momento. Por favor, não. Só não me ache estranha e isso será de grande importância para mim.
Ele me olhou agora com um olhar diferente, um pouco assustado, mas com leveza. – Não seja boba, acho que eu esperava por esse momento tanto quanto você, sempre fui um grande admirador do seu trabalho e agora eu descubro que você sempre manteve em sigilo um interesse por mim. Enquanto eu, pouco me recordo daquele momento na parada de ônibus, sempre soube tanto de você. Você por outro lado recorda-se perfeitamente do momento, mas pouco me conhece, o destino parece brincar com nós dois, mas finalmente nos uniu.
Destino. Nunca acreditei nisso, sabe? Mas agora, percebendo que ele nos deu outra chance, que nos proporcionou outro encontro, agora eu percebo o quanto foi generoso conosco. Se assim posso dizer, o destino está ao nosso lado, e agora do seu lado não quero mais sair.
Essa parada de ter que seguir um costume ou um caminho preestabelecido não funciona comigo, eu tentei diversas vezes e também diversas formas de fazer, de me apegar ou interessar por ideias recomendadas, DECIDI VIVER POR MIM MESMO!
Que noite fria e silenciosa
E a falta de alguma coisa assim por dizer.
Que noite parada e demorada a passar.
Que o pensamento ainda pode ser apenas você
Que tempo mais quieto e singelo.
Que coisas sem sentido
As vezes aquela Boa Noite
Para você, que pode está indo dormindo!
Que noite..!
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