Para Educadores de Infância
A casa de minha infância
Uma cidadezinha na verdade uma vila
Quase esquecida
Por alguma propriedade rural engolida
Das poucas ruas posso lembrar-me do lado esquerdo
Da casinha quase na esquina
Não é essa aqui
Aquela La subindo a Rua La em cima
Com pintura a cal amarela desbotada
Partes que já caiu o reboco
O celebro se agita a recordação vem aos poucos
A rua de terra batida
Época de muita poeira
Em outrora uma massa vermelha grudadeira
A frente um pé de sete copas dos grandes
Cerca de madeira
Há estou vivendo de novo
Num pequeno cômodo uma velha tarimba
Em cima um colchão de palha
Na parede pendurado num prego
Meu picuá e estilingue
Pela a janela vejo onde hoje é pasto
Já foi uma grande palhada
Ao pé de macaúba me vejo a sua sombra
Apanhando coco muito usado em casada.
Borboleta é uma palavra com asas que me remete à longos vôos à infância.
Acho que esqueci minhas asinhas em uma daquelas tardes perfumadas pelos ventos que traziam o cheiro das flores, prenunciando a primavera. Era ali no meio das flores que eu me embriagada com o olor primaveril e o canto nostálgico dos pássaros, que eu ensaiava a coreografia dos vôos ao lado de borboletas miúdas que vinham dorminhar nos jasmineiros floridos que eu cultivava na inocência do meu olhar de menina.
"As pessoas são de raças distintas, são moldadas pela sua criação na infância. Mas como lidam com diferentes situações, quando precisam de usar o mínimo de seu instinto, elas se mostram de qual raça cada qual é."
Fui um ser nesse Planeta que integralizou na infância uma promessa escoteira muito séria que dizia assim:
Prometo fazer o melhor possível para:
Cumprir meus deveres para com Deus e minha Pátria;
Ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião;
Não precisei fazer esforço algum para deixar de operar com esses valores e decidir que assim seria até o fim de minha jornada terrestre durante essa encarnação.
A única diferença foi de lá pra cá ter me assumido como um cidadão Planetário.
Decidi desde então assumir que podemos ser a mudança que desejamos para o MUNDO. Eu honro a memória de Baden Powell.
MINHA RAIZ.
Sou assim desde de menino
desses que se orgulha e diz
que na infância foi traquino
e hoje não nega a raIz
graças a Deus o destino
me fez nascer nordestino
brasileiro e ser feliz.
Uma refeição, um sorriso!
A pratos que se come cru!
Quantas vezes na minha infância a bolacha Cream Cracker foi comida no almoço como mistura; ou quantas vezes o bolinho mais saboroso da minha vida foi feito de farinha e feijão prensados a mão no ato da alimentação?
Eu adorava comer uvas passas e frutas cristalinas de sobremesa. O que dizer de um simples iogurte, uma maçã ou um delicioso pé de moleque sendo apreciados após aquela pizza servida uma vez ao ano, perto do natal?
Essas não são lembranças que machucam; são momentos da minha vida que me fazem valorizar cada vez mais o meu prato de hoje em dia recheado de comida!
Passo a passo
Na infância o lado bom da vida; a inocência, as amizades puras, os incontáveis por que?
Na adolescência; as descobertas, um novo mundo acontecendo a cada dia, as paixões que machucam e parecem não ter fim, o despertar de novos desejos difíceis de serem controlados, um novo mundo de opções, oportunidades e escolhas, a liberdade sendo aproveitada como um presente insaciável.
No início da fase adulta as responsabilidades; as paixões se consolidando e se transformando em amor; os novos aprendizados sendo explorados; a busca por respostas sobre; o que? Quando? Como? Aonde?
Já na metade da fase adulta as conquistas e realizações profissionais, materiais e amorosas se tornam reais; os sonhos ganham força e se materializam, sejam eles; aquela viagem, um carro, uma casa ou o nascimento de um ou mais filhos.
Enfim; chegou a terceira idade; o trem está passando muito rápido, as emoções afloram com tantas lembranças e sonhos realizados; o desejo de viver mais um pouco logo será interrompido; só posso dizer de peito aberto que valeu!
Então; o botão de start é apertado; vai começar uma nova vida, um novo ciclo...
As vezes no nosso dia a dia encontramos com coisas que nos possibilida viajar de volta a infância.
Hoje, o que me fez regressar ao passado das minhas lembraças, foi um simples aroma, um perfume com cheiro de frescor da manhã; a data exata eu não me recordo, mas era em tempos de festa junina; dançávamos quadrilha e ela não era o meu par.
Enquando eu dançava com outra garota o meu imaginário por alguns instantes me fez acreditar que era com ela que eu bailava entre o brilho das estrelas naquela noite tão singular.
Daquela noite eu jamais me esqueci, do sentimento só restou lembraças e daquela garota ficou uma vondade enorme de encontra lá novamente.
Mais, a vida segue e andamos por caminhos diferentes, e quem sabe os anjos de plantão não convecem há Deus de cruzar os nossos caminhos de novo.
Quem sabe...
Quando conseguimos trazer à memória, todos os nossos actos e acções, desde a infância até ao presente, como um registo de saudade e de grande alegria, é porque o nosso percurso foi o mais digno possível.
Pra toda pessoa
que se sente seca
sem graça e vazia:
um chá de infância
pode ajudar.
E revisitar o seu Sonho
lembrar o que é poesia
um banho de cachoeira
ou quem sabe, voltar à Bahia.
INFÂNCIA MODERNA
Estamos vivendo em temos de inovação tecnológica e mudanças de comportamento do ser humano.
A comunicação pessoal está cada vez mais desaparecendo e sendo substituída por mensagens em celulares, onde muitas são apenas copiadas de alguém ou de algum site.
As crianças são colocadas diante de várias informações e objetos que as envolvem em um mundo artificial e dominador de suas mentes.
Toda aquela criatividade, onde cada uma vai se descobrindo e se inventando, não existe mais. Estão virando copiadoras em mentes dominadas pela era digital.
Exemplos não faltam no dia a dia como:
Irmãos e amigos que estão do lado um do outro, mas que não conseguem fazer um diálogo sem que falem ao celular,
Pais e filhos que não conseguem fazer uma refeição juntos e desfrutarem do momento especial, apenas por estarem conectados a internet.
A tecnologia deveria ser um auxílio para melhoria da humanidade, mas só tem destruído amizades e famílias.
A tecnologia é boa? Sem dúvidas alguma! mas se não aprendermos a conciliar-la a vida pessoal, seremos escravos virtuais e esqueceremos que somos seres humanos.
Perderemos nossos princípios e a essência da vida e do amor.
Pessoas cuja integridade não foi prejudicada na infância, que foram protegidas, respeitadas e tratadas com honestidade por seus pais, serão - na juventude e na idade adulta - inteligentes, responsivas, empáticas e altamente sensíveis. Eles terão prazer na vida e não sentirão necessidade de matar ou mesmo ferir os outros ou a si mesmos. Eles usarão seu poder para se defender, não para atacar os outros. Eles não poderão fazer outra coisa senão respeitar e proteger os mais fracos que eles, incluindo seus filhos, porque é isso que eles aprenderam com sua própria experiência.
A verdade sobre a nossa infância está armazenada em nosso corpo e, embora possamos reprimi-la, nunca podemos alterá-la. Nosso intelecto pode ser enganado, nossos sentimentos manipulados e concepções confusas, e nosso corpo enganado com medicação. Mas algum dia nosso corpo apresentará sua conta, pois é tão incorruptível quanto uma criança que, ainda inteira em espírito, não aceitará concessões ou desculpas, e não deixará de nos atormentar até que paremos de fugir da verdade.
Quanto mais idealizamos o passado e nos recusamos a reconhecer nossos sofrimentos da infância, mais os passamos inconscientemente para a próxima geração.
Nas traquinagens da infância, quantos enxergam a beleza das danças, dos entre adultos, que nunca se cansou, por ti, também, já trabalhou.
cabelos ao vento
olho pra trás
e vejo o quanto da vida
já venci
no mínimo
a infância
a adolescência
a dificuldade
o obstáculo
e por várias vezes
cai
faço da vida um
espetáculo
a ser vivido
e vencido
com gratidão
levo Deus no
coracao
mas o maior vencimento
é o que sinto por dentro
sou eu mesma
desse jeito
imperfeita
buscando uma
solução
meu prazo de validade
está vencendo
saio correndo
em busca de direção
não sei onde vou parar
não posso estacionar
meus sentimentos em vão
tudo quero aprender
tenho sede de saber
desta vida levarei
apenas o que couber no
coracao!!!
Saudades.
Saudades da infância, de um cheiro, das músicas e daquelas tranças que trouxeram a tona as lembranças, de um amor que definhou vendo de perto tanta distância, o cuidado foi lançado em meio a esse mar de vazio, a compreensão foi brutalmente sensurada, a DUPLICIDADE morreu à míngua, nos tornando novamente apenas UM, e a senhora "monotonia", mesmo velhinha, fez o que sempre soube fazer de melhor, deu um melancólico suspiro e jogou a última pá como um tiro, matando e enterrando de vez esse amor. 🌷
Sobre o tempo...
"Constantemente... me vejo lembrando da minha infância. O mais engraçado de tudo é que... mesmo quando eu era ainda criança, tinha consciência a respeito do tempo, sabia que era uma fase e não queria que ela morresse, jamais.
Eu procurava fotografar, com os meus olhos, cada instante, com uma riqueza imensa de detalhes, para depois, no futuro... me lembrar dos bons momentos. E assim foi... eu não queria aceitar a morte da infância e o nascimento da adolescência... depois não queria aceitar a morte da adolescência... para ingressar na vida adulta.
Por quê? Eu não sei... mas esta sensação ainda me acompanha. Aceitar a morte dos eventos, ainda que sejam incompletos, ciclos que não foram fechados de forma clara, coisas mal resolvidas... "
A raiz da timidez está na falta de reforço positivo na infância, mas sobretudo nos 40.000 "NÃOS" que a criança recebe, que causam insegurança e medo de errar!
Infância sinistra nos anos 80
"Nossas brincadeiras eram tão “surreais”. Era uma diversão imensa comer pão com ovo frito, tomar café com leite... e depois, ir queimar papel higiênico no quintal da casa... nós ficávamos tão felizes por viver isso. Era uma emoção imensa, colocar os papéis sujos para queimar... enquanto a fumaça nos cercava, parecia nos provocar um verdadeiro transe espiritual haha. Aqueles tatuzinhos que vemos no chão... muitas vezes, fazíamos “corrida” entre eles... o tatuzinho que chegasse primeiro num lugar específico... ganhava a corrida. Tal lugar específico poderia ser perto de uma pedrinha ou de um papelzinho. Caçar vagalumes era um passatempo e tanto também. Prendíamos o bichinho dentro de um vidro, coitado. Era uma espécie de competição, para ver quem conseguia “caçar” mais vagalumes. "
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- 87 frases sobre educação provocativas e transformadoras
- Frases de Dia das Crianças para comemorar com muita alegria
- Frases de Paulo Freire sobre educação e sua ação transformadora
- Mensagens para o Dia Mundial da Criança (Feliz dia 1 de junho)
- Mensagens de Educação
- As principais ideias de Rubem Alves sobre Educação
- Pensamentos para Crianças
