Para Educadores de Infância
Somos como barcos: na infância guiados pelos ventos da paixão, na vida adulta, pela correnteza do dever.
Da infância sinto saudades... das brincadeiras, das cantigas... dos brinquedos que me eram caros. E tudo era somente alegria.
O que canto em abundância
são retratos de saudade...
És a flor da minha infância
E um cartão de identidade.
I
Nas passagens do rossio
o colorido do ervado,
velhas eiras, algum gado
e cem anos de pousio...
Na riqueza do teu brio
eu vivi sem importância,
sem o vício da ganância,
no carinho do teu leito,
é sincero e por direito
o que canto em abundância.
Ii
Para sempre a minha escola,
o meu teste de memória,
professora dona Vitória
e mil sonhos na sacola...
Sua imagem me consola
num padrão de eternidade,
vi em ti a liberdade,
muita força e muito medo,
e as promessas dum brinquedo
São retratos de saudade.
III
Aquela imensa multidão,
as promessas arrojadas,
com pessoas encantadas
oferecendo a exaustão...
Boa-Nova e devoção
demonstrados na constância,
o teu povo em abundância
vê passar mais um petiz,
mas que hoje ainda diz:
És a flor da minha infância.
IV
És a página mais amena
no meu livro desfolhado,
o sentimento emocionado,
a nostalgia que me acena...
Neste abraço para Terena
há carinho e amizade,
e aquela fraternidade
que eu guardo de criança...
foste tu a minha esperança
e um cartão de identidade.
Na infância a alegria de brincar me contagiava.
Eu ria ,caía ,corria e chorava
Eu brincava com tudo que achava
O sorriso saia e a felicidade brotava
Com os pés descalços, na terra pisava
Brincava de pega pega e ninguém me pegava
Com os brinquedos brincava
Bagunças fazia e depois apanhava
A noite chegava e logo eu dormia
Ansioso ficava para a chegada de um novo dia.
Agora eu não sei o que me aconteceu, me tornei frio, infeliz.
O que me aconteceu?
Minhas incertezas e confusões tem machucado pessoas importantes na minha vida. Além de afastá-las e deixá-las com dúvida de o por que eu ser e agir assim.
Eu não quero mais magoar ninguém, quero ser alguém que espalha alegria, que contagia, provindo atitudes positivas de coração.
Uma coisa eu tenho certeza, é que sou um menino sonhador que quer ser o reflexo de muita gente, espalhando a boa magia da infância.
Quero ser alto astral e espalhar gargalhadas de felicidade.
Eu sou gaúcha, mas nunca fui particularmente entusiasta de ser gaúcha. Na infância, vestia o traje de prenda, cantava músicas típicas e dançava na escola, como se fosse algo lúdico. Achava que, num mundo globalizado, pertencer a uma região era coisa do passado. Acreditava que éramos todos cidadãos globais e pós-modernos. Mas então vi minha terra arrasada, as ruas por onde caminho alagadas, o bar onde costumo ir com meus amigos debaixo d'água, o centro da cidade, onde há apenas duas semanas houve carnaval, inundado. Vi as cidades arrasadas, as pessoas com barro nas pernas e lágrimas nos olhos. Vi a água levar tudo, tudo, da minha gente. Foi aí que percebi o quanto pertenço ao Rio Grande do Sul. Pertenço à gente que amo, aos meus conterrâneos, e a dor de todos é minha também.
Li no jornal uma carta de uma senhora narrando a enchente de 1941. Enquanto ela descrevia a água subindo no centro de Porto Alegre, nos bairros Navegantes, São João, Menino Deus, nas ruas de Praia de Belas, com o Pão dos Pobres sendo evacuado, eu sentia um arrepio. Parecia que ela estava narrando minha própria experiência. Solidária, ela me deu voz e as suas palavras devolveram as minhas. Então, ela usou o termo "flagelados" para descrever aqueles que perderam tudo. Aquilo me assustou, achei forte. E me dei conta de que é uma das palavras que dá dimensão do que estamos passando. Um estado debaixo d'água, com milhões de flagelados. Não falo apenas daqueles que perderam suas casas ou entes queridos, falo de todos nós que estamos em estado de choque diante dessa tragédia. Dos meus amigos que saíram às pressas de casa, dos que perderam tudo, dos animais nos telhados, do vizinho idoso que vai comigo buscar água no espelho da Redenção, com nossos carrinhos de feira. E uma semana parece um século.
Há um mês atrás, quando a vida era feliz, estava no Rio de Janeiro e vi a exposição que Ailton Krenak realizou a curadoria, no CCBB. Lá tinha uma imagem de dois meninos e um homem num barquinho. Só se via a copa das árvores e muita água. Estavam sobre a aldeia onde moravam. Fiquei comovida, imaginando como seria passar por isso. Achei que entendia, que minha empatia alcançava. Eu estava errada. Eu não sabia de nada. A tragédia não se empresta. E o que posso fazer, como Krenak fez, é contar. O que quero dizer é que vamos viver, vamos reconstruir.
Hoje revi a primeira menina que fez meu coração esquentar na infância. Bizarro isso a diferença de idade nem teve relacionamento e quase pergunto a ela se conhecia ela em algum lugar! E tinha visto ela ontem e não tinha lembrado de onde conhecia! Mó viage!😂😂
UM POUCO DE MIM
Fui criada no interior
Aquela infância de tranquilidade
Subia em árvores, banho de riacho
Respirava felicidade.
Criada numa família grande
Nas boas aventuras estava à frente
Bauele grupo de amigos
Era considerada competente.
Logo cedo sair da fazenda
Em Ipecaetá fui estudar
Onde descobri a minha paixão
Dos meus versos rabiscar.
Um dia, tornei-me esposa
Mãe dedicada e professora
Assim é a Irá Rodrigues
Aposentada e escritora.
Assim é um pouquinho de mim
Lutar, não é tarefa fácil
Leonina com força e garra
Também sou muito frágil.
Breve mudo de idade
Saudades da adolescência
Cabelos brancos e rugas
Aceito sem fazer exigência.
Aqui é um pouquinho da minha vida
Realista sem maquiagem nem fantasia
Essa pessoa odeia falsidade
Acreditem, ela respira poesia.
Autoria- Irá Rodrigues.
Fases da vida
Da minha infância que lembro mas prefiro não entrar em detalhes, passei direto para a fase adulta, não por escolha, mas por necessidade.
Amadureci com o trancos rudes da vida.
Será que alguém um dia se questionou se me dói alguma coisa? Já viram algumas coisas acontecendo comigo, mas será ser reflexo de algum momento passado? Vamos continuar olhando nosso próprio umbigo, e mais fácil ser egoísta.
"Fecho os olhos e posso sentir o cheiro da infância dos meus filhos, uma memória doce e dolorosa que nunca se apaga."
Há Muita Dor, Mas Há Mais Amor
Sorrateiramente memórias de infância me invadem e me fazem descumprir o cotidiano:
Na lembrança, apresenta-se uma figura aterrorizante que representa um clichê de tirano,
Do meu quarto, sinto o odor do cachimbo juntamente com o desprezo nos seus olhos exalando ódio,
Mas dar para ouvir da janela, apesar da tarde taciturna, as vozes das outras crianças brincando.
Do terceiro andar, eu fantasio-me brincando com elas no térreo, pois nem concebo a ideia se eu devo ir,
No instinto, aguardo o déspota desacordar ou sair de casa, para que possa me divertir.
De repente o interfone toca, ele atende, após uns berros, sai depressa pelas escadas, entra no carro e liberta-me.
Fiz meus afazeres escolares, minhas irmãs estão dormindo, minha mãe no trabalho e agora desobedecer é o mesmo que viver.
Viver é muito melhor que sonhar e me entrego de corpo e alma as brincadeiras, com minha pipa e meu pião,
Já estou todo sujo de terra como os amigos, ganhei pipas, não tenho mais o pião e acendi a chama do meu coração.
Minha a alma é invadida pela alegria de ser uma criança, sinto que venci o mau,
Porém subitamente escuto a cavalaria do inferno através do escape velho e barulhento.
Corro mais rápido que na brincadeira do pega-pega, subo as escadas para que não perceba que estive brincando,
Entro direto no banheiro, tomo banho e começo a chorar porque sei o que está acontecendo,
Você entra, espera eu terminar o banho e me surra com a mangueira que você usou para lavar o automóvel,
E sofro mais uma das infinitas violências do escárnio que um dia eu chamei de pai.
Por estes episódios, passei a minha vida crendo que não deveria ser pai, pois às vezes me deparei reagindo igual como inclemente.
Nas diversas escolhas, este pensamento sempre permaneceu, por achar que um dia eu seria como ele.
Arrependo-me profundamente, porque as opções que fiz anteriormente me castigaram a alma e me amaldiçoou até recentemente.
Mesmo que tardiamente, ser pai foi a melhor ventura que me aconteceu,
A importância de sê-lo é o mesmo que reconhecer a mudança e despejar a esperança na posterioridade,
Embora, o mais especial pra mim foi descobrir, mesmo com toda dor que possuo, o amor que ainda sou capaz de dar e receber.
O poeta é um ser que cresce sem sair da infância. Talvez seja por isso que apesar de crescidos continuam enxergando a vida com os mesmos olhos encantados das crianças.
O aprendizado acumulado na infância, na juventude e na maturidade será o responsável por amenizar a ranzinzice do idoso(a).
Todos os homens, a começar desde a infância, fazem muito mais mal do que bem.
Vamos relembrar nossa "infancia querida que os anos não trazem mais",
e vamos nos lembrar de quando aprendemos a decorar o alfabeto...
E depois, quando começamos o "beabá do amor"...
E com um acróstico "alfabetizado", fica melhor...
Acrosticando, vamos nos alfabetizar de uma maneira fácil e gostosa...
Beijos alfabetizantes,
Marcial
ALFABETO DO AMOR
Marcial Salaverry
A gora
B eije-me
C om
D esejo
E specialmente
F orte...
G anharás
H oje
I menso prazer
J untos
K á estamos
L ivres
M uito apaixonados
N este momento
O uvimos
P lenamente
Q ue
R adiosos, o
S eu e o meu coração
T em
U m único e
V erdadeiro
X amado (:))_
Y es my love,
Z elar pelo amor...
Que tal o Alfabeto do amor?
Marcial Salaverry
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