Para Educadores de Infância
Lembranças de Infância
Ah, que saudade da rua encantada,
Onde o tempo corria sem pressa ou temor,
Nos pés descalços, a poeira dourada,
E no peito, a alegria em seu mais puro ardor.
Bolas de gude brilhavam no chão,
Como estrelas num céu de cimento,
Pipas no alto, riscando o azul,
Guiadas por sonhos ao sabor do vento.
O futebol era a lei do momento,
Traves marcadas com chinelos jogados,
Um grito de gol rasgava o silêncio,
E o mundo parava, nossos olhos brilhados.
Brincadeiras sem fim, risos soltos no ar,
Amigos, irmãos de uma vida inventada,
Cada esquina guardava um lugar,
Onde a infância deixava sua marca sagrada.
Hoje, adulto, caminho sozinho,
Levando comigo o que ficou pra trás,
Mas no coração ainda há um cantinho
Que guarda pra sempre aquele tempo de paz.
A minha boneca
de Salvador
veste traje típico
com pano da Costa,
Memória de infância
amorosa deste tempo
que não volta,
E não há nada que
nos impeça de fazer
o caminho de volta,
A vontade abre
mais de uma porta
muito além
do que se imagina...
Eu não fazia ideia que as coisas que eu vivi na minha infância teriam tanto impacto na minha vida adulta.
Dizem para alguns
na infância mesmo
sendo saudáveis
que jamais chegarão
aos vinte anos de vida.
Na juventude condenam
a morte psíquica
dizendo que todos
vão morrer cedo,
e se o jovem não tem
ninguém por perto acredita,
se entrega e morre mesmo.
Na maturidade matam
pelo exílio sutil
dos afetos e do convívio,
e isso incluí até
não aplaudir o seu crescimento:
para que você pare e morra
ali se sentindo indigente
da falta da atenção
por parte de uma gente
que só se lembra o quanto
você é bom somente
enquanto está servindo.
FELIZ ANO NOVO
Lembro da minha infância
no meu Belém do Pará
na véspera de ano
passavamos o dia todo
nos postes a tocar!
Brincavamos nas calçadas
na rua de minha casa
eram instantes fugaz
até que os fogos anunciavam
um novo ano a chegar!
Nossas mãos se entrelaçavam
nossos corações batiam forte
mais um ano que ficou para trás!
Eram então servidas as ceias
todas as familias a festejar
um novo ano que chega
esperanças de paz
saúde
amor
nosso reveillon particular!
Éramos todos meninos
muito felizes
hoje volto a recordar
que nossa vida seja tão bela
e que todos os dias
sejam festa
como em Belém do Pará!
Minha história de amor com meu marido começou na infância, sempre fomos apaixonados, mas a maldade humana nos separou por um período, porém o amor verdadeiro ninguém pode apagar.
Na infância, tudo me parecia imensoda cicatriz na perna à praia onde cresci.
Mas ao me tornar adulto, percebi: não era o mundo que era grande demais,
era eu que era pequeno demais para compreendê-lo.
Com o tempo, vi que nada tinha o tamanho que imaginei.
Hoje, sou grande demais para aquela cicatriz,
grande demais para aquela praia,
grande demais para a vida que vivi.
Eu não sou mais o mesmo.
Apenas... cresci.
Sinto falta da minha infância na casa da minha vovozinha querida, dos bolos e doces, das histórias que ela me contava, quando ela lia poemas para eu dormir, era fantástico, minha mente desaparecia e se perdia na minha imaginação fértil onde meus pensamentos criavam cenários.
Ah, como sinto falta da minha vozinha, da cozinha, do filtro de barro, da caneca pendurada no prego ao lado. Sinto falta do chão vermelho que ela encerava, eu escorregava como num parque de diversões. Os melhores momentos da minha vida agora são minhas lembranças mais preciosas que transformo em poemas que trazem a quem os lê um pouco da minha alegria da infância, da melhor fase da minha vida. Que saudade da minha querida vovozinha...
Saudades de você.
Em memória da minha querida avó.
"Sobre o Tempo"
Por: Gilvann Olliveira
Naquela infância,
Acreditava-se que tudo era felicidade.
A tristeza se resumia a eventos breves.
Mas nada dura para sempre, nem mesmo a infância.
De forma sorrateira, o que é criança se torna algo que não é adulto.
E se perde no tempo e no espaço.
Buscando de forma fragmentada, uma identidade que se confunde com as transformações físicas e mentais, com a obrigatoriedade da definição de papéis sociais.
O tempo deixou de ser presente, e o que nos resta é futuro.
Tão incerto quanto a travessia do Saara a pé.
Tão provável quanto a escalada do Evereste, usando apenas camiseta e jeans.
Agora, um ser adulto trava uma luta incessante com sede de sobrevivência.
E o tempo deixou de ser passado.
Tornando-se apenas um presente bem próximo.
Nessa hora, não se sabe onde ficou o passado.
Nada é mais como era hoje.
Só nos restam as expectativas do ontem.
Que se esqueceram nas lembranças do amanhã.
E o tempo já não é mais tempo.
Pois ele se perdeu no meio do caminho.
No horizonte sozinho,
Pensativo,
Contemplativo,
Buscando respostas,
Seguindo as horas que nunca passam.
E o tempo parou.
Nos dias seguintes,
Com o gostinho de não quero mais.
E já não há mais tempo.
FIM DA ESTRADA!!!
O tempo não determina nada
É apenas uma pedra no meio da caminhada.
Tudo termina, tudo começa.
Num ciclo vicioso de eterno viver.
É começo,
É fim,
É recomeço,
É o eterno advir.
Já foi-se o tempo em que o hoje se tornou.
Mas ele, o tempo, ele volta.
Há tempo pra nada ou quase nada
Há tempo pra tudo.
Em todo dia,
A toda hora
Em cada minuto.
Só nos resta concluir que a ETERNIDADE é a morada do tempo...
"TESOURO"
Amei o que era infância, ingenuidade,
e, nela, a quem primeira namorada…
Também amei, na adolescência dada,
já com gostinho de promiscuidade!
Me veio amores mais! Pessoa amada
também eu tive em minha mocidade
e, quando veio-me a maturidade,
amei de forma adulta, apaixonada!
Deixou-me, a estrada, pronto pra que agora,
quando a minh'alma velha se enamora,
eu tenha amor sereno, duradouro…
Se eu, hoje, estendo a mão a um compromisso
não quero ser, do sentimento, omisso
e faço, deste amor, o meu tesouro!
Nos olhos dela, só havia o brilho da infância.
Ainda não conhecia o peso do mundo e seus sussurros.
E os desejos fáceis começaram a roubar seu brilho.
Como pode a beleza se curvar a prazeres tão vãos,
quando sua luz teria sido mais pura, se mantida intacta?
O que poderia ter sido um jardim de alegrias verdadeiras
se perdeu em sombras que o mundo sussurrou com falsos encantos.
Novos Planos
Ainda na minha infância
Já comecei a premeditar,
a base da minha vida
que eu sonhava em buscar,
com um pouco mais de paciência
quando cheguei na adolescência
vi que meus planos tinha que mudar.
Já crescido na fase adulta
com um pouco mais de maturidade,
enxerguei novos caminhos
com desafios e dificuldades,
fiz novos planos refiz o trajeto
mudei o foco pra um novo projeto
e fui seguindo com humildade.
O resultado dessa caminhada
eu ainda não sei dizer,
entre ganhos e perdas
é longo o caminho a percorrer,
sempre com fé sem negatividade
a persistência e humildade
em mim sempre vai prevalecer.
"Correntes Invisíveis"
Há algo de sagrado na infância, algo inocente e bonito..
Algo que dança na gargalhada de uma menina rodando a própria bolsa como se fosse o Sol..
Algo que brilha nos olhos curiosos, nos pés descalços, nas perguntas que parecem poesia sem forma, nos pés batendo contra o chão com a água da chuva, com risos bobos e genuínos..
Mas esse algo, tão puro, tão livre, é constantemente sufocado por correntes invisíveis..
Correntes que vêm na forma de vozes duras:
“Cale a boca.”
“Sente direito.”
“Não corra.”
“Não ria tão alto.”
Como se a alegria fosse um pecado..
Como se a espontaneidade fosse um defeito..
Matando aos poucos os sentimentos e criatividade que aquele ser poderia ser..
E há quem veja isso e não sinta nada, ou nem mesmo perceba..
Mas há também aqueles que sentem demais..
Que carregam nos ombros o peso de todas as infâncias que não puderam ser leves..
Ver o que poucos veem:
Que a infância está sendo silenciada, não por falta de palavras,
mas por excesso de medo e ignorância herdada..
Observar os pais, homens e mulheres feridos que nunca curaram suas próprias histórias,
que se tornaram carrascos sem perceber..
Pais que mandam calar a boca, não porque sabem o que dizem,
mas porque não sabem lidar com o brilho que já perderam..
E o que fazer com essa dor que eu sinto?..
Essa vontade de tirar a criança dali, de levá-la para um campo onde ela possa correr e cair e rir da queda..
Essa fúria silenciosa contra os gritos que não ensinam, apenas cortam a alma..
Essa dor é amor..
É luz..
É um tipo de compaixão rara, que nasce não do heroísmo,
mas da própria ferida curada..
Já fui um dia foi criança, negada, rejeitada, zombada,
reconhecendo no choro alheio ou emoções reprimidas o eco da minha..
É por isso que eu quero ser escudo, abrigo, colo, brincar e deixar ser leve as crianças..
Mas o mundo não entende..
O mundo diz:
"Não é seu filho.."
"Não se meta.."
"Você é só um observador.."
Mas e se os observadores forem os verdadeiros guardiões da alma?
E se aqueles que sentem com profundidade, com excesso, com beleza,
forem os que podem mudar tudo?..
Nem sempre precisa arrancar as correntes à força..
Às vezes, basta plantar um olhar de ternura, ou descontrair tudo em um simples sorriso ou brincadeira.. Mostrando que eu estou aqui, disposto a perceber o que os outros tornaram fútil..
Às vezes, basta sorrir, brincar , rir, ouvir ou olhar nos olhos da criança, e deixar que ela saiba que existe alguém,
mesmo que seja um que não está ao lado delas,
mas que as vê..
E isso dói, a injustiça as vezes é demais para o meu peito já calejado, mas eu transformo em arte..
Escrita..
Amor..
Brincadeiras com as crianças..
Como quem diz: “eu te entendo”..
Sendo o adulto que eu não tive..
Porque no fim,
isso não é fraqueza..
É sinal de que, apesar de tudo, eu continuo vivo por dentro..
E nesse mundo cada vez mais seco e barulhento,
quem sente em silêncio e observação é quem mais transforma..
"Arraiá da Minha Infância"
Lá no sertão da lembrança, num cantinho do meu chão,
há um arraiá danado que mora no coração.
Era fita, era bandeira, era milho na fogueira,
e o céu, todo enfeitado, de estrela e brincadeira!
Tinha cheiro de canjica, de pamonha e de baião,
e o som da sanfona velha mexia com o coração.
Menino de roupa xadrez, chapéu de palha e alegria,
corria feito passarinho, até a noite virar dia.
A quadrilha era um encanto, com noiva toda enfeitada,
e o noivo, suando bicas, com a cara atrapalhada.
"Anarriê!" — gritava o moço — "Alavantú, minha gente!",
e o povo dançava junto, todo mundo tão contente!
Tinha pau de sebo e sorteio, tinha forró no terreiro,
e um velho contando história de um santo milagreiro.
Tinha reza e tinha riso, tinha fé e brincadeira,
e o céu era um véu bordado por Deus a noite inteira!
Hoje, quando fecho os olhos, volto logo àquele lugar:
vejo meu pai com a risada, mamãe a me abraçar...
É o tempo que vai passando, mas dentro da alma alcança
o arraiá tão bonito da minha doce infância.
Na infância, um olhar do pai era lei;
seu silêncio, um mar de instrução.
Sem palavras, o entendimento recai;
em cada gesto, uma lição.
Seus olhos, bússola de meu ser;
Na simplicidade, aprendi a crescer.
Livro: O Respiro da Inspiração
A moralidade surge na infância, é acalentada na juventude para depois ter seu contrato rescindido na velhice
Pela fome e toda a opressão sofrida na infância, por banalizar a maldade através de arrependimentos verdadeiros da adolescência, pela filosofia, ciências e todo o conhecimento que sei do universo, eu, Levi, renego a Deus ou qualquer outra divindade. Desse dia em diante, caminharei sozinho na Terra.
As perguntas sobre que é possível fazer com a Web3 é o retorno a infância digital, seria a mesma pergunta do que é possível fazer com a internet na década de 90. Modelos de negócio que não existiam, passam a existir e isso precisa de um pingo de anarquia estrutural para poder existir
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