Palhaço
Não tem graça sem você
A vida ta dificil
sem você aqui
nem mesmo um palhaço
consegue me fazer rir
sento no balanço
começo a me embalar
tento ir mais alto possivel
para te encontrar
não te acho desço do balanço
fico isolada no meu canto
começa a chover
saio a correr
paro numa possa
olho para ela vejo você
sento na chuva
e fico a observar
cada gota que cai
é um te amo a mais
que eu queria te falar.
Um poeta, que não deixa de ser um "palhaço da vida, pois mesmo sua alma estando ferida, alegra quem dos seus versos faz bebida...
Palhaça Triste
Vivo com a alegria de um palhaço, que surge fugazmente e inesperadamente vai embora. Assim como ele tento disfarçar minhas tristezas, dores e decepções, encobrindo-as com a maquiagem da vergonha. O disfarce perfeito para minha melancolia. Pena que essa maquiagem, ao primeiro sinal de chuva, desbota por completo, deixando-me assim completamente exposta a olhares maliciosos e penosos dos que me rodeiam.
Não sei, mas sinto-me mais segura quando disfarço minhas dores, meus sofrimentos. Tento estampar em meu rosto uma imagem que não me cabe. E assim, como o palhaço, sou feita de risos, gargalhadas, palhaçadas... Tudo falso! Nunca fui tão triste e insegura. Tudo pura invenção. Quem sou afinal?
Eu sou uma “menina mulher” que chora, sofre, mas guarda tudo pra si e prefere passar para os outros a imagem de “menina palhaça” com sua máscara de porcelana. Pena que essa menina nunca existiu! O que você sabe sobre mim? Apenas o que eu permito que saiba apenas o que eu deixo transparecer... Uma “menina mulher” que ri, conta piadas sem graça (mas acha graça mesmo assim), mas que por dentro grita, implora, clama loucamente por um minuto de felicidade. Apenas um. É pedir muito?
Quis crer que no centro do palco me veriam, mas ninguém quis enxergar alguém além de tantas cores e piadas. E assim vou seguindo... E assim meu tecendo meu espetáculo...
No circo da vida a Palhaça Triste faz seu papel perfeitamente bem. Mas, como em todo circo, chega uma hora que o espetáculo acaba, as cortinas se fecham e o palhaço, finalmente, sai de cena, tira a máscara de porcelana e pode ser ele mesmo, sem disfarces, com todas suas dores, sofrimentos e fraquezas expostas... Expostas ao Leão indomável (figura indispensável em todo circo).
Mas chega um dia em que o palhaço cansa e decide jogar tudo pro alto pra tentar ser feliz, sem disfarces, sem fingimentos, sem risos falsos, sem a maquiagem de porcelana. E só então ele compreende o motivo de todo seu sofrimento: simplesmente as pessoas. Então ele toma uma decisão: fará o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas.
E assim como ele, a Palhaça Triste aqui, a “menina mulher”, também cai na real e percebe que certas pessoas não merecem minha dor, nem tampouco uma lágrima sequer de sofrimento. E como o palhaço eu também decido não amar demais as pessoas, só assim poderei tirar minha máscara e viver sem disfarces. Mas já é tarde demais! Eu já me tornara uma pessoa triste... De tanto me vestir me vi presa a ela. Não tenho as chaves da cela que criei, me internei voluntariamente e não me deixam mais sair. Dei todos os risos que tinha e já não me resta muita coisa, apenas um bocado de lembranças.
Por isso me fecho, por isso me reservo, por isso me sinto tão só, por isso me sinto mergulhada em uma profunda tristeza e solidão... Tudo isso para não amar demais as pessoas e assim, não sofrer demais também...
Se eu fosse poeta saberia como me defender, mas sou só mais uma Palha Triste a se repetir no espetáculo da vida.
O espetáculo acabou...Agora sim, o palhaço pode tirar a máscara e mostrar tudo o que há por trás daquela maquiagem, que na verdade não passa apenas de uma máscara pra esconder suas tristezas, dores e decepções....O circo fechou e o palhaço, finalmente,se mostrou em sua infinita e profunda tristeza!
Sociedade Cruel
Corpos estirados,
Estilhaços... Palhaços sangram tristeza...
A risada é fúnebre,
E a platéia aplaude!
A humanidade vive de desgraças,
E graças à humilde falta!
O reino é de tragédia,
O rei é a foice do abismo, o inimigo próprio!
A idéia é matar,
Matar pra ganhar o pão de cada dia...
E dia a dia a labuta é deixar o sangue correr!
Corram para ver...
Os corpos estão estirados ao chão,
Flashes brilham o verde transborda!
É esperança? Pancada na porta... É dinheiro que quero,
E espero... o verde transborda no vermelho sangue da fotografia
Espelhando a desgraça alheia de cada dia.
A guerra é viver... os jornais exibem o terror,
Horror é crer, é ver, é fazer, é ser:
O palhaço da risada fúnebre e se...
Sentir o corpo estirado ao chão...
O rei acorda... A platéia desperta...
No grito inconsciente de não.
"Enquanto existir público que aplauda, o 'palhaço' fará sucesso. Cuidado com os falsos humoristas que agrega à sua vida."
-Aline Lopes
O problema de ser PALHAÇO no Brasil é a concorrência. Pois quem tem titulo de eleitor é um verdadeiro PALHAÇO ah e de carteirinha.
No grande palco desse circo chamado Brasil
é o povo que se pinta de palhaço
para depois sentar no picadeiro do tempo
e aplaudir sem graça toda a hipocrisia política,
que os demagogos encenam no congresso,
como se fossem a vida uma grande piada!
"O palhaço Chorou"
Um dia triste que vem rasgando o coração
Sorriso desperdiçado num rosto que sumiu na imensidão
Olhar opaco e distante, de quem perdeu o chão
Sinto um vazio na alma a me acompanhar
Olho no espelho e prefiro não me enxergar
Nem os raios do sol conseguem me alegrar
No meu quarto eu nada vejo, só a escuridão
Os meus passos incertos caminham sem direção
No meu interior só se faz solidão
O silencio insiste em ficar
Um dia escuro difícil de enxergar
Uma tristeza profunda que não quer cessar
A fonte de alegria secou
A música que tocava parou
E no picadeiro o palhaço chorou
Palhaço, Palhaço
Leva a vida assim com muito amor
Andam por aí banalizando nossa arte
Cuidado com essa gente, Meu Senhô!
O palhaço poeta
Pobre palhaço cheio de graça
Anunciando o espetáculo no meio da praça
Faz palhaçada
Leva o povo ao riso
Jogando palavras
Por puro improviso
É metáfora, metonímia e ironia
Seu pequeno espetáculo composto de eufemismo
Mas o palhaço se entristece por ver tanta alegria
Por lembrar que no fim da noite escreverá mais uma poesia
Rasgará sua alma e colocará no papel
Toda dor que esconde atrás dum sorriso.
Brilhante mesmo é saber ser cômico sem ser palhaço, ser dramático permanecendo simpático, ser importante sem arrogância, e dar emprego a vida antes de empregar a morte.
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