Palavra Sábia

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Como saber que se falhou, se não sabendo como não falhar? Mas então porque se falha? E se saber que se falha é realmente ignorar como se não falharia? Sabemos de outros que não falharam, porque sabemos então neles o que é não falhar.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

Apenas sabemos bem aquilo que não aprendemos.

Definem-nos o milagre: uma derrogação das leis da natureza. Não as conhecemos; como saberíamos que um fato as derroga?

Aprender a ser moderado é a essência do bom senso e da verdadeira sabedoria. No entanto o homem consegue descobrir processos e desenvolver métodos de fuga à moderação.

Amas ou não uma mulher, mas não sabes porquê. Como hás-de poder saber a razão do bem e do mal?

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

A ignorância é audaz; a sabedoria, reservada.

Um dos grandes segredos da sabedoria económica é saber aquilo que se não sabe.

Tiremos das nossas miseráveis virtudes o que devemos ao temperamento, à honra, à opinião, ao orgulho, à impotência e às circunstâncias: que ficará? Pouquíssima coisa.

Tudo o que sabemos sobre a felicidade é que ela é variável.

É melhor não saber ler e escrever do que não saber fazer nenhuma outra coisa.

Saber que se sabe o que se sabe e que não se sabe o que não se sabe: eis a sabedoria.

Saber ver é sentir o que se olha.

Posso dizer o que quiser, nunca saberei o motivo pelo qual se escreve, nem como não se escreve.

Não se sabe até que ponto as mulheres não formam uma aristocracia. Entre elas, não há povo.

Quem não pode ou não sabe acumular, nunca chega a ser sábio nem rico.

A riqueza doura a sabedoria e os talentos, mas não os constitui.

Não exibas tanto o esplendor dos teus dentes. Eu sei que são postiços. Mas há quem não sabe, dizes. Pois. Mas ainda que eu não soubesse, sabia-lo tu. Fecha a boca.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

Muito pouco sabes acerca dos tempos em que vives se pensas que o mel é mais doce do que dinheiro na mão.

Aqueles que nunca sofreram não sabem nada; não conhecem nem os bens nem os males; ignoram os homens; ignoram-se a si próprios.

Nenhuma opinião, verdadeira ou falsa, mas contrária à opinião dominante e geral, estabeleceu-se no mundo instantaneamente e com base numa demonstração lúcida e palpável, mas à força de repetições e, portanto, de hábito.