Paixao Perdida

Na paixão, eu me perco. No amor, não me procuro com medo de perder o outro.

" A razão, reinando sozinha, restringe todo impulso; e a paixão, deixada a sí, é um fogo que arte até sua própria destruição."

Mas não há paixão sofrida em dor e amor a que não se siga uma aleluia.

Paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado.

Inestimável é o valor do sentimento que faz um homem e uma mulher se amarem com paixão, imaginação e ternura; desconhecê-lo é uma grande desventura.

São demais os perigos desta vida. Para quem tem paixão, principalmente.

Uma ciência que hesita em esquecer os seus fundadores está perdida.

A honra é como a neve, que, perdida a sua brancura, nunca mais se recupera.

Se tiver coragem, eu me deixarei continuar perdida. Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo – quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.

A sorrir
Eu pretendo levar a vida
Pois chorando
Eu vi a mocidade
Perdida

Finda a tempestade
O sol nascerá
Finda esta saudade
Hei de ter outro alguém para amar

Nada mais tenho a ver com a validez das coisas. Estou liberta ou perdida. Vou-lhes contar um segredo: a vida é mortal.

Sentia-se pequenina, só, perdida dentro do cobertor, aquele tremor que não era frio nem medo: uma tristeza fininha como as agulhas cravadas na perna dormente, vontade de encostar a cabeça no ombro de alguém que contasse baixinho uma história qualquer.

Se volto sobre o meu passo,
é já distância perdida.

Meu coração, coisa de aço,
começa a achar um cansaço
esta procura de espaço
para o desenho da vida.

Sinto um vazio imenso dentro de mim. Estou perdida nesse precipício escuro em busca de uma luz, de uma solucão. Estou procurando você.

Não há paixão que abale tanto a sinceridade dos juízos como a cólera.

Nos dias de hoje, apenas nos ateus sobrevive a paixão pelo divino. Nenhum outro se salvará.

a tua paixão
me molha feito calor
do sol de verão

Reta ação é a praticada sem apego, sem paixão, por dever, não por prazer, nem ódio, nem proveito próprio.

A paixão transforma, muitas vezes, o mais hábil dos homens num louco e torna muitas vezes mais hábeis os mais tolos.

O gênio sem paixão é o asceta da poesia, não é o poeta.