Pais Idosos
A última vez que vi meus pais
Dias de Neblina.
Era novembro de 1998, como fiquei assistindo TV até tarde, acabei dormindo na rede daquela vasta cozinha, estava frio naquela madrugada quando de repente senti um cobertor cair sobre mim, uma mão encaixando o cobertor no meu corpo, e muito mais que aquecer, aquelas mãos davam a certeza de cuidado, carinho e proteção.
Algumas horas depois ouvi o cantar do galo e a algazarra dos animais do sítio, e antes mesmo de amanhecer ouvi o barulho da grosa (objeto usado para ralar guaraná em bastão), enquanto o fogo do fogão a lenha era aceso aquecendo aquela manhã, as vacas já mugiam no curral, ouvi voz de meu pai chamando-as pelo nome para a ordenha, Morena, Jangada, Manteiga, Mimosa, Pretona, Pretinha, Rainha, Estrela…,enfim era cada nome de vaca que vinha da criatividade do meu pai, o mais interessante que ao ser chamada cada uma respondia com um mugido quando o seu nome era gritado, como se estivessem respondendo uma chamada.
Eu ainda deitado e sonolento, comecei a sentir o cheiro delicioso de bolo frito e chá, e os passos de minha mãe na cozinha que já estava preparando tudo pois horas depois já teríamos que ir embora, e ela não admitiria um filho sair de casa sem alimentar-se. Ao me levantar percebi que a manhã estava fria e que todo sítio estava coberto por uma neblina, aos poucos meus irmãos foram acordando e arrumando as malas, era visível no olhar de minha mãe a mistura de uma alegria e tristeza.Nesse momento meu pai já tinha terminado a ordenha e encheu algumas garrafas de leite e colocou em nossas malas, logo em seguida foi colocar o cavalo na charrete para nos levar até o ponto de ônibus que ficava na porteira de entrada do sítio.
- Benção mãe!
- Deus te abençoe, que Deus te guarde e te de muito juízo.
Minha mãe sempre aproveitava esse momento para dar uma alfinetada (risos).Subimos na charrete com meu pai enquanto minha mãe ficava na porta da cozinha nos vendo sair, nessas horas as suas lágrimas desciam como uma cachoeira, ela sempre chorava toda vez que tínhamos que ir embora, à medida que nos afastamos do sítio sua imagem na porta da cozinha embaçava até ao ponto que não era possível mais vê-la. No caminho até a porteira meu pai aproveitava para nos dar conselhos, lembro que nesse dia ele comentou que é tristeter tantos filhos e não ter ninguém tão perto sempre, mas que isso era preciso, pois estudar era necessário.
Ao chegar na porteira já podíamos ouvir o barulho do ônibus chegando e rapidamente nos despedíamos.Ele pegou a charrete e voltou para o sítio e nós ficamos na porteira observando ele se afastar em meio a neblina até no momento em que não era mais possível vê-lo, mas podia se ouvir uma canção antiga que ecoava do meio daquela neblina, minha mãe sempre dizia que ele só cantava aquelas músicas quando estava feliz.
O ônibus passou e viemos embora, essa foi a última vez que vi os meus pais.Já voltei no sítio várias vezes depois disso, e toda manhã com neblina sinto um desejo imenso de procurá-los em meio àquela neblina, mas não consigo ouvir os passos de minha mãe ou tão pouco a cantiga antiga do meu pai.
Ailson Nascimento
31/08/2014 as 03:30
Os pais educam os filhos para que dê sempre tudo certo. E esquecem que, fazendo besteira se aprende muita coisa também. Deixem os filhos fazerem burradas.
As primeiras violências que a criança LGBT sofre vem dos pais e familiares! De onde se esperava amor e acolhimento, surge a mensagem de que a vida não será fácil dentro e fora de casa...
Oh, pais irresponsáveis!
Serão vocês por acaso,
Máquinas de indústria de bonecos
Ou se esquecem que dentro destas veias
Corre um sangue vivo e inocente?...
O grande problema deste país não é a proporção maior de pessoas de baixo poder aquisitivo, mas as de baixo poder de raciocínio. Interessa, contudo, ao poder – posto que se apresentam como maioria – que uma coisa esteja associada à outra.
QUEM DEIXOU MEUS PAIS ENVELHECEREM?
Meus pais não são velhos. Quer dizer, velho é um conceito relativo. Aos olhos da minha avó são muito moços. Aos olhos dos amigos deles, são normais. Aos olhos das minhas sobrinhas, são muito velhos. Aos meus olhos, estão envelhecendo. Não sei se lentamente, se rápido demais ou se no tempo certo. Mas sempre me causando alguma estranheza.
Lembro-me de quando minha mãe completou 60 anos. Aquele número me assustou. Os 59 não pareciam muito, mas os 60 pareciam um rolo compressor que se aproximava. Daqui uns anos ela fará seus 70 e eu espero não tomar um susto tão grande dessa vez. Afinal, são apenas números.
Parece-me que a maior dificuldade é aprendermos a conciliar nosso espírito de filho adulto com o progressivo envelhecimento deles. Estávamos habituados à falsa ideia que reina no peito de toda criança de que eles eram invencíveis. As gripes deles não eram nada, as dores deles não eram nada. As nossas é que eram graves, importantes e urgentes. E de repente o quadro se inverte.
Começamos a nos preocupar- frequentemente de forma exagerada- com tudo o que diz respeito a eles. A simples tosse deles já nos parece um estranho sintoma de uma doença grave e não uma mera reação à poeira. Alguns passos mais lentos dados por eles já não nos parecem calma, mas sim uma incômoda limitação física. Uma conta não paga no dia do vencimento nos parece fruto de esquecimento e desorganização e não um simples atraso como tantos dos nossos.
Num dado momento já não sabemos se são eles que estão de fato vivendo as sequelas da velhice que se aproxima ou se somos nós que estamos excessivamente tensos, por começarmos a sentir o indescritível medo da hipótese de perdê-los- mesmo que isso ainda possa levar 30 anos.
Frequentemente nos irritamos com nossos pais, como se eles não estivessem tendo o comportamento adequado ou como se não se esforçassem o bastante para manterem-se jovens, vigorosos e ativos, como gostaríamos que eles fossem eternamente. De vez em quando esbravejamos e damos broncas neles como se estivéssemos dentro de um espelho invertido da nossa infância.
Na verdade, imagino eu, nossa fúria não é contra eles. É contra o tempo. O mesmo tempo que cura, ensina e resolve é o tempo que avança como ameaça implacável. A nossa vontade é gritar “Chega, tempo! Já basta! 60 já está bom! 65 no máximo! 70, não mais do que isso! Não avance, não avance mais!”. E, erroneamente, canalizamos nos nossos pais esse inconformismo.
O fato é que às vezes a lentidão, o esquecimento e as limitações são, de fato, frutos da idade. Outras vezes são apenas frutos da rotina, tão naturais quanto os nossos equívocos. Seja qual for a circunstância, eles nunca merecem ter que lidar com a nossa angústia. Eles já lidaram com os nossos medos todos- de monstros, de palhaços, de abelhas, de escuro, de provas de matemática- ao longo da vida. Eles nos treinaram, nos fortaleceram, nos tornaram adultos. E não é justo que logo agora eles tenham que lidar com as nossas frustrações. Eles merecem que sejamos mais generosos agora.
Mais paciência e menos irritação. Menos preocupação e mais apoio. Mais companheirismo e menos acusações. Menos neurose e mais realismo. Mais afeto e menos cobranças. Eles só estão envelhecendo. E sabe do que mais? Nós também. E é melhor fazermos isso juntos, da melhor forma.
O Brasil só vai deixar de ser um país tão atrasado quando a educação for valorizada. O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a educação. E seus professores. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disso. As pessoas que comandam o país precisam passar a enxergar isso. A saúde é importante? Lógico que é. Mas a educação de um povo é muito mais.
EU SOU GAÚCHO... E DESSE JEITO EU SOU FELIZ
NÃO ME LEVE A MAL... O RIO GRANDE É MEU PAÍS
Eu sou Gaúcho, por favor não leve a mal,
do interior, capital me acompanha o chimarrão.
Uso bombacha, em qualquer lugar que ande
tenho orgulho do Rio Grande, minha terra meu rincão.
Todos os dias eu retiro meu chapéu
Agradeço ao Pai do céu
por ter nascido Gaúcho...
Canto meu hino com a mão no coração
sou a própria tradição
De um povo simples sem luxo.
EU SOU GAÚCHO... E DESSE JEITO EU SOU FELIZ
NÃO ME LEVE A MAL... O RIO GRANDE É MEU PAÍS
Se queres deixar um bom legado para teus netos, educa os teus filhos antes que eles se tornem pais.
“Escola é uma droga! Eu quero que o meu mundo seja divertido. Sem regras, sem pais, sem nada. Como se ninguém pudesse me parar!”
Filhos e Pais
O mundo é uma constante transformação, nesta retorica transcendental é de que mesmo com as perdas um novo toma seu lugar isto é fato inevitável ,foge totalmente às nossas pretensões é claro que sim , e o principal conflito a ser compreendido ,é internamente la em nossos pensamentos em nossa mente onde tudo pertencia à um havido projeto ;No contexto familiar ,tudo pertencia à um roteiro , um pré-projeto sempre em execução , mas isso muda pessoas conhecem pessoas e esta é uma das graças de uma vida ;Filhos viram pessoas e pais viram pessoas para filhos ,neste momento de nossa historia de vida ,ambos pais e filhos estão se conhecendo como pessoas ;A discordância não é de um pelo outro ,não?!........,a discordância é direcionada ao pré-projeto pais ,porque pais sempre serão pais , no reverso disto, filhos precisam deixar de ser filhos ,para serem pessoas, para poderem virar pais ,e esta transformação pode ser conflitante ,trabalhosa ou harmoniosa ambos pais e filhos precisam de espaço , precisam viver coisas diferentes de um pelo outro ,mas não mais como antes ,tudo tem que ficar no passado para poderem se abrir à algo novo carregando consigo a unica certeza de que se amam e ainda querem continuar à se amar ,mas agora como pessoas que estão se conhecendo .
Somente agora parte da sociedade acredita que nunca esteve vivendo num país democrático; quem sabe apareça algo lá na frente para continuar alimentando essa crença, para a própria ilusão social.
Muitos pais passam maior parte do dia-a-dia, ensinando o filho a ser homem e a filha a ser mulher, eles não ensinam o filho e a filha a serem crianças, até uma determinada idade. Se para muitos a criança não tem idade para escolher a sua opção sexual, uma coisa tem que saber, que a criança é curiosa, e ela vai querer tirar muitas dúvidas, e se você não tem a maturidade de explicar ao seu filho ou filha, alguém vai passar na sua frente para explicar, e ai que se encontra o perigo.
Muitos pais passam maior parte do dia-a-dia, ensinando o filho a ser homem e a filha a ser mulher, eles não ensinam o filho e a filha a serem crianças, até uma determinada idade.
Muitas pessoas têm preconceito em relação a asilos, ou com os familiares que deixam seus idosos em asilos... Eu mesma não via isso com bons olhos, mas mudei meu conceito.
Têm idosos que são fáceis de lidar, mesmo quando chegam na fase em que voltam a ser criança ou que tenham alguma comorbidade típica da idade. Mas têm idosos que são muito teimosos, colocando-se em riscos constantes quando estão entediados e sozinhos; ou que possuem alguma patologia difícil de tratar, seja pela dificuldade da doença em si ou pela falta de experiência da pessoa responsável, entre outras razões... Acabam então se tornando um fardo para os familiares, que muitas vezes se esforçam, mas não conseguem cuidar da forma ideal.
Nesses casos, eu não vejo problema na decisão de dar um abrigo mais apropriado para o idoso. Ao contrário, penso ser melhor o idoso estar em um lugar com mais segurança e preparo, onde poderá ter mais qualidade de vida acima de tudo, e quem sabe até mais felicidade.
Não estou aqui querendo vender asilos, mesmo porque sei que nem todos são bons, tem uns que sequer deveriam existir. E sim, ainda penso que o melhor lugar do mundo - para qualquer pessoa - é no seu seio familiar. Mas sei que há muitos idosos em situação de completo abandono com sua própria família.
E aí, como faz? Deixa-o a própria sorte, mesmo quando ele poderia estar sendo melhor assistido, por causa de um preconceito bobo? Abandono é abandono e, quem não se importa, abandona até quando mora junto. E há "estranhos" que têm mais consideração e amor que muitos parentes.
Maltrato não tem a ver só com violência física... Há muitos idosos sendo explorados, agredidos psíquica e moralmente, morrendo aos poucos de tristeza na solidão do que deveria ser um lar junto a certos filhos.
Já soube de filhos desejando a morte de um pai ou mãe na velhice, pelo fato de darem trabalho. Assim como já soube de filhos que por necessidade levaram - aos prantos - seu pai ou mãe para viver em asilo, e foram mais presentes na vida deles do que se morassem juntos.
Enfim, queria trazer esse assunto um tanto polêmico para a reflexão de todos. E está aqui, falando sobre isso, uma pessoa que não precisou visitar avós e pais em asilos; e que também não colocou filhos no mundo para ter quem me carregue na velhice.
Como dizia minha mãe: "eu prefiro morrer a me tornar um fardo para alguém". E eu acrescento: se não estiverem comigo porque me amam, então prefiro que não estejam. Melhor que me amem num asilo, do que me tratem como um saco de entulho dentro de casa.
Não julguem antes de saberem sobre as dificuldades e necessidades das pessoas.
Melhor que me amem num asilo, do que me tratem como um saco de entulho dentro de casa. Pois abandono é abandono e, quem não se importa, abandona até quando mora junto.
Coronavírus.
Chegou para unir uns, separar alguns e mudar a forma como todos viam a vida.
Infelizmente muitos só aprenderam com a pandemia, passando cada minutinho com a sua família, percebendo o quanto é importante a vida, a família, seu relacionamento.
Cada abraço e beijo que desejaríamos dar em filhos e amigos que estão distantes, mas até quem está perto temos que demonstrar todo o carinho que não era demonstrado antes por falta de tempo, ou até de percepção mesmo.
Ame hoje, abrace hoje, aproveite sua família hoje, pois amanhã pode faltar alguém e será tarde demais.
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