Padre Fabio de Melo Cultivo
Devaneios em mim
É certo que tentei falar,
tentei falar com a lua,
mas ela, tão longe,
... pôde ouvir não.
Tentei alcançar uma estrela,
dessas que vivem ainda,
mas ela, tão longe,
... pôde ouvir não.
Tentei acompanhar o riacho,
mas tanto ele corria...
que não pôde ouvir não.
Tentei falar ao passarinho,
mas ele tanto cantava,
que não pôde ouvir não.
Então falei para mim,
falei, ouvi e parei...
então percebi, senti
sorri... estou aqui.
Astúcia
Ela chegou sorrateira
De repente, eu sofri
E quando pensou
Que havia vencido
Eu a peguei...
Dei-lhe um beijo
Ela sorriu...
E o que era tristeza
Passarinho virou.
"Às vezes eles soam tristes, tão ressabiados
que não consigo os reconhecer como poemas.
Então minh'alma grita que são versos seus
e eu descubro mais uma vez, um ser poema."
Tom de cinza
Hoje os versos são cinza
Sem graça, sem brio ...
Tom que pouco me agrada
A tela ficou bem estranha
Com figura serena e triste
O riso do canto dos lábios
Desaparecem aos poucos
Esvaindo-se continuamente
Se foram com o último gole
Ficou o semblante pálido
É a realidade, eu confesso
Por mais que eu tenha tentado
Foi o único tom que senti.
Se o dia está cinza,
feche os olhos...
veja luz dentro de si,
olhe para os céus,
e veja que Deus
olha por ti.
Minhas preocupações tem rimas, vírgulas, reticências, e até pontos audaciosos. Às vezes são versos livres, quando querem, compõe - se em tercetos; em outras vezes, surpreendentemente são quadras perfeitas. Por isso não tem jeito...
eu procuro só pra ver se te encontro
Numa dessas ruas por onde a vida passa
Só pra ver se cruzo com você
Eu corro sem rumo, te procuro
Por toda parte
Pra vê se encontro em você
A minha metade
O meu amor, anda por aí
E em algum lugar
Me espera
E se a sorte me ajudar
Um dia vou ,te encontrar
Eu vou te encontrar
Talvez eu ainda morrerei muitas vezes antes de morrer definitivamente
Mas enquanto estiver vivo viverei pra quando morrer pela última vez
Terei vivido o bastante pra morrer satisfeito...
A mulher
É a completude do todo na sua pura essência
E o revelador mistério da vida gerada
A beleza que se revela na pureza de uma inocência que amadurecendo se faz experiência expressa em uma vaidade doce delicada de ser mulher
A mulher é como a maior expressão da perfeição o suspirar da vida
A gestação delicada e encantadora pura e frágil de uma fortaleza valente e guerreira daquela que se faz capaz
No poder de confrontar até mesmo o impossível
está certamente é a mulher vida pureza e beleza
Está delicada flor de todas as primaveras
Se faz em todas as estações a mais perfeita e bela mulher...
Sonhar um sonho todas as vezes que dormir e desejar que se realizem ao despertar para que se tornem reais os sonhos um dia sem nunca deixar de acreditar que não existem Sonhos Impossíveis que não se tornem reais em se realizar...
Talvez nunca me encontre como poeta
Mas talvez encontre meus poemas
Mesmo quando eu já não existir aqui
Me encontrarão nos versos apaixonados e melancólicos das minhas mais sentimentais poesias...
Quando esquecido o poeta se cala
Silencia a poesia
a beleza murcha
a primavera é um inverno frio e sem cores...
O silêncio do poeta...
Eu
por aí em qualquer um desses lugares de dias longos de sol quente xique-xique Palmas numa dessas casas de Tapera chão de terra assolada de poucas águas de açudes quase seco onde a reza é um rezado confiante de uma fé que insiste nos dedos da conta do terço nos olhos cansados da romeira fiel
foi ali que nasci nesse lugar de chão seco rachado onde na praça central tem a igreja local onde o sino badala no chamado para missa onde tem o comércio local o mercado a feira os barzinhos tudo muito bem simples nos finais de semana tem sempre um forró uma cantiga com rimas e versos trotes chanchado e as moças se enfeita de renda de fita nos cabelos para dançar com os moços e a noite festiva se estica numa festa onde só a alegria é convidada para entrar foi ali que nasci.
entre os espinhos da caatinga do Gibão da cavalgada ligeira de um corajoso nordestino personagem dos versos de cordel da culinária carregada de sabores afrodisíaca ali nasci no pedacinho do céu onde quem nasce é nordestino tem no nordeste seu destino seu berço seu lar seu Paraíso
Bem ali no sertão nordestino...
No mês de março me estava ao pé de uma mangueira depois de subir apanhar algumas maduras bem doces e chutava era mágico que ficou gravado em minha memória entre as minhas melhores lembranças
Recordações de uma época de belezas e encantos
Onde viver era voar acima dos sonhos e ser livre correndo sem medo e se a chuva cair seria mais um motivo pra brigar de viver entre sorrisos e gargalhadas
Levados pela imaginação de uma mente livre e pura onde até as cores são vivas
E os dias e noite são iguais quando se vive em busca da alegria e a encontra na simplicidade criativa de uma criança
Ah! Aquele pé de manga me trás lembranças da melhor fase da minha vida...
Carpi a terra e adubei e com minhas mãos fiz meu labor
Abri as covas onde lancei as sementes
E as quardei no solo
Onde irão germinar e ao tempo certo na estação apropriada irei colher os frutos do meu trabalho duro como recompensa...
A água que cai do céu
É a mesma que enche os rios onde me banho
A água que nutre a terra fértil
onde brota a vida que alimenta o ser
Esta água que limpa e purifica é a mesma que em chuva cai do céu
Esta água que é vida...
Anda logo filho, tenha paciência!
Pois a paciência é uma virtude que não tenho e quero que você me supere.
Eu não preciso viver
Eu não preciso respirar
Eu não me importo se sou visível ou invisível
Eu não me importo se preciso comer
Beber água
Eu parei de me importar
E comecei a ter apenas o agora e o que o agora me dá
É isso que eu como, bebo e visto
Outras coisas deixaram de fazer sentido para mim; aprendi a viver como uma sombra
Que desaparece à noite.
"Seja sempre a minha partida e a minha chegada meu abrigo seguro minha morada e que seu abraço seja sempre meu aconchego
O teu cheiro o perfume que me lembre sempre a primavera será para sempre minha alegria
A mão que me guia o beijo que me acaricia
E que neste dia tão especial eu possa te agradecer por tudo que por mim fez e a vida que a em mim
Mãezinha querida nunca deixarei de dizer que mãezinha eu amo você"
Se todas as histórias já foram escritas, quem escreveu a minha? Este não tem alma. Escreveu minha infância com tristeza, tirando de mim o que poderiam ter sido minhas melhores lembranças. Levou minha mãe que me deu à luz e me amamentou.
Em uma tragédia sofri, acolhido pela minha avó que me criou com muito carinho e amor.
Mas o cruel escritor da minha história também a tirou de mim.
De casa em casa, cresci, amadureci,nunca me esqueci, desde que o mau escritor que escreveu tantas tristezas e perdas levou embora minhas joias mais preciosas. Hoje só me restam lembranças e saudades. Um escritor malvado e ruim escreveu uma história triste, não teve piedade de mim. Todos os Dias das Mães passo tristemente sozinho, com o coração pesado, colando cada pedaço do meu coração partido
Este escritor nunca foi filho, nunca teve mãe
Para entender que não se pode tirar uma mãe de um filho...
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