Padre Fabio de Melo Coragem
As poesias de um poeta.
As poesias de um poeta nunca deixarão de ser poesias.
Nunca!...
Desde o ventre da mãe...
Sempre foram poesias...
Nasce naquele dia...
O Poeta do Amor...
E o Poeta ganhou suas asas
E as aperfeiçoou....
Laço de nó....
Emoção de um conceito...
Tramas e arremedos,
Veias dilatadas..
Sangue jorrando...
Na volúpia de suas inspirações...
Uns dizem que é paranoia,
Outros dizem que é ilusão.
Os tricôs com suas agulhas...
Foram feitas de couro dentro de um bangalô...
Casa de madeira arcaica...
Mata junta e ripão...
Assoalho envernizado...
Lá na gruta do sertão...
Tramela de perna manca...
Telhado de barro no espigão...
Bem pertinho do paió....
A coruja piava de dia...
E os bem-te vis acompanhavam...
Ave de asas longas...
Frutos de uma imaginação...
Livre é esse vôo...
Que sempre sentiu,
Uma calorosa paixão...
Sonhos...
Onde foram parar...
Na mata se perdeu
Ouviram os albatrozes....
E os bagres no Ribeirão...
Torturado ficou o cenário...
Do galope do alazão...
Como a terra gira sem parar...
As poesias do poeta...
Para ele sempre foram...
Sua doce paixão...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Salpicando.
Separam-se os amadores dos escritores,
Os sonhadores dos inspiradores
E os imitadores dos voadores,
Aqui,
E Do outro lado do horizonte,
Bem longe de qualquer olhar,
Existem,
Almas de poetas,
Versos de escritores,
Salpicando vai a canção,
Do Zé e do André,
As do João trovão e as dos Barnabés,
Se juntam com a bola,
Do grande rei Pelé,
Pega a visão,
São letras que componho,
Onde me deparo com os bajuladores,
Podem pesquisar,
Nos cartazes da propagação,
Me visto de tarimba,
Casaco de pele,
E me esqueço do frio,
Faço o desafio,
Sou roceiro e sou do mato,
E detesto confusão,
Tenho cachorro labrador,
Que me ajuda na lida desse sertão,
Levo no bolso a fotocópia do meu documento,
Porque a original em casa eu deixei,
Detrás das minhas inspirações,
Existe um mensageiro que me ajuda,
São anjos da guarda,
Que me conduzem e me deixam contente,
Não sou campeão,
No ramo da escrita,
Tenho também meus borrões,
O meu barco é velejador,
Arranquei o motor que me dava despesas,
No vento que me sopra,
Ouço os gritos das gaivotas,
Vou versando para minha amada,
Ela me bajula como seu único trovador,
Não queiram me imitar,
Na rima sou professor,
Galanteio para o fazendeiro,
Só para filha dele eu beijar,
Travo minhas novilhas,
Para as moças eu mostrar,
Sou boiadeiro tarimbado,
Sou atrevido sou menino,
Sou apenas uma ave que canta,
Esse poeta sempre dá o que falar..
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Dia Internacional da Mulher.
Separam-se as mulheres das meninas,
As moças das bebezinhas
As sonhadoras das imitadoras,
E as ilimitadas das companhias,
Aqui,
E do outro lado de qualquer horizonte,
Mulher.!
Elenco principal do lar,
Mães parceiras, conselheiras e arrumadeiras,
Amantes confidentes,
Que causam uma Difusão em muitas inspirações,
Não posso reinventar,
Falar ao contrário,
Não há outra forma de fazer poesias,
Mulher é mulher,
Parabeniza-se hoje,
O dia mundial dessa classe tão frágil,
Frágil sim,
Porém mais forte que possamos pensar,
Limitar o conteúdo,
Só os cegos para não enxergar,
Flores do jardim,
Desde o começo do mundo sempre foi assim,
Ao dar à luz,
O Espírito de Deus permitiu,
A dor jamais cessará,
Mas do outro lado,
O Amor de mãe,
O dom de gerar vidas,
Para sempre prevalecerá,
Belas,
Encantadoras,
Professoras, administradoras, doutoras e cantoras,
Saiam da frente,
Que na passarela elas querem passar...
Alma Eclética.
Em minha escrivaninha...
Vou escrevendo...
Poetisando...
Após escritas...
Elas divagam...
Dissipam pelo mundo...
Assim...
Outras Inspirações me vem...
E com elas...
As Frases vão amontoando em meu imaginário campo poético...
E saem voando pelo Ar...
Aves Inspiradoras as acompanham...
Momento de tensão única...
Calor em brasas...
Pessoas se aproximam...
Um aceno de minh'alma á todos...
Olhares ao meu redor...
Uns que ja me conhecem...
Outros que caem á choram....
A maioria...
Sentem um impacto...
Sou Eclético no que escrevo...
Eclético nos trajes...
Eclético na alimentação...
Arroz com ovo...
Para mim já é uma grande festa...
Eclético nas canções...
Uma alma eclética quase em tudo que faço..
Alma respeitadora aos gostos de todos...
E deixo a impressão digital do meu olhar pelo mundo...
Como tudo isso me faz bem...
A poesia se emerge e se faz...
Prevalece em mim...
Uma paz em que faço...
Por eu ser assim...
As toxínas se tornam resididos descartáveis diante de meu olhar....
Pois minha coragem de ser um Poeta...
Dá lugar as peçonhas incômodas que queiram me tirar minha arte de Voar...
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
Esse é o nosso Deus
Conheço um Deus...
Aos nossos olhos...
Ele é desconhecido...
Esse Deus que eu falo...
Ele não se mostra em matéria...
Em carne...
Em vida...
Como se manifestar assim...?
Se ele ja é a vida...
Ele já é a matéria...
Ele ja é a carne...
Ele é tudo...
Ele é Deus...
O mais absoluto...
Ele mesmo disse...
Eu faço e desfaço...
Eu sou o Deus...
Eu faço todas as coisas...
Está escrito....
(Vem, povo meu, entra nas tuas câmaras, e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a indignação.
21. Pois eis que o Senhor está saindo do seu lugar para castigar os moradores da terra por causa da sua iniquidade;
E a terra descobrirá o seu sangue.
E não encobrirá mais os seus mortos.
(Isaías, 26)
Capítulo, 20 )
Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
ELA
Não nasceu para viver
apenas entre o fogão,
a pia ou a geladeira
nasceu para ser princesa
e também guerreira
nasceu para ser dona,
do que quiser, até do lar
caso assim ela queira.
Nasceu para exalar beleza,
força e também delicadeza
ela nasceu para ocupar
seu lugar no mundo,
na vida e no coração
dos que a amam
ou lugar algum
caso assim ela queira.
Segredos do Amor
O amor não é raro,
Raro são as pessoas que não sabem usar,
Aliás,
O amor tem seus segredos,
Esse tal afamado amor,
Quem se atreveria de verdade amar,
É no sangramento que podemos perceber,
Os grandes mestres do Amor,
O Amor não diminui,
Não se perde,
E se perder,
Sempre terá alguém para resgatar...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O EU
Não adianta fugir,
O tal corona vírus é para todos,
Em uns se manifestam,
Em outros se aloja e se esconde,
Fazendo transmitir,
Pela terra , pelo mar e pelo ar,
Não adianta correr,
Cantores ,diretores e jogadores,
Governadores e administradores,
Vereadores e deputados,
Senadores e juizes,
Desembargadores e seus ministros,
Os tubarões,
Os ladrões,
Os poderosos do dinheiro,
Os ricos e os pobres,
Os caipiras e os boys da cidade,
Observem,
Esse nome não é um verbo,
Essa doença não é um adjetivo,
Essa devastação tem nomes e sobrenomes,
Pobres personalidades,
Democracia,
Palavra de dez letras,
Cujo na mente dos dirigentes,
Se reduz em apenas duas letras,
Eu,
É esse EU que devasta,
É esse EU que mata,
É esse EU que tormenta,
É esse EU que predomina,
É esse EU que funde,
Essa e outras doenças numa incalculável, Chacina e carnificina....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O meu EU no teu EU
Do quadrado ao redondo....
Vou levando....
E vou tomando meus tombos...
Me levanto de novo......
E caio novamente....
Mas com Determinaçâo....
Vou me equilibrando....
Assim...
Encosto-me nas paredes da vida...
E vou caminhando.....
Mesmo sem destino....
Busco no infinito...
E traço....
Meus caminhos....
Viro o copo....
Jogo a água natural...
É nessa hora...
Pego um gelinho pra dar um grau....
Mato minha sede....
Vou devagarinho me levantando...
Livre...
Levanto meu vôo...
E assim.....
Me envolvo com minhas veias....
E meu sangue vai cuirculando normal....
Sigo nas longas linhas de seda...
Com meu consentimento...
Transformo tudo em paz....
Me retrato com o Sol....
Trazendo uma luz sem igual....
Do baile....
Sou o coreógrafo
Abro-me no picadeiro....
Trago-te nos meus braços....
Dou a ti...
Aquilo que te prometi....
Meu Amor é todo seu....
É nesse momento que...
Sinto meu EU...
Junto com o TEU...
Autor: Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Em busca da alegria
Voei...
É claro que voei,
Pisei na terra,
Andei pelo mar,
Agora sou um tisiu sem asas que em outrora cantava alegre
Sou talvez um pardal que ainda busca forças para voar,
Me perdi pelo espaço,
Sou uma ave desconhecida,
Sou,
Eu prefiro ser um pássaro desconhecido chorão,
Do que um alegre falso sem paz,
Certamente amanhã eu voarei,
Se eu pudesse apenas,
Eu certamente seria,
O emaranhado dos fios elétricos,
Cheios de energias,
Conduzindo forças para gerar a luz,
Busco uma floresta perdida para um ninho eu construir,
Enquanto não acho,
Estou na rua que fiz minha história,
Sim, eu gostaria
Se eu pudesse,
Eu certamente seria tudo,
Por cima ou por baixo,
Estou vivendo em busca da tão esperada alegria....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Nova Fátima.
Minha terra minha infância,
Nova Fátima das Fátimas,
Minha terra legal,
Suave foi eu viver aí,
Foram dias e madrugadas,
Capa de neve no capim,
Lugar fresco de águas mansas,
Suave cheiro de jasmim,
De manhã cedo era o leite que eu tirava,
Montava no alazão e no lambari,
Cavalo branco sereno,
Suas redias eram de cetim,
De tardezinha era o potro preto,
Seu nome era guarani,
Égua tigela,
Seu irmão baião e o ventania,
Populares da redondeza,
Vinham pedir frutas no pomar,
Minha terra que eu não esqueço
Lá da minha terra eu saí,
Minha terra meu amor,
Vivi anos sem terror,
Terra vermelha e terra roxa,
A poeira não tinha estopim,
Era chão batido de piçarra,
Troncos de cercas de angelim,
Peroba sem defeitos,
Madeira de lei e com verniz,
Terra minha terra nossa,
Na palhoça sem cupim,
Era paz era vida,
Naquele lugar era tudo,
Que sonhei e que eu quis para mim...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Refém da poesia.
Essa poesia,
Como ela me faz cantar,
Essa poesia de todo dia,
Poesia do meu imaginar,
Poesia que viajo com ela,
Em todo meu estrelar,
Poesia malvada,
Poesia que me faz chorar,
Poesia que me mima,
Poesia que me faz pensar,
Poesia da minha infância,
Poesia do meu sonhar,
Poesia que me faz chegar,
Poesia que me faz voltar,
Entre uns versos e outros,
Nem sei para onde vamos,
Poesia que me maltrata,
Poesia que chora comigo,
E de companhia,
Judia até do meu violão,
Os acordes escoam,
Rio abaixo com as correntezas,
Poesia tranquila,
Bela e singela,
Que me faz,
Um admirador da natureza,
Poesia do porão e do telhado,
Poesia do grotão e do meu, serrado,
Poesia que vai comigo,
Do sul á Norte,
Oeste do faroeste,
Até o Nordeste do meu sertão,
Leste do meu Sol nascente,
Me deixando carente,
Em toda minha inspiração,
Vou com ela de masinho,
Sem beira e sem destino,
Poesia que me faz,
Seu refém e seu menino...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Extensa inspiração.
Sou um Poeta refém,
Refém da minha vasta imaginação,
Sou um Poeta sem rumo,
De algemas em punhos,
Estou preso,
Trancafiado e condenado,
Talvez amanhã,
Posso dar meu testemunho,
Mas até o momento,
Não tenho data marcada,
Que me liberte desse mundo,
Eu mesmo me prendi,
Me tranquei e perdi,
E esqueci o caminho de volta,
Escrevi ontem e escrevo agora,
Não tenho ceteza se escreverei amanhã,
E se isso acontecer,
Escreverei para todos a minha volta,
Sou um Poeta assumido,
Nem sei como se deu isso,
Talvez seja,
Essa minha extensa inspiração...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Incansável garimpeiro.
Procurei garimpos,
Busquei nas montanhas,
Me perdi nos vales,
Desvendei ilhas,
Arquipelagos, rios, mares e pantanais,
Fui em busca de sonhos,
Fui em busca do mais lindo sorriso,
Procurei almas nobres,
Vasculhei serrados copados,
Subi nas arvores mais copadas do mundo,
Mata densa e fechada,
Encontrei inspirações opacas para minha coleção,
Me deparei com campo ramoso,
Lavouras abundantes e opostas,
Quanto mais eu garimpava,
Mais desabrochada ficava minha imaginação,
Escancarei e me iludi,
Andei tanto que dormi,
Nas estradas,
A escassez foi notavel,
De uma ou mais forma sutil,
Uma inspiração em cima de outra inspiração,
Tênue e dolorida,
Ficou em mim,
A marca de um poema esquecido,
Foi só agora que percebi,
Não adianta sonhar,
O que adianta é,
Abrir os olhos da ilusão,
E garimpar em busca da mais linda poesia,
Lá no âmago,
Do meu próprio coração...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
A filha do vizinho.
Como se forja uma faca,
O calor da brasa é tão imenso que vai moendo meu pensamento,
Como faz bem um café,
Tomo um golinho na xícara e rezo uma prece,
Feito a mão,
Me vejo no lombo de um cavalo,
Aos caprichos dos meus cuidados,
Desço e descanso,
E dou água para o meu pangaré,
Um poema emerge do meu coração,
No cerrado da lavoura,
Minha produção é própria,
Na espera da colheita,
As sementes foram muitas,
Faltou as chuvas e algumas secaram,
As madrugadas naqueles dias foram frias com intensas garoas,
Cheiro de mata no sereno,
Flores belas pantaneiras caem
E se espraiam pelo chão,
Pétalas amarelas e cor-de-rosas,
Jeito matuto tem esse poeta,
Canta ele e canta os pássaros,
Na verdadeira obra de arte,
Grita no banhado das espigueiras,
Bolinhas de colar artesanal,
Colonhão na beira da estrada,
Canta o pardal e o bem-te-vi,
No retrato do curral,
Cerca de tábuas escuras,
O óleo queimado é a tinta dos caboclos do mato,
Palanque na parte central do grande mangueirão,
Ahoooooo abolição,
Caba não para eu não entrar em erupção,
O relinchado do alazão é um torpedo aos olhos de um boiadeiro,
O berrante segue adiante chamando a boiada para vacinação,
Berra o boi , berra a manada,
Que ecoa levantando a poeira do chão
Bezerrada mama que parecem pequenos leitões,
Apartam-se das mães para ter uma nova comunhão,
A boiada vai caminhando como formigueiro no paredão,
A filha do vizinho se encantou,
Com o sapateado das patas do meu redomão,
E lançou á mim um desafio,
Se trouxeres esse potro aqui para eu cavalgar,
De brinde te dou eu,
E pode levar também,
O meu coração.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Terra abençoada.
Tombando terra,
Lavrada, ficou,
Mecanizando terra,
Plaina ficou,
Adubando terra,
Fértil ficou,
Me vi como um aparador de borboletas,
Na vista clara,
Uma imagem colorida , nítida e escancarada,
Meus tempos de infância,
Eram muitas Frutas plantadas,
Após anos,
As flores e seus compassos,
Foram brotando e murchando,
De repente,
Se formaram limoeiros e Laranjeiras,
Manga e mamão,
Pera e melancia,
Amoras e jabuticabas,
Pomar de fartura,
Cheiro de maçã e na horta visinha,
A tão querida hortelã,
Cerração e chuva,
Sol quente e as aranhas viúvas,
Fui sim lavrador sinsinhor,
Fui campeiro e fui roceiro,
Caminhoneiro e verdureiro,
Talhei essa estrada,
Rasquei com chicote meu destino,
Na época,
Enxergava pouco como menino,
As neblinas que ja enfrentei,
Liguei o som da buzina menina para não cometer acidentes,
A velha casa de madeira,
Deixei no Sul do estado,
Justa hora,
Do sudeste ao norte,
Me achava cheio de sorte,
Comi jaraqui e tambaqui,
Tucunaré e surubim,
Peixe fresco da Lagoa,
Farinha e matrinchã,
A famosa vilã,
E por final,
Avelã como galã,
Bronziei o colchão que eu deitava,
Quemei na luz que nunca se apagava,
Reboliço da revolução,
Rumo ao serviço,
Arroz com pequi e cambuquira,
Lavei as panelas no rio,
Senti um esboço e um tremendo calafrio,
Fiz um verso formal,
Olhei para mim mesmo e falei,
Vou voar,
E nem sei para onde irei,
Caso eu não venha cair,
Voltarei e pousarei,
Mas antes de terminar essa jornada façanha,
Essa terra e essa vida,
Para sempre,
Como Poeta,
Eu abençoarei.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Estranho eu
Não sei de onde vem
nem os conheço bem
mas sei, estão aqui
estão em mim agora.
Jorram em (de) mim
reluzem como cristais
iluminam minh'alma
irradiam minha mente.
Coisa mais estranha
não há como explicar
não me entenderiam
jamais entenderiam.
Mortal fora de órbita
é o que sou agora
anormal para outros
ditos normais mortais.
Caio em descompasso
quase desisto in'versos
mas recomponho-me
e poetizo com gana.
Descubro-me felina
forte, sou coragem
viva, forte me refaço
sou poesia agora.
Distopia condenada.
Obstrui um poema,
E fui causando um colapso nas vozes fugazes,
Uma Distopia condenada,
Lugares de extremas opressões,
Fucei até achar uma saída,
Mas vi que a caverna que estão cavando é profunda demais,
Não há quem entre,
Se entrarem vão se perder,
A localização é embaçada, perdida e hereditária,
Uma cegueira de devassa tamanha,
Não me privo em citar,
Faz bem e lava a alma,
Estão todos embebedando e sonhando nesse tonel,
Anomalia,
Aí ai ai ai,
Tabuleiro de olheiro,
Branca é essa tão desejada Paz,
Orgãos submersos,
Lacunas rasgadas e infinitas,
Puxando para ter uma queda brutal nessa nossa própria terra bendita,
Chá de chimarrão para acalmar ou fortalecer,
Ou camomila tratada para dormir,
Ou até uma droga qualquer para terminar de explodir,
O imaginário me aborrece,
Me entorpece e me deixa furioso,
Vidas vividas,
Uma delas nem teve ao menos um segundo de vida colosso,
Ah seu Moço,
A picareta é de ponta afiada e desobediente,
Ela fura e ninguém vê,
Matas vindo ao chão,
E predios subindo bem alto com muito prazer,
Já diz o ditado,
O que se faz,
Aqui se paga,
Esse retrato é redondo e não é quadrado,
Talvez não tão distante,
Desesperos e ruínas estão cada vez mais perto,
Sabem lá se nesse tempo terá ao menos uma dose de morfina para nossa dor acalmar,
Se pensarmos bem,
Ja está diante de muitos,
Lamentável é,
Os olhos desses muitos ainda não se abriram,
E eu ainda não sei,
O porque....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O poeta das poesias.
No mar ondulado em que vivi,
Foi um sertão pantaneiro de coração fértil e bem regado,
Ali nasceu uma família,
Que viviam do seu suor derramado,
Naquele tempo,
Veio em minha imaginação,
E tentei fazer uma canção dedicada,
Buscando em meu mundo de sonhos,
Em uma época cheia de realidades,
As estradas eram turvas,
Mas meu olhar sempre estava aguçado,
No Teatro da vida,
Ainda me lembro,
Nada era e nunca foi premeditado,
Tudo foi ao vivo,
Naquele cenário lindo , alegre e inusitado,
As estrelas guias iam sorrindo,
Pareciam que iam dizendo,
Do seu jeito sereno como garoa fina caindo,
E ao mesmo tempo,
Como um nevoeiro fechado,
Aqueles sorrisos lindos de outrora,
Era de mamãe e papai,
Irmãs ,titias(os) e primos(as) e outras senhoras
Chamado por um destino,
Deixei tudo e fui embora,
Inspirado em minha própria criação,
Fui vivendo e atropelando,
Balançando e caindo,
E levantando quase toda hora,
Sem álcool e sem tequilas,
Em pouco tempo fui aprendendo,
Ser inspirador por dedicação,
Um mero rimador indexado,
Avante em minhas escritas,
Um tropeiro nessa longa estrada,
Varei campos e fazendas,
E vicinais nessa jornada,
Deus sempre em primeiro lugar,
A chinela chiava que até quebrava,
Escolhendo palavras em um alfabeto desconhecido,
Fazia levantar poeiras debaixo de chuvaradas,
Inspirações faceiras,
Heranças de uma infância,
Que trago comigo desde o ventre que nasci,
A luta é batuta,
E o meu coracao é aquebratado,
Sou da terra e sou do ar,
Sou do Mar e desse imenso Sol sagrado,
Não sou indigente,
Sou humano e sou gente,
Que também erra e comete pecados,
Sou do poema,
Sou dessa confraria,
Sou de Deus e sou da lua,
Sou uma vida que está a deriva,
Sou eu mesmo em minha imaginação,
Que inspira no lindo Azul do céu,
Porque foi esse que me deu,
Esse dom de ser,
O poeta das poesias....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
A carta..
Sr carteiro,
Acabei de chegar nessa humilde cidade,
Venho do interior,
Não me pergunte de onde,
Apenas sei que é bem longe desse desconhecido lugar,
Instalou-se sem querer em minha alma,
A maior dor que um boaideiro possa sentir,
Te falo e afirmo,
Derrubei matas,
Criei galinhas e plantei hortas,
Cultivei um paraiso,
De lindas roseiras vistosas,
Flores raras,
E fiz uma casinha,
Embora não tão grande,
Mas para o meu amor,
É mais que aconchegante,
Depois de tudo pronto,
Minha donzela tão bela,
Foi embora e nunca mais voltou,
Ja se faz algum tempo,
Se não falha a memória,
Faz bem mais de dez anos,
Depois desse episódio,
Nunca mais fui como antes.
Eu era um caboclo sonhador,
Cheio de garras e muito trabalhador,
Comigo não havia tristezas,
Era de fazer proezas como um doutor,
Bastava eu semear,
No outro dia ja estava brotando,
Eu era um mestre na arte,
E desculpas se falei demais até aqui,
Apenas pegue esse envelope,
E acelere a postagem o quanto antes,
Eu preciso que ele chegue logo,
Nas mãos de quem está tão distante....
Resposta da carta.
Olá meu querido Poeta Boiadeiro,
Acendeu aqui em mim,
A chama do fogo do amor,
Acabei de ler a sua carta,
E não posso conter as lágrimas que ainda estão derramando,
Ainda me lembro,
Brincavamos debaixo das mangueiras,
Andavamos a cavalo pela grande savana,
Rolavamos no gramado,
E beijavamos como loucos,
Esse lugar que deixei,
Não meço em falar,
Se arrependimento matasse,
Eu ja não estava mais aqui,
Me casei novamente,
Só esperando ser feliz,
Mas o homem que me fez juras de amor,
Jamais soube o que realmente é amar,
Hoje eu vivo triste,
E tenho dois filhos para criar,
Seria uma covardia,
Agora esse moço eu abandonar,
Sei que ainda me amas,
Assim como eu também vos amo,
O nosso amor é eterno,
E esse peso,
Comigo sempre irei carregar,
Te peço perdão por tudo,
E principalmente por te abandonar,
Agora só me resta viver,
Com essa dor que rasga minha carne,
Que nunca irá passar.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
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