Ouvido
O TOQUE ESSENCIAL
Agradeço ao autor, para mim anônimo, por ter ouvido esta piadinha genial; que seu criador continue iluminado.
Vendo como a Terra andava, Jesus chorou muito e foi ter com o Pai um particular: “Pai sei que você está muito triste, com o que os homens estão fazendo no Paraíso que você lhes deu, por isto eu Lhe suplico, deixe-me voltar e dar um jeito naquela bagunça”.
“Já pensei muito sobre isto, Filho, mas se você voltar lá eles não gastam uma semana e Lhe trucidam”, foi a resposta.
“Mas Pai, a convivência com Sua Infinita Sabedoria me tornou mais capaz. Tenho certeza que não darei ‘bobeira’ desta vez”, foi a tréplica.
“Sabia que esta seria a sua resposta”, respondeu o Pai, chorando e abraçando Seu Filho querido.
A tristeza pairou no Céu por uma semana, como se alguém estivesse morto. Depois disto o Pai se recompôs e sentenciou: “Não vejo outra saída meu Filho, o jeito é a Sua volta. Mas prometa que se perceber as coisas apertarem você voa para mim?”
“Prometo-Lhe Meu Querido!...”
Luzes espocaram no céu, São Pedro enviou uma chuva prateada à Terra, para comemorar o retorno.
Decidida a volta, faltava uma questão: “Voltar como?”
Um anjo sentenciou: “Volte como jogador de Tênis; assim que ganhar o primeiro jogo o Senhor assume o microfone e fala sobre o Reino de Seu Pai.
“Bobagem, lembrou outro, a moda agora é ser corredor de Fórmula Um, o Senhor ganha, levanta a taça e mostra o Céu!”
Um terceiro que morreu pobrezinho, atropelado na rua aos oito anos, acreditando ter a solução, sugeriu: “Tenho uma idéia melhor. O Senhor desce, compra um carrinho de cachorro quente, vai para o Guarujá e sai vendendo cachorro quente Divino e abraça aos compradores e lhes fala do Reino do Pai”.
São Pedro que estava passando da andropausa, retruca: “Quanta bobagem! Você não era médico quando da primeira descida? Pois volta como médico. Desce lá no Méier; lá tem gente morrendo às pencas. Pegue um posto de saúde e vai curando todo mundo e anunciando os novos Tempos”.
“Puxa, Pedrão, apesar do ranço, você ainda é genial, quando quer! Está decidido: avisa que segunda feira chega, ao Posto de Saúde do Méier, o Dr. Jesus. Não precisa dizer de onde venho. Eles vão perceber logo!”
Segunda feira surge aquela Beleza no Posto de Saúde: roupa e calçados brancos, barba e cabelos aparados, bem penteado, estetoscópio novinho no pescoço, cheirando a água de província, como dizem os portugueses libertários das Colônias portuguesas.
Chamava a atenção ver Aquela figura, que logo solicitou ao enfermeiro que adentrasse o primeiro paciente. Entra um paraplégico, com as pernas todas deformadas, arrastando-se com suas bengalas e fazendo a Divindade Se assustar, levando a mão à boca e dizendo: ”Nossa!”. Se recompõe, lembrando –Se quem era e sentenciou: “solta uma muleta!” O paraplégico soltou e não caiu. “Solta a outra muleta e anda!”
Um “Oooh!” geral ecoou pelo consultório: as pernas do moço se fortaleceram, ele saiu andando e foi se encontrar com o primo que o levara ao posto. Este ao vê-lo, disparou: “Nossa! O que houve lá dentro?” Com a resposta na ponta da língua retrucou: “O mesmo de sempre! Nem tocam na gente!”
Esta piada não serve só para tocar aos médicos que trabalham com salários minguados, acuados como res-pública, obrigados a um tratamento de urgência a toque de caixa. Serve para nos mostrar como nós nos tornamos impessoais, como não temos um contato afetuoso com nossos conhecidos, como viramos “bicho do mato”, fugindo de nosso próprio esconderijo, que abriga a insegurança.
Medo, medo, somente medo, é o que tem nos restado. Nos tornamos incapazes de estabelecer um contato afetuoso, como defesa do que podemos sofrer.
Tocar as pessoas é como dizer: “Sou como você, quero que seja feliz como eu sou, que compartilhe comigo suas preocupações e alegrias, que sejamos amigos”.
Tenho um amigo que adora fazer amizades estabelecer contatos. Ele me confidenciou que isto tem se tornado uma adorável obsessão.
Há algum tempo se deu conta que não sabia a direção que deveria tomar em seu percurso, visitando um cliente. Para, aborda um rapaz que vinha atrás dele e apresentando-se, cumprimenta-o e lhe expõe sua dúvida. O transeunte se mostra feliz com a abordagem, indica-lhe o trajeto e arremata: “Daria para o senhor me dar um trocado para que eu tome o ônibus? Não estou cobrando pela informação, mas estou precisado!”. Meu amigo gentilmente tira dez Reais da carteira e diz para ele: “Pague o ônibus e tome um café!” Despediram-se afetuosamente e retomaram o seu rumo.
Ainda não tinha dado dez passos e sentiu tocar o seu ombro. Volta-se e vê o novo amigo que lhe diz: “Desculpe, eu quero lhe devolver as dez pratas, pois o senhor não merece que eu o engane. Vivo explorando as pessoas com minha safadagem, mas ao senhor não posso!”.
Meu amigo fez mais que dar-lhe um abraço. Dono de uma empresa de botões plástico convidou o falso pedinte para ir trabalhar com ele e está feliz da vida, com o braço direito que arranjou.
Quando ele me contou este fato, achei que era mentira, positivismo barato e fiz questão de ir conhecer o contratado, que me confessou tudo e que agradecia a Deus por ter colocado em sua vida de meliante, uma pessoa boa como meu amigo.
Parei e pensei: “Meu Deus, que povo preconceituoso estamos nos formando!”
Costumo fazer cursos que falam de Relações Humanas e adoro lembrar este fato e a piada inicial.
É preciso com urgência virar o leme da nave, semos mais seguros, afetuosos, tocarmos mais as pessoas, senão veremos velório onde será provável que vá apenas o(a) martirizado(a) companheiro(a), que deverá dar graças a Deus por ter levado o “estropício”.
É mole, ou quer mais!
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pergunte@drmarcioconsigo.com
Revelação
Fala ao meu ouvido.
Diz-me, o que o meu corpo quer sentir.
Vem do teu jeito mais atrevida.
E faz o meu corpo de prazer sorrir.
Beija-me com prazer.
Acaricia meu ego.
Ressuscita este ser,
Que de amor por ti vive cego.
Vamos nos entregar ao amor.
Esquessamos do mundo lá fora.
Vem, vamos nos amar, com todo esplendor
Mas, vem logo não demora.
Eu te desejo com loucura.
Eu quero me entregar, eu quero te amar.
A todo instante a toda hora.
O meu corpo pelo teu reclama.
Não posso resistir aos meus pensamentos.
Eu quero saciar esta sede,
Que me alucina a todo momento.
E meu corpo implorando te pede.
A maciez desta pele morena,
O gosto da tua boca
Deixa de biquinho, não faz cena.
Vem viver esta paixão louca.
Olha para mim.
Com este olhar de moleca sapeca.
E me diz que estar afim.
Que já não pode dizer não.
Escrevo versinhos ando em círculos penso em tiros no ouvido num silêncio mais calmo em balas de goma e cereais matinais e mãos no pescoço e esquecer o passado não por arrependimento mas por exagero por tédio por sódio.
Meus incontáveis dias de sol dizem sussurrando em meu ouvido: a luz ofusca mas devolve-te à vida.
Carpe Diem!
Todas as crianças do mundo merecem um pai e uma mãe que vá ao seu ouvido dizer "Eu te amo, eu te protejo". Todas as crianças do mundo merecem dizer no ouvido de um animal "Eu te amo, eu te protejo".
Passos Falsos Palavras ao pé do Ouvido um sonho Quase que Inquestionável um Absurdo Dito em Meio a Uma Multidão Estúpida e Ignorante São Frutos de Uma Vida Mau Vida ou de Uma Ferida que Nunca Mais se Cicatrizara.
Meu maior medo é te perder, meu maior medo é um dia não poder mais te tocar e no seu ouvido sussurrar o quanto eu te amo; eu sei que é amor e sinto pra valer ♪ você me promete amor eterno? Você me promete nunca mais me deixar? Eu te prometo tudo isso & mais um pouco.
Fones de ouvido com música alta para tentar me livrar da podridão que está acontecendo.Fones, para tentar me abafar desse mundo que tem a minha volta. Estou tentando, juro. Fiz escova, hidratei meu cabelo, tirei a sobrancelha como simbolo do mandamento de uma menina vaidosa. Mas me arrumar? Para quem? Para que? Estou comemorando mais um ano de tortura de amor, e acho que sinceramente, eu não mereço isso. Eu não preciso disso. E olhe, acordei mais cedo do que o normal e não estou de mal humor, mas estou com sono. Sono desse mundo, sono desse sentimento, sono de mim.
Hoje saiu, e coloco o fone no ouvido pra ouvir alguma musica, ou simplesmente não ouvir o que dizem.
Mas pensei que fazemos isso de maneira errada, não o fato de colocar o fone no ouvido e ouvir suas musicas, mas de outra forma.
O mundo diz coisas a você, e você não o ouve, as pessoas cansam de te chamar, cansam de te avisar e continuamos indo pelo caminho errado.
Só vamos nos dar conta, quando chegarmos a um determinado ponto, que não haverá forma de voltar sozinhos. Vamos precisar encontrar saídas, burlar não vai adiantar.
Palavras não vão ser usadas, pois ninguém mais vai ouvir, todos estão com fone. E você continua com ele nos ouvidos.
Não se tocou até agora, do que mais precisa fazer, continua pensando em outras coisas, que deveriam ser pensadas depois, passageiras ou com pouca importância.
Talvez, você diz algo que não quis, ou afirma sem querer, indo pelo impulso de uma musica, de um momento, lamentos viram após, mas o que vai adiantar.
O que tento dizer, é que vocês, nós. Temos que prestar mais atenção nos sinais, nas vozes, fora e dentro da gente, que dizem e mostram coisas que o que pensamos não mostra.
Vamos caminhar e caminhar, mas toda caminhada precisa de uma mão, de um coração a mais com você.
Está tudo em suas mãos, aprenda a ouvir, aprenda a dizer palavras certas em momentos certos, mas não se pressione a fazer tudo correto sempre, errar faz parte, e ser correto ao extremo e curtir a vida não combina.
Viva, simplesmente viva.
Não esqueça jamais, de dizer o que precisa, e o que pensa não deixar apenas no papel, afinal, nem escrever planos devemos, e sim fazer-los acontecer.
Apenas faço o que faço, pois sei poder ajudar, mudar o destino talvez de alguém, até mesmo o meu próprio lendo e relendo. Mais enquanto eu não tirar os fones do ouvido, não vou conseguir entender e não vou ter respostas. E este fone, nos barra de muitas coisas.
Talvez mais do que você precise, mais do que almeja, está em sua frente.
Basta tirar o fone do ouvido.
Parte de você
Você é o meu riso ouvido por outra pessoa.
Você é o meu olhar visto por outros olhos.
É o meu cheiro sentido em outros lugares.
Você é as minhas melhores lembranças guardadas em outra mente,
Meu ponto fraco, metade de mim em outro corpo.
Sou o vento que você não faz mais questão de sentir,
Sou seu tudo sendo seu nada, sou parte de você
E ao mesmo tempo de ninguém.
Pertenço a você de todas as maneiras, sou sua
E só basta você querer ser meu.
Ser amigo é estar ao pé do ouvido do outro nos momentos em que ele pensa que só tem ele e mais ninguém.
O papel é um ouvido mudo, porém paralisa um pensamento nosso. É um amigo paciente que, nos conta a nossa própria história do melhor jeito do mundo.
no meu ouvido, um furacão de sensações, um vento. Bateu, passou, correu, voou. Tantas palavras, todoas tão intensas e vividas, num caminho que não foi até o fim. Na vontade que ficou, no desejo que está no ar e eu respiro todo dia. Escolhas nem sempre são fáceis, sempre compreendi muito isso. O problema é que eu nunca me movimentei no meio da ventania. Fui simplesmente carregada, obrigatoriamente envolvida.
Nos olhamos, cruzamos nossos futuros destinos, deixamos de demonstrar nossos quereres, me vejo na roda viva dos sentimentos, sem saber como agir.
Eu adoro a liberdade, meu coração é puro desprendimento. Ninguém nunca disse o que eu deveria fazer...prefiro então cultivar minhas verdades mentirosas, os beijos sem toques, o meu amor sem uma metade, essa ilusão que pra mim parece ser tão real e aquela presença ausente de você.
Fecho os olhos e sonho com nossa sintonia fina, a voz mansa, a dança da minha alma, que vai...
A vontade é de quebrar as barreiras, mas me mantenho inerte, gostaria de atravessar ares, de faiscar seu corpo no meu, sem pensar, como se não existisse o amanhã, como se aquele momento fosse o último da minha vida em que eu pudesse lutar um pouco pra te ter, na esperança de você ficar. Como se depois disso, a poeira toda baixasse.
Até o dia de um novo furacão, um novo, e tão desejado temporal.
MEDEIROS, Thaysa
Suas cordiais e doces palavras
Tão doces sussurradas...
...ao pé de meu ouvido
ao tocarem em mim
sinto como se fossem
a brisa da manhã
junto com uma melodia suave
e calmante que tocam não só
o meu coração, mas também a minh'alma.
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